CAPÍTULO 28

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É causado por um vírus ou radiação? Marta chegou a uma conclusão aí analizar o material contido nos HDs que levaram da base militar.

Os pacientes eram expostos a altos níveis de radiação para fazerem os testes para a cura do câncer.

Por algum motivo o vírus sofreu mutação por causa da radiação. As novas fórmulas eram geradas através do sangue das últimas cobaias.

Com o avanço dos experimentos as coisas começam a acontecer com aqueles corpos que eram expostos. Assim surgiu o primeiro morto vivo.

Ao avaliar o vídeo Marta vê um verdadeiro banho de sangue. O corpo já morto de uma das cobaias dilacerando os cientistas presentes na sala, foi ali que perceberam que isso poderia ser bem lucrativo se posto no lugar de poderio bélico. É bem mais barato em uma guerra deixar os inimigos matarem a si próprios.

Pararam com a pesquisa inicial, e passaram a investir pesado na criação dessa arma biológica, só não imaginavam que elas fossem sair do controle.

Na tentativa inútil de conseguir uma cura para o vírus que eles mesmo criaram decidiram deixar a base militar para trás, deixando tudo o que fizeram de errado por lá. Sem ao menos se preocuparem com as várias vidas que ali estavam.

O dinheiro importava mais que vidas, mas do que adianta tudo isso agora? Dinheiro não compra nada nesse mundo que eles mesmos criaram.

O mundo passou por muitas extinções em massa dizimando a vida, porém os seres eram irracionais e o acaso os fez partir, mais aí veio o homem para ferrar com ele mesmo, por qual motivo não permaneceram primatas.

Com tudo ela chega em uma péssima conclusão. Mesmo já tendo essa certeza ainda tentou por todos esses anos, mas infelizmente não a cura para essa maldição. A melhor solução é deixar que tudo apodreça até não restar nada.

— Encerro minha pesquisa hoje! — Marta fala ao jogar os papéis que estavam em sua mão sobre a mesa.

— O que te fez desistir? - Raquel pergunta.

— Não acredito que esses mortos vivos duraram por mais de uma década, não existe pessoas o suficiente pra gerar um novo apocalipse.

— Olhando por esse lado. — Raquel fala.

— Nossa única preocupação séria com os pálidos e os híbridos, mas estar de frente com essas criaturas sem preparo é morte certa.

— Esses não apodreceram como os cadáveres.

— Mas também não se reproduzem, então uma hora ou outra também vão desaparecer. Quem sabe as pessoas não tenham uma chance.

— É, quem sabe.

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Brenda e Douglas estão retornando para o assentamento. Já tendo visto que os mortos estão perto, a melhor escolha e permanecer dentro dos muros por enquanto, não há riscos se permanecerem ali. A horda de mortos seguiria seu rumo sem nem nota-los.

Quando estão próximos ao assentamento escutam um barulho muito forte, aconteceu uma explosão próxima ao local.

Eles aceleram o paço em direção ao condomínio, será que algo aconteceu?

Ao chegar na entrada percebem que o portão principal está literalmente destruído. Eles observam Allan no portão desesperado também sem entender o que estava acontecendo.

— O que aconteceu aqui Allan? — Brenda pergunta, a mesma se encontra ofegante por ter corrido até a entrada do condomínio.

— Não sei, estava na sala de comunicação falando com o Segundo assentamento, quando escutei o forte barulho. — Ele fala.

— Isso não é bom. Uma horda d mortos está se aproximando do condomínio e essa explosão pode ter chamado a atenção deles para cá. — Douglas fala.

— Agora ferrou! Não tem jeito de concertar esse portão antes dos mortos se aproximarem daqui.

— Isso foi causado por algum explosivo, alguém está por aqui e isso me preocupa. Não são pessoas de boa índole. — Brenda observa o entorno tentando ver alguma movimentação suspeita mas não percebe nada no seu campo de visão.

— E você ainda quer encontrar pessoas não é? — Allan ironiza.

— Estou pensando seriamente em mudar esse meu conceito. — Brenda responde.

— Devido a explosão pedi que o segundo assentamento viesse para cá o mais rápido possível. Eles estão se organizando para vir, iriam vir só amanhã por causa da horda que está se aproximando, mas com isso achei melhor apresa-los. — Allan Fala.

— Não! Entre em contato novamente, diga para ficarem onde estão. Dependendo de como as coisas ficarem aqui partiremos para lá.

Em seguida vá até Roberta e Mateus e peça ajuda para abastecer os caminhões com suprimentos e armas caso seja necessário sairmos daqui. Vou fazer a guarda com o Douglas aqui no portão.

No portão os dois vêem um carro se aproximar em alta velocidade, o mesmo batendo com forca no muro. Eles correm na direção do carro para ver se a pessoa que estava digitando o veículo ainda estava com vida.

Se deparam com um cadáver com um dos pés amarrado no acelerador e as mãos travadas no volante.

Do nada escutam um som alto saindo do porta malas do veículo. Um som estilo metal começa a ecoar por tudo o ambiente.

Talvez um portão quebrado conseguissem resolver com algo provisório, até mesmo usar um dos caminhões como barricada, mas esse som começou a chamar a atenção dos cadáveres da região, já é tarde, eles terão que deixar o assentamento.

— Que merda! Alguém está tentando nos matar não é possível. — Brenda fala aos gritos por causa do volume elevado do som que sai do veículo do veículo.

— Vamos tentar abrir esse porta malas antes que chame a atenção daquela horda para cá, esses poucos mortos a gente da conta. — Douglas e quando forca a porta tentando abrir.

— Isso não é feito para abrir dessa forma meu anjo. — Brenda fala possessa.

Ao perceber a expressão de irá no rosto de Brenda, Douglas também vê em seu olhar decepção. Ela tanto defende a idéia de trazer pessoas para perto, e esses que ela procura ajudar está tentando mata-la, e por motivo nenhum.

O motivo na realidade é bem claro. Armas, mantimentos, tudo o que precisam para sobreviver nesse mundo apocalíptico está ali.

Tirando as pessoas a forma o local em seguida fica livre para ser saqueado, e com toda certeza as pessoas que planejaram tudo isso, sabem o que estão fazendo e tem um plano muito bem elaborado.

Mas ela não deixará barato e já pensou em um plano para que essas pessoas não fiquem com nada que os pertença.

— Douglas, mudança de planos...

Doze - O Terror Continua - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora