— Assim que entrarmos feche a porta com chave, nada sai além de nós. Caso escutem barulho vindo da porta e não forem nossas vozes. Caso alguma coisa saia do controle vocês podem usar armas de fogo. — Douglas fala.
Eles queriam apenas que tudo fosse um alarme falso e que não passasse de uma doença qualquer sem riscos. Mas nesse momento estão trancados novamente em um prédio com um clima sombrio enfrentando as mesmas criaturas que enfrentaram na base militar.
Trancados e com suas armas em punho, seguem pelos corredores com passos lentos e leves para não chamar a atenção. A área precisa ser limpa para que não tenha risco de infecção na cidade. Olham de sala em sala mas o silêncio continua sendo predominante no lugar. Até mesmo suas respirações estão contidas, expiram e inspiram lentamente.
Ao fim do corredor avistam o primeiro morto vivo e sem pensar muito já traçam um plano.
— Vou atrair a atenção dele e quanto você fica nessa sala. Quando ele passar por onde você está finaliza ele com um golpe na cabeça beleza? — Douglas fala em um tem baixo.
— Ok! Só tenta não fazer muito barulho para não chamar a atenção de outros mortos vivos. — Brenda fala e se direciona até a sala.
Com muita cautela ele se aproxima do cadáver, a idéia seria apenas chamar a atenção do que estava em seu campo de visão, derrubar o morto e partir para o próximo. O plano parecia bom, porém Douglas não esperava que no corredor ao lado teria outros mortos vivos.
"Aí droga, droga, droga, droga, e agora, desse jeito não vai dar." Ele pensa e vai se afastando com calma. Passa pela porta da sala onde Brenda está e faz um sinal com os dedos indicando que não é seguro. Parece que os mortos que estavam no necrotério sairam de lá e estão caminhando para a saída.
Douglas entra em uma sala logo ao lado da que Brenda está. Observa a movimentação dos cadáveres, eles andam rápido. Não são como os outros da base.
"Isso não é bom. Provavelmente teremos que abrir fogo. Ele pensa. Mas essa seria a última opção, chamaria muita atenção.
Ele então sai da sala em que estava e começa a chamar a atenção dos cadáveres. Os mesmos agora estão correndo em sua direção.
Douglas corre e quando percebe que os mortos já passaram por onde Brenda estava ele grita.
— Deixa que me viro com esses. Vai até a sala dos primeiros infectados e acaba com eles.
Brenda escuta e segue em direção ao local onde estão os primeiros infectados.
— Só esse Douglas para fazer todo esse escândalo.
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
— Então seremos nós dois não é. — Raquel fala ao encarar Silva que chega em seu carro na porta da clínica.
— Entra logo. Já estou atrasados para o Rei. — Ele fala. — Nunca imaginei que pisaria naquele inferno outra vez.
— Relembrar e época de soldadinho. — Raquel fala e logo em seguida ri colocando o cinto de segurança.
— Ra, ra, ra! — Silva ri com sarcasmo.
No Rio a maioria dos jovens quando vão se apresentar no exército eles precisam ir a esse lugar para fazer todo o processo de ingressão. Silva não tem tem boas recordações desse lugar.
Chegando ao Rei.
— Só de colocar os pés nesse lugar meu coração acelera. Esse lugar me obra aquele base dos infernos. — Raquel fala enquanto passa as mãos pelo braços.
— Relaxa e vamos. Estão nos esperando no galpão bem ali. — Silva fala.
— Marta poderia ter mandado outra pessoa com você. Sou péssima com o público. — Raquel fala.
— Para de se menosprezar por favor Raquel. Se ela te mandou é porque você é capaz, confia um pouco mais em você. — Silva Fala.
Chegando ao galpão sobem a um palanque junto com o Marechal Raul.
— Quero a atenção de todos! Vocês já entenderam qual a situação, não preciso entrar em detalhes. Atenção as palavras desses dois, Silva, Raquel, são todos seus. — O Marechal encerra.
— Primeira coisa. — Silva começa.
— Antes de qualquer coisa lembre que os infectados não estão mas vivos. Não a cura, a única forma de parar essas coisas é destruindo o cérebro. Seja com um tiro ou com um objetivo perfurante. Atingir qualquer outra parte do corpo é inútil.
— Segundo. Existe mutações de acordo com o tipo sanguíneo, ainda está sendo estudado o motivo dessa mutação. Conseguimos analizar através do prontuário de um infectado que ele tinha câncer, e distúrbio nas células podem ter acarretado essa mutação. As criaturas não são apenas cadáveres ambulantes, elas se tornam monstros que podem te matar em um segundo. — Raquel fala.
— Terceiro. Boa sorte! — Silva fala.
Os soldados que estão no local começam a se questionar. Mandaram todos eles para aquele lugar para ouvir apenas essas poucas palavras. Eles não estão felizes.
— Desculpa decepcionar vocês. Mas todos aqui são soldados, e os melhores. Não existe uma fórmula mágica ou segredo para encarar essa situação. E desculpa, mas as coisas já estão ficando preocupantes em todo mundo. É inevitável, as coisas já estão acontecendo. Como eu disse antes não tem segredo. Vocês viverão esse inferno. O que vocês precisam passar para suas divisões é apenas que sobrevivam. Nós éramos meros psicólogos e sobrevivemos, vocês são soldados, façam o trabalho de vocês e tentem salvar o máximo de vidas possíveis. — Essas são as palavras de Raquel antes de descer do palanque e se retirar do galpão.
— Isso e porque você não sabe se comunicar não Raquel. — Silva fala.
— Isso é ridículo. Não tem manual pra essa situação. A questão é sobrevivência, só isso. Se lasque o governo. O presidente terá um lugar seguro para se abrigar enquanto os outros morrem aqui fora. — Raquel fala um pouco alterada.
— Quem iria imaginar que viveríamos esse informo todo novamente. Só que agora em escala global. É nós fomos os culpados por tudo isso. — Silva fala.
— Todos dias me pego pensando nisso. Se não tivéssemos ido para aquela base, se não tivéssemos dado de enxeridos e não fossemos explorar o lugar. Muitas coisas seriam diferentes. Ou poderiamos ter morrido no fim de tudo. — Fala Raquel.
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Doze - O Terror Continua - Livro 2
Science FictionApós os eventos ocorridos na base militar no meio da Amazônia, o grupo de sobreviventes se vê outra vez em apuros. Dois anos se passaram e o que antes estava apenas em um lugar isolado começa a se espalhar pelo mundo. O que será da raça humana agora...