Capítulo - 75

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Ouvi uma vez que ter um irmão gêmeo deve ser a pior coisa que poderia acontecer para alguém, pois tudo tem que ser dividido desde o útero materno

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Ouvi uma vez que ter um irmão gêmeo deve ser a pior coisa que poderia acontecer para alguém, pois tudo tem que ser dividido desde o útero materno. A atenção é dividida, o carinho dos pais, o amor do irmão mais velho, o quarto nos primeiros anos - ou às vezes por muitos outros, dependendo a situação financeira dos pais -, além de ter que olhar para alguém que tem o mesmo rosto que o seu - ainda mais sendo gêmeos univitelinos, como é o nosso caso -, porém tudo isso que já me falaram de fato é uma verdade, mas nunca foi um problema, pelo menos não para mim.

Ser gêmeos para mim sempre foi uma dádiva, pois eu nunca, jamais estive sozinho e sei que mesmo que sigamos caminhos diferentes, sempre teremos um ao outro. Sempre tive além de um irmão, um amigo, um cúmplice e companheiro para tudo. Claro que o meu irmão gêmeo é o completo oposto de mim, mas é justamente isso que nos completava. Que nos fazia tão bons juntos, pois nas diferenças, tornávamos iguais, pelo menos entre nós dois.

Enquanto eu tenho o bom humor como minha válvula de escape para tudo, Christian sempre foi fechado e com humor ácido e mordaz, isto é, quando demonstrava esse seu lado e sinceramente, eu teria pena da pessoa que fosse alvo do seu sarcasmo. E eu poderia até dizer que eu seria a emoção, enquanto Christian é a razão, mas o meu irmão tem um coração tão nobre e grandioso que ele nem se dá conta disso, além dele ser muito transparente e direto em tudo que pensa, sente e fala.

Não que comigo seja diferente, mas com Christian não há meias palavras, meias verdades ou mentiras doces, se ele tiver que arrasar o seu psicológico sem piedade, ele fará, mas com toda certeza, dependendo da situação, nem sempre será no intento maldoso. Ele simplesmente fala e se não for do seu agrado, sinto muito parceiro, pois se não quiser ser afetado pela tempestade que é Christian Grey, saia da frente.

Meu irmão sempre foi um romântico incurável. Diferente de mim que não tinha muita paciência para ler romances, ele vivia grudado em um livro, quando não estava enfiado no quarto desenhando, é claro. Eu sempre fui mais de sair, conhecer pessoas e me divertir muito. Nunca me apaixonei por alguém, a ponto de querer ter um compromisso sério, mas é claro que nunca fui um canalha com ninguém que eu me envolvia.

Se há uma coisa que nossos pais sempre nos ensinaram é que um homem - e eles tiveram três para educar - sempre deve ser sincero com as suas palavras, ações e atitudes, por mais que não seja o que as outras pessoas querem ouvir e nisso, tanto eu quanto os meus irmãos temos de sobra. Tudo bem que meu lado "moleque travesso" às vezes ganha a melhor, mas isso apenas com o meu irmão gêmeo, mas só no quesito "omitir" que tenho uma cópia, pois deixar a minha irritada, não tem preço.

Nunca fiz isso por maldade ou na intenção de causar confusão, até porque na infância era um ato inocente. Na adolescência passou a ser engraçado, até o dia que uma "namoradinha" agrediu o meu irmão, por ter achado que eu estava a traindo, apenas porque me viu conversando com outra menina e quem levou a bofetada foi o Christian. Quisera eu ter levado aquela bofetada, pois o soco do meu irmão doeu muito mais e essa foi a primeira e única vez que nós dois brigamos aos socos, a ponto de Richard ter que interferir e nos separar.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora