Capítulo - 85

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Confio cegamente no meu irmão mais velho – pois cometi o erro de não fazê-lo apenas uma vez e não pretendo repeti-lo –, porém a partir do momento que Anastásia está envolvida na equação, tenho minhas ressalvas quanto a "ter a cabeça fria e saber a...

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Confio cegamente no meu irmão mais velho – pois cometi o erro de não fazê-lo apenas uma vez e não pretendo repeti-lo –, porém a partir do momento que Anastásia está envolvida na equação, tenho minhas ressalvas quanto a "ter a cabeça fria e saber a hora certa de agir". Mas tenho que concordar também com o que Anastásia disse, pois não sabemos de fato se este doente está apenas querendo mexer com a nossa cabeça para que dessa forma vivêssemos constantemente amedrontados, mas cautela, nunca é demais.

Tentei buscar na memória se algum comportamento suspeito da Débora tenha me passado despercebido – mesmo que eu fosse um idiota e cego naquele tempo –, mas os únicos momentos que me recordo foram às visitas daquele amigo dela, o tal Eric, e se for pensar bem em como se comportavam, não demonstravam serem amantes ou algo parecido, mas também não se pareciam como simples colegas de trabalho.

E, talvez tentar encontrá-lo seja a chave para as nossas respostas, porque se o motivo para que esse homem esteja usando para se vingar pela morte dela – no qual a única culpada foi à própria Débora –, seja por algum laço afetivo, somente sendo algo mais do que simples amantes, justificaria as suas ações. O que mais uma vez tenho que concordar com o Richard ao afirmar que o vínculo deles vai além do "Comercial". Será que esse homem possa ser um tio, um irmão ou quem sabe um primo distante? Porque sinceramente, estou começando a duvidar que a Débora fosse mesmo órfã.

Agora, quanto ao homem que Edgar viu com ela na porta daquele Restaurante, também é uma grande incógnita, mas dado ao seu histórico nada decente, não duvido nada que seja mais um aspirante a vítima daquela mulher, que deveria ter sido tão doente quanto o homem que nos enviou aqueles envelopes. Além de serem tão perturbados a ponto de colocarem câmeras em nossos apartamentos. Porra! O quanto tudo isso era doentio?

Sinceramente, não quero ficar pensando nisso, afinal, tenho preocupações maiores para lidar no momento, como por exemplo, a minha namorada obstinada e geniosa, que não percebe que eu apenas quero mantê-la em segurança e não controlá-la, por essa razão eu sugeri que ela não trabalhasse por um tempo, o que foi previamente refutado, obviamente, além do fato de o Edgar pedir para conversar sozinho com ela, esteja me matando.

– Christian, não precisa se preocupar, pois o Edgar já nos deu provas suficientes que não era o mau-caráter que julgávamos que fosse. – Suspiro e encaro o meu irmão, interrompendo o processo de subir as escadas.

– Mas mesmo assim ainda não confio nele, Richard, além dele ter dito com todas as palavras que se interessou por minha namorada. – Falo entredentes e ele nega com a cabeça.

– Não confie nele, mas sim na sua namorada. – Fico em silêncio, apenas o encarando. – Ou por um acaso a Ana tenha dado algum indício de não ser digna de confiança?

– Nunca! – Falo sem hesitar e ele sorri de lado.

– Então, ótimo! Confie nela e esse interesse do Edgar, não é no sentido romântico, Christian, ele também me falou sobre o encantamento e a admiração que adquiriu por ela, mesmo que tenham conversado poucas vezes.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora