— No fim seríamos vítimas de tudo isso. — Começa Will.
— Nessa altura eu e minha mãe já estaríamos mortos na base, vocês seriam pessoas normais, quem sabe trabalhando como psicólogos. Uma coisa certa, também já estariam mortos na altura do campeonato. A vivência de vocês na base foi um preparo para o que iria acontecer futuramente.— Como assim Will? Explica isso direito. — Douglas fala e logo tira seu óculos o pendurando na camisa.
— Parece que a infecção já estava se espalhando na floresta quando vocês chegaram à base militar. Marcos o cientista que acompanhou vocês no caso da clínica em Manaus foi o responsável pela infecção.
— Nunca confiei naquele desgraçado. Sabia que ele tinha rabo preso, só não imaginei que tão preso assim. — Brenda fala.
— O desgraçado estava seguindo com experimentos em uma tribo na floresta. Com a queda da base ele foi embora deixando tudo para trás. Iria demorar, mas a infecção acabou chegando à cidade e de forma silenciosa.
— Então quer dizer que todo esse tempo não éramos culpados pela liberação do vírus? — Breno pergunta.
— Não! Quando Rick incinerou a base, tudo se queimou não deixando vestígios de infeção. Se Marcus não tivesse atuado, hoje não estaríamos nessa situação. — Will finaliza.
— Pessoal a barra tá limpa. Parece que os moradores do condomínio foram embora, saíram sem nem se preocuparem em trancar suas casas. — Silva entra na cabine do porteiro onde os outros estavam.
— Ótimo! Nos pouparam o trabalho. — Brenda fala saindo da pequena sala acessando então a rua principal do condomínio. — Estou indo para a minha casa. Vamos descansar e amanhã traçamos um plano de ação, estou cansada de tudo por hoje.
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Alesson de trancou em um dos quartos no laboratório, naquele dia em questão ele não estava bem. Precisava de um tempo só para ele, um tempo para organizar sua mente.
Marta e Raquel ficaram sentadas na sala de espera onde havia uma janela com uma tela atrás simulando uma vista da cidade. Se viam ruas, carros passando em todos os momentos, prédios, o sol nascia e se escondia para que soubessem se era dia ou noite lá fora. Nesse exato momento elas observaram um lindo por do sol por trás de prédios altos. Bem baixinho elas escutam barulhos de buzinas, da movimentação nas ruas. Coisas que elas não iriam escutar em um dia normal com o laboratório em total funcionamento.
— Bom, é isso. Ficaremos aqui escondidos como ratos dentro do esgoto.
— Você tinha opção de sair então não reclama Raquel.
— Só não responderei como deveria por entender seu nível de estresse nesse momento.
— Me perdoa. Ainda estou assimilando a idéia do meu filho ter ido.
— Will já é adulto Marta e ele não precisa mas dá sua proteção. Ele te ama e deve ter doido nele partir.
— Você não consegue entender Raquel, você não é mãe.
— Eu não estaria certa disso Marta.
— Como assim?
— Sabe por qual motivo não fui com os outros?
— Qual?
— Descobri que estou grávida. Não sei de quanto tempo, mas descobrir com um teste de farmácia.
— Raquel como assim por qual motivo só está contando isso agora, os outros sabem?
— Não, você é a primeira pessoa. Com todos os acontecimentos recentes estava difícil conversar com vocês sobre isso.
— E o pai já sabe?
— Nem passa a possibilidade na cabeça dele.
— Estávamos bem próximos esses anos até que aconteceu. Mas depois vimos que nossa relação não passa de uma amizade. Só que esse pequeno deslize me trouxe essa coisinha aqui. — Raquel aliza a barriga.
— Não me diga que Silva...
— Sim, Silva é o pai!
— Vamos entrar em contato pelo rádio agora. Ele precisa saber disso!
— Não Marta, não quero deixá-lo preocupado. Nesse momento ele deve estar com os outros planejando um jeito de ajudar as pessoas lá fora e eu não quero ocupar a mente dele com isso.
— Raquel "isso" é um filho e ele deve saber sim.
— Só peço que respeite minha opção de não contar. Uma hora ele saberá pode ter certeza.
— Mas uma hora pode ser tarde Raquel. Olha o mundo que vivemos.
— Ele está seguro com os outros e eu estou segura aqui com você. Assumo a responsabilidade e ponto.
— Caso essa gravidez seja de risco pode ter certeza que darei um jeito de contatá-lo mesmo sem sua autorização saiba disso.
— Ok Marta! Você parece mesmo ser nossa mãe.
— Ai Deus, vou pegar as vitaminas necessárias para você começar a tomar, não melhor vamos ver como está essa criança. Para sala de ultrassom agora!
— Tem sala de ultrassom aqui?
— Tem tudo que você imaginar.
Marta segura Raquel pelos braços e as duas seguem até a sala de ultrassom. Chegando lá Marta liga os aparelhos e começa a passar o transdutor no abdômen de Raquel e não demora muito para ela ouvir o coração do bebê batendo com força.
Ela começa a chorar emocionada com o que estava vendo e ouvindo. Diante toda morte lá fora havia uma vida sendo gerada. Marta então que antes desanimada e sem esperança encontrou uma nova motivação para encontrar uma cura.
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Separados começam as buscas por sobreviventes. A meta é encontrar pessoas que estejam com vida e sem estarem infectados e encaminhá-los ao condomínio.
Primeiro dia da missão falhou. Não foram encontrados sobreviventes ao redor e eles precisavam retornar antes da noite chegar para não serem atacados por pálidos.
E assim permaneceu por muitos outros dias, até que decidiram ir para um pouco mais longe. Porém essa escolha colocava todos em perigo, não conseguiriam retornar em um dia. Com isso estariam sujeitos a perigos noturnos e esses não piores de enfrentar.
Cogitaram também a possibilidade de deixar essa idéia para trás porém essa possibilidade só permaneceu em suas mentes.
Um dia após o outro. Cansaço diário de todo um grupo, de dias tornando-se meses e de meses tornando-se anos.
Foi um período difícil, porém após quase três anos tiveram o primeiro sinal de vida.
O ano agora é 2023 onde agora é normal andar sobre pilhas de ossos pelas ruas.
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Doze - O Terror Continua - Livro 2
Ciencia FicciónApós os eventos ocorridos na base militar no meio da Amazônia, o grupo de sobreviventes se vê outra vez em apuros. Dois anos se passaram e o que antes estava apenas em um lugar isolado começa a se espalhar pelo mundo. O que será da raça humana agora...