Com sua pele branca e seus olhos profundos os pálidos são uma variação dos mortos vivos. Diferente dos cadáveres eles continuam com todos os órgãos internos ativos. Seu coração continua bombeando sangue, seu sistema nervoso permanece ativo porém seu cérebro se limita ao instinto básico de se alimentar.Porém sua visão é sensível a luz, com isso aprenderam a se esconder em lugares escuros. Na base militar eles se escondiam nós dutos de ar e quando as luzes se apagavam eles deciam para procurar alimento. Os mesmo se alimentam de animais, qualquer ser vivo que esteja próximo a eles se transformam em comida.
Os pálidos são divididos em duas classes. A primeira são os marcadores. Eles são os que saem na frente para localizar as presas. Eles silanizam a localização com um som específico que eles emitem. Caso não tenha um caçador próximo ele mesmo abate a presa.
Marcador
Os casadores são diferenciados por sua arcada dentária. Ela é bem mais exposta e presas se sobrepõem sobre as outras. Um ser asqueroso, não queira estar perto de um desses. Eles são rápidos e não caem com facilidade. Os testes que foram analisados por Marta mostravam que mesmo ateando fogo eles permaneciam vivos, apenas seus olhos derretiam por conta da intensidade do fogo. Pode-se então atestar que sua pele é resistente e bem difícil de ser perfurada. Foi preciso ser usado armas de grosso calibre para eliminar o pálido casador.
Casador
Porém essas criaturas tem sua fraqueza. Assim como os humanos, caso não aja sangue circulando em suas veias eles morrem. Qualquer hemorragia ou um acerto no coração dessas criaturas faz com que elas não levantam mas. Então caso esteja cara a cara com um pálido, saiba que você não terá chance alguma de sobrevivência se não estiver bem armado.
Brenda lembra das informações que leu sobre os pálidos no laboratório. Ela não imaginou passar por essa situação. Ficar dentro de uma caixa metálica com vários monstros ao seu redor. Está aliviada por saber que Douglas está com ele, e também que estão bem armados. Isso almenta a chance de sobrevivência dos dois. Mas agora é manter a calma e seguir em direção aos outros dois que estão em uma situação nada favorável no momento.
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Marta e Will conseguiram chegar a clínica e seguem para o laboratório. Aos outros que estão na clínica Marta prefere não informar o que está acontecendo do lado de fora. Eles sabem que não há energia mas por o gerador estar ativado eles permaneçam em suas salas. Como são psicólogos seus consultórios tem bloqueio sonoro para garantir ainda mais o privacidade do paciente. Então o que estiver acontecendo fora eles não conseguem escutar, a não ser que alguém bata em suas portas.
— Sabe o que me deixa mais preocupada. O fato de que a noite acabou de começar e se a energia não retornar não haverá sobreviventes.
— Vamos torcer para que a energia volte e afaste os pálidos da cidade o quanto antes. Ou que um número grande de pessoas consigam se esconder em lugares seguros.
— Sim, Will contamos com isso. Mas não estou tão esperançosa, minha fé está se esvaindo. Não sei se vale o esforço sintetizar uma cura se não haverá sobreviventes para se imunizar. Que merda que inferno!
— Não desanima mãe, você não é disso. O quanto você já fez quando não tinha esperança. Ter sobrevivido a base é um exemplo.
— Minha motivação era você filho!
— E mudou alguma coisa?
— Não, mas aqui estamos seguros.
— Então você vai repetir as mesmas coisas que os cientistas fizeram? Viver no subterrânea enquanto o exterior está tomado por monstros.
— Não mãe, não há lugar seguro. Nem aqui, e você sabe disso.
— Sim, mas...
— Mas nada! Os outros não vão concordar com isso.
— Eles vão entender.
— Por maior o trauma que tenham vivido, eles salvavam vidas. E sabendo que pessoas lá fora estão em perigo não vão ficar aqui. Entendo que seja o mais racional a se fazer, mas não é o certo.
— O que eu devo fazer?
— Primeiro lembre da promessa que fez. Você disse que nada de ruim aconteceria comigo e com os outros. Isso foi o que prometeu a Rick, você ganhou outros dez filhos para cuidar. E segundo, você disse que não deixaria que as coisas que aconteceram na base militar acontecessem novamente. Então para com esse papo e vai olhar essas pesquisas e tentar achar uma solução pra isso.
Vou subir para falar com os outros a respeito do que está acontecendo lá fora.— Estou preocupada com os quatro lá fora.
— Caso o sol nasça e eles não retornem irei com alguém para procurá-los. Vou aproveitar e entregar rádios para todos já que os telefone não estão funcionando.
— Certo filho, vou começar a trabalhar.
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Will se retira do laboratório e segue ao piso das clínicas onde os outros trabalham. Ele bate de porta em porta para chamar os outros e diz para irem a sala de reunião.
Quando estão todos na sala Will fala com os outros sobre o que está acontecendo do lado de fora.
— Onde estão Renato, Allan? Eles sairam cedo e ainda não retornaram. Vi Brenda e Douglas hoje mas eles não estão aqui. — Raquel questiona.
— Renato e Allan tiveram um problema quando foram fazer uma inspeção em uma escola. Parece que as coisas por lá estavam fora de controle, minha mãe então pediu para Brenda e Douglas irem até o local.
— Mas com pálidos lá fora as coisas vão ficar complicadas para eles. — Alesson fala.
— Eles saíram daqui armados. Nossa preocupação maior agora são os dois que estavam na escola. Torcer para que cheguem até eles logo. Mas Vamos ter fé de que tudo ficará bem e que todos retornarão em segurança.
— Eles são inteligentes e saberão lidar com a situação. Eles conhecem os pálidos e sabem muito bem como evitar os pálidos. — Silva fala.
— Caso amanheça e os quatro não retornem para o laboratório, eu irei com mais alguém aqui atrás deles.
— E Marta? — Raquel pergunta.
— Está tentando resolver esse problema.
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Doze - O Terror Continua - Livro 2
Science FictionApós os eventos ocorridos na base militar no meio da Amazônia, o grupo de sobreviventes se vê outra vez em apuros. Dois anos se passaram e o que antes estava apenas em um lugar isolado começa a se espalhar pelo mundo. O que será da raça humana agora...