Capítulo - 37

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Desde o momento que desliguei o telefone com o Christian e entrei no táxi a caminho da Empresa do Richard, eu não consegui parar de pensar um minuto sequer no pedido do meu tio Marco, da mesma forma que o meu coração sabe que eu não poderei atendê...

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Desde o momento que desliguei o telefone com o Christian e entrei no táxi a caminho da Empresa do Richard, eu não consegui parar de pensar um minuto sequer no pedido do meu tio Marco, da mesma forma que o meu coração sabe que eu não poderei atendê-lo, mesmo que eu me sinta mal por isso, pois eu sei que havia um motivo para que ele quisesse que eu fosse embora para o Brasil, mas eu não posso. Não agora, depois de ter me encaixado num lugar que eu considerasse a minha casa, de ter feitos amigos verdadeiros e ter me apaixonado.

Se esse pedido tivesse acontecido há alguns meses, mesmo que eu sentisse muito a falta dos meus amigos, eu não hesitaria em seguir as suas ordens e, isso me deixaria triste por ter que abandonar o Caleb, que foi a primeira pessoa que eu conheci assim que cheguei a Seattle, que eu aprendi a amá-lo como um irmão e que se tornou o meu melhor amigo em tão pouco tempo. Do Richard que aprendi a respeitá-lo como o meu irmão mais velho, da mesma forma que ele era para o Caleb. Eu sentiria falta do Pietro e sua língua sem freio, da Eloise e seu jeito leve, do William com sua proteção e familiaridade, da Melissa e seu jeito decidido, da Júlia e sua timidez e do companheirismo da Marta.

Eu sentiria muito a falta de todos, e eles, nunca seriam substituídos em meu coração, mesmo que eu viesse a fazer novas amizades onde quer que eu possa estar, no entanto, pode até parecer egoísmo, mas o peso maior para a minha decisão, foi por não querer perder o que acabei de conquistar, mesmo que isso possa parecer uma loucura, considerando que "estamos" juntos há poucos dias, mas eu não poderia de forma alguma me afastar do Christian. Eu não conseguiria ir para outro País sabendo que não iria vê-lo mais e muito menos eu saberia sufocar os sentimentos tão avassaladores que esmagam o meu coração, apenas por cogitar a ideia de não poder mais sentir o calor e a proteção dos seus braços ou o sabor dos seus lábios.

– Desculpe-me, Tio Marco, mas pela primeira vez irei desobedecê-lo. – Murmuro entre as lágrimas que não param de deslizar por minha face, esquecendo-me até mesmo que eu estou dentro de um táxi.

– Disse alguma coisa, Senhorita? – Assusto-me com a voz do Taxista que me olha pelo retrovisor e eu nego com a cabeça. – A Senhorita está bem? Está sentindo alguma coisa? – Novamente eu nego. – Desculpe-me a intromissão, mas a Senhorita está chorando desde que entrou no meu táxi, se estiver sentindo alguma coisa, eu posso levá-la ao Hospital.

– Não se preocupe, eu estou bem, mas obrigada assim mesmo. – Ele assente não muito convencido e logo estaciona o carro em frente a um prédio muito bonito, olho na fachada e vejo o nome GSS, Grey Security Solutions.

– É aqui Senhorita. – Eu assinto e depois de pagar a corrida me preparo para sair do carro, mas ele chama a minha atenção. – Desculpe-me a inconveniência, mas eu tenho duas filhas e aprendi a lê-las muito bem, por isso se me permite a liberdade, eu vou dizer que seja o que estiver a atormentando, escute o seu coração, pois nem sempre a cabeça é nosso melhor guia para tomar uma decisão. – Eu sorrio para ele e assinto.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora