Continuo encarando as fotografias jogadas sobre a mesa e a folha de papel com a ameaça explícita quanto à vida da Anastásia e sinto meu peito arder, meus ouvidos zunirem e minha cabeça girar e me dou conta que estou hiperventilando, mas não posso me dar o luxo de ter uma crise de pânico agora.
Puxo minha gravata que parece me estrangular e abro os primeiros botões da minha camisa e tento regular minha respiração, enquanto cambaleante caminho até a porta, mas aquelas palavras ficam girando e girando sem parar em minha cabeça.
"Esse será o fim que aguarda a linda, pura e doce Anastásia!".
Não! Não posso e não vou permitir isso, por isso balanço a cabeça na tentativa de apagar aquelas imagens, a carta que continha tanto ódio e aquela ameaça, mesmo sabendo ser impossível e abro a porta num ímpeto chamando atenção de Laura.
– Laura, quem deixou aquele envelope aqui?
– Senhor Grey, eu...
– Quem entregou aquele envelope? RESPONDA LAURA! – Bato meus punhos cerrados em sua mesa, fazendo-a saltar pelo susto.
– Senhor Grey, o que está acontecendo? – Taylor se aproxima, mas eu o ignoro.
– Quem deixou aquele envelope, Laura? Quem foi?
– Foi... Eu... Eu não sei Senhor!
– Como não sabe? COMO VOCÊ RECEBE UM ENVELOPE SEM SABER DE ONDE VEIO LAURA? – Ela volta a saltar quando grito e se encolhe no lugar.
– Ei, o que está acontecendo aqui? – Aleksander sai de sua sala e tento manter a calma, pois preciso de respostas. – Por que você está gritando, Christian? O que aconteceu? – Nada respondo, apenas fico olhando para Laura que me encara assustada e vejo que ela não tem as respostas que preciso.
– Porra! – Dou um soco na mesa e volto para minha sala, sendo seguido por Taylor e Aleksander.
– Senhor Grey, poderia me mostrar o envelope que está falando?
– Na minha mesa. – Ele se aproxima e Aleksander faz o mesmo.
– Que merda é essa? – Ouço Aleksander falar assustado, mas não respondo nada e vejo Taylor levar o celular à orelha.
Apenas continuo andando de um lado para o outro, puxando meus cabelos tentando imaginar quem poderia fazer uma coisa dessas. Quem poderia escrever uma carta com tanto ódio e ainda fazer ameaça a vida de uma pessoa inocente? Mercadoria? Produto? Eu substituí mais rápido do que deveria? Sobre o que esse doente estava falando?
Porque só pode ser um doente para falar algo sem sentindo assim, principalmente por sentir prazer em presenciar a dor de outra pessoa. E como esse doente sabia sobre a Débora? Como conseguiu aquelas fotos tão macabras, dela e do bebê? Anastásia! Por que esse desgraçado está seguindo os passos dela? Meu Deus! Eu vou ficar maluco com tantas perguntas sem respostas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Coincidências do Destino - Livro 1 - Série Destinos
FanfictionSegredos, mentiras, maldade e rejeição seriam razões suficientes para que Anastásia Steele fosse uma pessoa amargurada e rebelde, mas o seu coração nobre e puro não tem espaço para sentimentos tão destrutivos como esses. Uma jovem de 20 anos que mes...