Capítulo - 103

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No dia que eu conheci o Richard, a princípio achei que ele seria mais "um riquinho mimado" que por rebeldia tinha resolvido ingressar no Corpo de Fuzileiros Navais, apenas para afrontar os seus pais, principalmente quando descobri que ele havia fe...

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No dia que eu conheci o Richard, a princípio achei que ele seria mais "um riquinho mimado" que por rebeldia tinha resolvido ingressar no Corpo de Fuzileiros Navais, apenas para afrontar os seus pais, principalmente quando descobri que ele havia feito isso sem o conhecimento da sua família.

Mas então ele nos surpreendeu, pois tinha acabado de completar 18 anos, sempre muito sério, mas muito dedicado aos treinamentos, o que confesso que às vezes tanto eu quanto Declan e Dominic - os outros dois instrutores responsáveis no treinamento dos recrutas e também os mais velhos da Equipe - pegávamos um pouco pesado com "o pirralho", que executava tudo que era ordenado sem reclamar.

Com o passar dos anos "o pirralho" foi se destacando tanto por seu intelecto quanto por sua resistência física e no combate corpo a corpo, até que por mérito se tornou o Comandante da Equipe de Elite Ghost que admiramos e respeitamos hoje, mas isso é história para outro momento e não serei eu a contá-la.

Só que até mesmo um Navy SEAL treinado como ele, também tem a sua fraqueza, e no caso de Richard Grey, é a sua família, principalmente os gêmeos, Christian e Caleb Grey. E posso dizer que eu - assim como toda a nossa Equipe -, acompanhei o fim da adolescência daqueles dois à distância, desde o momento que foram morar com Richard em Boston, assim como os problemas emocionais que Christian passou a ter depois de ter se envolvido com uma mulher de índole duvidosa.

Motivo que fez com que Richard se culpasse por muito tempo, pois segundo ele, deveria ter sido mais atento a "namorada" do irmão, principalmente por sermos quem éramos, mesmo que nada constasse contra Débora Lins na época. E acredito que essa foi uma das razões que levou com que eu me oferecesse para ser o Segurança Particular do Christian.

- O que está acontecendo, Richard? Você tem estado pensativo há alguns dias. - Questionei assim que entrei em sua sala, vendo-o analisar algumas fichas.

- Preciso de um Segurança Particular para o meu irmão, mas dentre todos os Profissionais que avaliei nem um se encaixa no perfil que preciso. - Ele falou frustrado, jogando os papéis que estavam em suas mãos sobre a mesa, dos quais peguei e comecei a analisá-los.

- Para qual dos dois?

- O Christian. - Assenti e continuei analisando as opções, ouvindo-o suspirar cansado. - O problema é que o Segurança que for contratado precisará ser tão sangue frio quanto ele, até porque o meu irmão é uma pessoa difícil de lidar. Além de ter que ser muito confiável, pois o Christian não costuma confiar facilmente nas pessoas depois do que aconteceu com aquela mulher. - Pensei por um momento e joguei as fichas sobre a mesa.

- Posso ser o Segurança dele. - Ele ponderou por um momento, mas negou com a cabeça.

- Sendo o segundo em comando, eu preciso de você com a Equipe caso seja necessário se ausentarem de Seattle, Taylor. Você sabe que agora fica mais difícil para que eu possa fazer isso.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora