Capítulo - 14

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Assim que me afasto do homem ao qual eu estava em seus braços, pensando ser o meu amigo, eu olho de um para o outro e percebo que são idênticos, o que os difere é que Caleb tem uma barba rala, quanto o que agora eu tenho certeza ser o seu irmão nã...

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Assim que me afasto do homem ao qual eu estava em seus braços, pensando ser o meu amigo, eu olho de um para o outro e percebo que são idênticos, o que os difere é que Caleb tem uma barba rala, quanto o que agora eu tenho certeza ser o seu irmão não tem e, além é claro, de que este parece carregar o mundo em suas costas, com seus olhos intensos e tempestuosos, enquanto Caleb exala leveza e um constante sorriso em seus lábios.

Mas assim que sinto os braços de Caleb me envolver a realidade me bate, fazendo-me novamente chorar por me lembrar do motivo de estar neste Hospital. Eu tento falar com clareza o que aconteceu para ele – mesmo eu não sabendo de nada concreto ainda –, porém o choro e o nó em minha garganta não me permitem verbalizar nada coerente e, apesar da dor que eu estou sentindo no momento por saber que eu perdi o homem que eu tinha como um pai, um avô e até mesmo o meu conselheiro e confidente e, não saber nada do meu Tio Marco, eu ainda consigo sentir os olhos do irmão de Caleb sobre mim e sem perceber o que estou fazendo, eu me vejo o encarando, analisando cada detalhe de um rosto tão igual ao do meu amigo, mas ao mesmo tempo tão diferente.

Os seus olhos são tão intensos e expressivos que me prendem como um imã, porém o contato visual que nos mantinham conectados é quebrado quando um homem extremante forte e sério – e se eu não estivesse tão atordoada no momento, eu ficaria com toda certeza assustada com a sua seriedade – me entrega um copo com água, onde em seguida eu consigo falar algo do que eu fiquei sabendo há pouco para o Caleb e, passado alguns minutos Richard chega também ao local, tendo-me cativa na proteção e conforto de seus braços e, saber que eu tenho esses dois comigo agora, me deixa de certa forma minimante amparada.

Eu me afasto um pouco de Richard ao ouvir o tom de voz preocupado que ele se dirige ao seu irmão – que agora eu sei ser o Christian – e, analisando bem a suas expressões, eu afirmo que ele está no mínimo desconfortável por estar nesse Hospital. Quando ele se aproxima para conversar com os seus irmãos eu sinto o meu coração mais uma vez disparar, não apenas pela dor que eu estou sentindo pela situação, mas por um motivo que eu não consigo explicar com a bagunça emocional que estou sentindo agora.

– Eu sinto muito por sua perda, Senhorita.

Eu apenas balanço a cabeça sem conseguir falar nada, pois ouvir a sua voz, com um tom mais rouco e grave que o de Caleb me faz sentir algo estranho e, eu não perco a troca de olhar entre Caleb e Richard, vendo o irmão se afastar em seguida, sem olhar para trás.

– O que aconteceu Pequena, por que você está aqui nesse Hospital? – Richard me afasta para poder me olhar e eu respiro fundo, mesmo que eu não consiga parar de chorar.

– Eu não sei direito, Richard, mas o Médico disse que o Padre Lutero chegou... Chegou... – Eu soluço mais uma vez, mesmo não querendo acreditar que isso é verdade. – Que ele chegou sem vida ao Hospital, porque ele se afogou no lago Washington.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora