CAPÍTULO 24

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25/06/2023, três anos após o surto que devastou toda humanidade.

Por todo o caminho se via imagens desenhadas com sangue em postes e paredes. Alguém por algum motivo pintou esses desenhos com o intuito ou de afastar ou atrair as pessoas, mas eles seguem em direção ao destino.

O carro entregue aos meninos para se locomoverem com facilidade acabou quebrando no meio do caminho fazendo eles seguirem o restante do caminho andando. Uma longa subida até a cidade imperial.

- O que será que significam essas imagens nas paredes? Achei bizarro. - Renato fala.

- Vai saber, espero que quem tenha feito sejam pessoas boas. Já basta termos que lidar com monstros diariamente. - Felipe responde enquanto passa o dedo pela imagem. - Já está seco, sinal que já está ai por um tempo. - Ele concluí.

- Vamos seguir, então!

- Acho que não foi uma boa idéia deixar os dois sozinhos.

- Eles sabem concertar o carro e nós não. A área onde estão é segura e nós já perdemos uma noite no abrigo. Vamos até a cidade, caso não aja sobreviventes a gente volta é encontrar com eles e seguimos até o assentamento.

- Certo, fica de olhos abertos. Certamente essa área é habitada por algum grupo.

- Grupo de mortos vivos você quer dizer.

- Morto vivo não desenha na parede.

- Eu não duvido de nada, depois dos pálidos e dos híbridos nada mais me surpreende. Essas criaturas estão evoluindo meu caro.

- Estão evoluindo, mas também não é pra tanto né.

- É para tanto sim.

Enquanto os dois conversam subindo em direção a Petrópolis uma densa neblina começa a descer sobre a montanha fazendo com que dificulte a visão dos dois.

Começam a escutar barulhos vindo de todas as direções, mas não a ruídos de criaturas hostis, elas não estariam em total silêncio, não tão próximas dos dois.

- Só pode ser brincadeira.

- Não, é bem sério!

- Não estamos aqui para fazer nada de ruim com vocês. Apenas seguimos para cá por causa de uma chamada de rádio. Estamos procurando sobreviventes. - Renato fala em um tom audível. Quer que saibam que não são uma ameaça.

- Mas que droga eu não tô enxergando nada com essa névoa toda. - Felipe fala enquanto força sua visão na tentativa inútil de enxergar as coisas.

- Provavelmente isso é apenas uma nuvem que passou baixo, lembrando que estamos em alta altitude. Já deve passar em breve.

- Então quem está ao nosso redor provavelmente sabia que esse seria o melhor momento para nos emboscar.

- Você não faria o mesmo se pessoas estranhas invadissem sua área?

- Sim, eles estão sendo cautelosos.

- A princípio não querem nos matar, se quisessem já teriam feito.

- Nossa isso confortou meu coração.

- Vou pedir aos dois que joguem as mocinhas para longe e se caso estiverem com armas, sejam elas quais forem também joguem para longe. - Uma voz feminina fala alto.

- Percebeu que a névoa está cedendo? - Renato fala baixo com Felipe. - Eles começaram a falar, sabem que a qualquer momento teríamos a localização deles.

- Nossas armas são para nos proteger dos monstros, não para ferir outros humanos. - Renato tenta iniciar um diálogo.

- Não pedi sua justificativa. Pedi para jogarem as armas para longe.

Doze - O Terror Continua - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora