CAPÍTULO 22

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— Vamos conhecer o refúgio? — Wendela pergunta.

— Claro, vamos.

— Pesso desculpas pela arma apontada para vocês, é que precisamos presar pela nossa segurança.

— Entendemos bem. E sem falar que somos estranhos né.

— Sim. Mas não senti perigo ao ver vocês. O que levam vocês à Petrópolis?

— Recebemos um sinal de rádio vindo de lá. Com isso deduzimos que há vida por lá. Na nossa região não encontramos nenhum sobrevivente por isso viemos para longe. Temos uma boa estrutura para mandar muitas pessoas.

— Então arriscam suas vidas, se expõem dessa forma só para achar pessoas e ajudá-las? Já pararam para pensar que talvez elas não queiram ser achadas?

— Ofereceremos ajuda. Aqueles que não quiseram não são obrigados a nada. Mas acho que formar uma comunidade seria bom nesse mundo de agora. Mais pessoas se protegendo.

— Ou mais pessoas morrendo juntas não é?

Eles chegam ao fundo da fábrica onde havia uma grande plantação de legumes e tubérculos. Haviam algumas pessoas cuidando da plantação.

— Aqui nesse parte do abrigo cultivamos nosso alimento. Próximo daqui existe uma loja de sementes, consideramos sorte sabe, assim conseguimos plantar nossa própria comida.

— Nossa, são galinhas alí?

— Sim. Conseguimos algumas, hoje ainda não consumimos. Estamos apenas as reproduzindo.

— Nosso abrigo conta com bastante alimentos, porém nada muito orgânico.

— Então que tal para o jantar uma bela salada de legumes?

— Olha não vou negar não.

Entrando na fábrica ela nos apresenta os dormitórios a cozinha e uma grande sala onde eles se reúnem para conversar.

Ela pede que eles aguardem ali para que ela possa chamar os outros para conhecê-los.

Depois de alguns minutos ela retorna trazendo os moradores do refúgio.

— Bom pessoal esses são nossos visitantes e passarão essa noite aqui conosco.

— É um grande prazer conhecê-los. Não sabe como estão feliz em ver rostos sem estarem em decomposição.

Eles sorriem e Wendela segue com as apresentações.

— Esses são Ítalo e Samantha e Athena. Eles cuidam da horta e também da nossa alimentação aqui.

— Ali estão Érica e Ludmila. Elas fazem o trabalho chato junto comigo de sair para procurar suprimentos.

Nos dividimos dessa forma mas não quer dizer que não façamos uns as tarefas dos outros aqui.

Mas desde que chegamos a esse lugar nos organizamos.

Os rapazes cumprimentam todos os que estavam ali e todos se sentam nas almofadas que haviam no centro do ambiente onde eles estavam.

— Então meninos, agora nos conte suas histórias. — Ela fala enquanto pega uma câmera para filmar. — Nossa paixão é escrever. Porém nossa energia é limitada e não estamos podendo ligar os computadores.

— Tudo bem eu mesmo conto. — Renato começa.

— Éramos alunos de psicologia na faculdade federal do Rio. Da nossa turma os únicos que chegaram ao fim foram doze alunos. Esses doze decidiram fazer uma viagem e foram para uma base militar...

Doze - O Terror Continua - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora