25/06/2023, três anos após o surto que devastou toda humanidade.
Por todo o caminho se via imagens desenhadas com sangue em postes e paredes. Alguém por algum motivo pintou esses desenhos com o intuito ou de afastar ou atrair as pessoas, mas eles seguem em direção ao destino.
O carro entregue aos meninos para se locomoverem com facilidade acabou quebrando no meio do caminho fazendo eles seguirem o restante do caminho andando. Uma longa subida até a cidade imperial.
- O que será que significam essas imagens nas paredes? Achei bizarro. - Renato fala.
- Vai saber, espero que quem tenha feito sejam pessoas boas. Já basta termos que lidar com monstros diariamente. - Felipe responde enquanto passa o dedo pela imagem. - Já está seco, sinal que já está ai por um tempo. - Ele concluí.
- Vamos seguir, então!
- Acho que não foi uma boa idéia deixar os dois sozinhos.
- Eles sabem concertar o carro e nós não. A área onde estão é segura e nós já perdemos uma noite no abrigo. Vamos até a cidade, caso não aja sobreviventes a gente volta é encontrar com eles e seguimos até o assentamento.
- Certo, fica de olhos abertos. Certamente essa área é habitada por algum grupo.
- Grupo de mortos vivos você quer dizer.
- Morto vivo não desenha na parede.
- Eu não duvido de nada, depois dos pálidos e dos híbridos nada mais me surpreende. Essas criaturas estão evoluindo meu caro.
- Estão evoluindo, mas também não é pra tanto né.
- É para tanto sim.
Enquanto os dois conversam subindo em direção a Petrópolis uma densa neblina começa a descer sobre a montanha fazendo com que dificulte a visão dos dois.
Começam a escutar barulhos vindo de todas as direções, mas não a ruídos de criaturas hostis, elas não estariam em total silêncio, não tão próximas dos dois.
- Só pode ser brincadeira.
- Não, é bem sério!
- Não estamos aqui para fazer nada de ruim com vocês. Apenas seguimos para cá por causa de uma chamada de rádio. Estamos procurando sobreviventes. - Renato fala em um tom audível. Quer que saibam que não são uma ameaça.
- Mas que droga eu não tô enxergando nada com essa névoa toda. - Felipe fala enquanto força sua visão na tentativa inútil de enxergar as coisas.
- Provavelmente isso é apenas uma nuvem que passou baixo, lembrando que estamos em alta altitude. Já deve passar em breve.
- Então quem está ao nosso redor provavelmente sabia que esse seria o melhor momento para nos emboscar.
- Você não faria o mesmo se pessoas estranhas invadissem sua área?
- Sim, eles estão sendo cautelosos.
- A princípio não querem nos matar, se quisessem já teriam feito.
- Nossa isso confortou meu coração.
- Vou pedir aos dois que joguem as mocinhas para longe e se caso estiverem com armas, sejam elas quais forem também joguem para longe. - Uma voz feminina fala alto.
- Percebeu que a névoa está cedendo? - Renato fala baixo com Felipe. - Eles começaram a falar, sabem que a qualquer momento teríamos a localização deles.
- Nossas armas são para nos proteger dos monstros, não para ferir outros humanos. - Renato tenta iniciar um diálogo.
- Não pedi sua justificativa. Pedi para jogarem as armas para longe.
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Doze - O Terror Continua - Livro 2
Science FictionApós os eventos ocorridos na base militar no meio da Amazônia, o grupo de sobreviventes se vê outra vez em apuros. Dois anos se passaram e o que antes estava apenas em um lugar isolado começa a se espalhar pelo mundo. O que será da raça humana agora...