Não havia energia. Poucos eram os lugares que possuíam esse bem que agora era quase que extinto. Alguns dos edifícios da cidade e supermercados que possuem geradores os ligaram na hora do apagão, isso garantiu a sobrevivência de algumas pessoas, ali os pálidos não entraram. Isso não diminuiu o desespero das pessoas que escutavam os gritos nas ruas sem saber o que estava acontecendo.Depois de um longo tempo de espera Brenda e Douglas chegaram à entrada do túnel que dá acesso a outra parte da cidade.
Apenas um pequeno feixe de luz iluminava o interior daquele túnel. Uma escuridão sem igual cercava todo o lugar, algo estava rodeando o carro naquele momento e eles sabiam exatamente o que era. Pálidos estavam ao redor esperando apenas que as pequenas luzes se apagassem para que pudessem atacar.
O carro estava andando por volta dos vinte quilômetros por hora dentro do túnel, o som dos pálidos aumentavam e se misturavam a outro som que também era bem familiar.
Os dois logo posicionam suas armas em mãos e saem do carro se colocando a frente da luz dos faróis. Quando por fim percebem a primeira movimentação e se preparam para atirar eles percebem que era Allan.
Logo atrás surgem alguns pálidos que quando se aproximam da luz gritam e correm para a escuridão. Quando Allan chega até o carro logo os outros dizem para ele pegar uma arma, ele diz que existem híbridos próximos a eles.
Com a aparição dos híbridos os três começam a descarregar seus pentes, a ideia é não deixar nenhuma criatura de pé. Ficaram por alguns minutos alternando entre eles para que um ou outro pudesse carregar a arma, e por fim aquelas criaturas que estavam no caminho se encontravam no chão. Houve um verdadeiro banho de sangue naquele lugar, bom por sorte o sangue era das criaturas, não de Brenda, Douglas e Allan.
Brenda comenta que foi bom trazer as armas de grosso calibre, caso contrario estariam todos mortos.
- Mas o que diabos está acontecendo? – Allan pergunta enquanto entra no carro.
- Sabemos tanto quando você. Depois do que aconteceu na escola Marta nos pediu para irmos ao encontro de vocês, saímos e quando chegamos no centro da cidade começou o ataque de pálidos – Brenda fala.
- Diferente dos mortos vivos que são lentos essas criaturas são rápidas. Resumindo, muitas pessoas morreram! Então já se prepare para a cena que verá na cidade assim que chegarmos lá. – Douglas fala.
- Como se fosse uma grande surpresa para mim ver pessoas mortas. Nunca pensei em dizer que estou acostumado com isso. Mas vamos logo, deixei Renato literalmente pendurado. – Allan fala em um tom baixo.
- Acelera esse carro Douglas e vamos de uma vez.
Saindo do túnel logo apontam a luz do farol para que Renato possa seguir até o carro.
— Não pensa muito não Renato, ainda pode ter criaturas vivas. Desce logo dai e vem para o carro porra! – Brenda grita quando coloca sua cabeça para fora do carro.
Renato desce e corre para o carro. Entrando ele olha para Allan que estava sentado ao seu lado e diz que quando chegarem na clinica terão uma longa conversa. Allan apenas sorri.
- Vamos retornar para clinica e lá nos reuniremos com os outros, precisamos saber o que fazer agora. Essa situação e diferente, o que antes vivemos na base militar se espalhou pelo mundo todo e pegou todos de surpresa. Por hora precisamos nos reunir e pensar em uma maneira de salvar as pessoas que podem estar por ai. - Brenda fala enquanto prende seu cabelo em um coque.
- Você está mais nervosa do que de costume. – Douglas fala ao olhar para ela.
- Por qual motivo acha isso? – Ela pergunta.
- Você prendeu seu cabelo em um coque e isso só acontece quando você está sobre um grande estresse. Sabe, você costuma apenas prende-lo em um rabo de cavalo. – Ele fala.
- Douglas, você não acha que está prestando muita atenção em mim não? - Ela pergunta deixando o
rapaz sem graça.
O mesmo não responde e os outros dois que estavam no banco de trás apenas observam o amigo murchando
depois da pergunta de Brenda.
Chegando à cidade as coisas estavam bem piores, agora além dos pálidos correndo de um lado para o outro existiam centenas de mortos vivos andando pela cidade e a noite estava apenas começando.
Algumas horas se passaram e todos estavam reunidos no laboratório, os quatro que chegaram foram descansar um pouco por estarem exaustos do que aconteceu mais cedo. Os outros estão na sala de reunião apenas em silencio, ainda estão processando os acontecimentos do dia.
Marta olha pela janela e vê um número expressivo de mortos vivos se aproximando da clinica, diferente dos pálidos eles são atraídos pela luz. Ela então pega um rádio de comunicação que estava sobre a mesa e fala com um dos funcionários que decidiu permanecer na clínica, e pediu para que ele apague todas as luzes do prédio.
- Vamos descer para o laboratório, chame os outros que estão descansando. As luzes do prédio estão chamando a atenção dos mortos vivos para cá, pedi para apaga-las. Sem movimentação aqui dentro não haverá risco de outras criaturas entrarem aqui dentro. Não podemos ser um chamariz de mortos, se caso seja necessário sairmos ter uma corja de mortos a nossa volta não nos ajudara. – Marta fala entanto se afasta da janela e segue para a porta.
- Will sua mãe está bem? – Breno pergunta.
- Está insegura na real. Até cogitou a possibilidade de nos trancarmos no laboratório.
- Vamos dar um tempo para ela, querendo ou não ela se sente responsável por tudo o que está acontecendo. Bom todos nós temos nossa parcela de culpa no que está acontecendo.
- O pior que não mano. Quando saímos cedo, fomos até nossa casa. minha mãe achou varias informações. Algumas delas explica o motivo das coisas estarem como estão. Mas ela explicará melhor
para vocês do que se trata.- Mano a cada dia que se passa me pergunto o que tínhamos na nossa cabeça na época que decidimos ir para aquela base militar maldita.
- Já parou para pensar que você que contatou meu pai na época?
- Não precisa me lembrar do pior contato da minha vida.
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Doze - O Terror Continua - Livro 2
Ciencia FicciónApós os eventos ocorridos na base militar no meio da Amazônia, o grupo de sobreviventes se vê outra vez em apuros. Dois anos se passaram e o que antes estava apenas em um lugar isolado começa a se espalhar pelo mundo. O que será da raça humana agora...