Segredos, mentiras, maldade e rejeição seriam razões suficientes para que Anastásia Steele fosse uma pessoa amargurada e rebelde, mas o seu coração nobre e puro não tem espaço para sentimentos tão destrutivos como esses. Uma jovem de 20 anos que mes...
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Vanessa continua nos encarando, mas não fala nada, enquanto eu fecho a porta e sento-me a sua frente, sendo seguido por Oliver, que permanece calado. Aguardo "pacientemente" para que ela perceba que eu não estava brincando ou que estivesse fazendo ameaças vãs quando estive aqui na segunda passada, no entanto meu tempo é precioso demais para que eu o perca com ela.
– Sente-se, Senhorita Parker! Não precisamos fazer introduções ou dramas desnecessários quanto a minha vinda até aqui. – Ela me olha com mais raiva ainda, mas acaba se sentando.
– Você não tem nada para fazer aqui na minha Empresa, Senhor Grey! – Apenas ignoro o seu sarcasmo.
– Acredito que essa Empresa deixou de ser sua, a partir do momento que eu liquidei as dívidas que estavam em aberto junto ao Banco, Senhorita Parker. A menos que tenha em mãos o valor correspondente dos títulos? Se for o caso, eu devo concordar que a Senhorita tem toda razão.
– Você sabe muito bem que eu não tenho todo esse dinheiro. – Ela fala entredentes e quebra o lápis que estava em sua mão.
– Nesse caso, então sou eu que tenho que perguntá-la, o que ainda está fazendo na minha Empresa, Senhorita Parker? – Arqueio uma sobrancelha para ela que engole em seco.
– Você não pode fazer isso comigo, Christian! – Ela altera um pouco o tom de voz, mas continuo impassível, ignorando inclusive a informalidade na qual me chamou. – Essa Empresa é tudo o que eu tenho e você não pode tirá-la de mim.
– Era tudo o que você tinha. – Faço questão de frisar o tempo passado e ela nega com a cabeça. – E eu não estou tomando-a de você, eu a comprei de acordo com as condições que você mesma impôs ao Banco, quando pediu empréstimos sem controle. E é justamente por essa razão que a perdeu, por incompetência e falta de planejamento financeiro. – Falo friamente por estar perdendo a paciência, mas respiro fundo, sentindo o aperto discreto de Oliver em meu braço. – Vamos resolver logo isso, Senhorita Parker, pois não há motivos para protelar mais essa questão. – Oliver retira de sua maleta a pasta com os novos Contratos e me entrega.
– Eu preciso de mais tempo, para conseguir o dinheiro para resgatar os títulos que estão em seu poder, Christian. – Ela fala desesperada e eu suspiro.
– O prazo que eu lhe dei se encerra hoje, o que está sendo mais tempo do que qualquer outra pessoa daria a Senhorita. – Ela novamente engole em seco, mas não fala nada. – Se a Senhorita me garantir que até o fim do dia de hoje, terá a quantia total em mãos, não vejo problema nenhum em aguardar mais algumas horas.
– VOCÊ SABE QUE EU NÃO VOU CONSEGUIR SEU DESGRAÇADO! – Ela grita, enquanto se levanta, batendo as mãos na mesa.
– Sim eu sei! Mas a Senhorita não poderá falar que eu não fui benevolente ou que não esperei o fim do prazo. – Abro a pasta e coloco o novo contrato Social sobre a mesa. – Se já acabou com o seu espetáculo, sente-se e leia o documento antes de assinar e não precisa se preocupar em tentar rasgá-lo, como fez com as cópias dos títulos, pois há outras cópias. – Falo quando percebi a sua intenção e o ódio que vejo em seus olhos, apenas alimenta a minha vontade de vê-la fora dessa Empresa, o mais rápido possível.
