Capítulo - 92

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O sorriso simplesmente não abandona o meu rosto, por presenciar o quanto a minha família fez com que a Tia Ângela ficasse a vontade, o que a princípio eu senti que ela estivesse com medo de ser julgada, por ter sido conivente com o Tio Marco, ao m...

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O sorriso simplesmente não abandona o meu rosto, por presenciar o quanto a minha família fez com que a Tia Ângela ficasse a vontade, o que a princípio eu senti que ela estivesse com medo de ser julgada, por ter sido conivente com o Tio Marco, ao me manter afastada dos meus pais, mas não foi assim que aconteceu.

Os meus avós e o meu tio trataram-na muito bem, deixando-me aliviada, pois ela sempre será uma parte importante da minha vida e jamais deixarei de amá-la como a mãe que me criou, como se eu fosse a sua própria filha, durante 20 anos. E, acredito que o meu pai tenha entendido isso, pois eu consigo ver que ele realmente deixou as suas ressalvas, quanto a minha tia, para trás, percebendo que ela é uma mulher honrada e que cuidou muito bem de mim por todo esse tempo.

Por outro lado, durante uma parte da conversa, eu fiquei sabendo o porquê os meus pais não tiveram outros filhos, sendo que depois do parto complicado da minha mãe, ela teve adenomiose e mesmo após vários meses em tratamento, não foi possível controlar um sangramento excessivo e as fortes dores que ela passou a sentir, sendo necessário fazer a histerectomia total, que é o processo de remoção completa do útero.

Não vou negar que ter outros irmãos me deixaria muito feliz e talvez se isso tivesse acontecido, os meus pais poderiam ter sofrido um pouco menos com a minha ausência. É claro que um filho nunca seria o substituto de outro, ainda mais neste caso, onde eles não faziam ideia se um dia iriam me encontrar novamente, mesmo que jamais tivessem perdido a esperança quanto a este fato.

Porém a dor seria amenizada enquanto cuidariam de outro bebê, mas como a minha mãe disse, nada acontece por acaso e sempre há uma razão para as coisas acontecerem, por mais dolorosas que possam ser. O que foi reafirmado por Tia Ângela, que contou a sua história, quando perdeu o seu bebê, para algum tempo depois eu aparecer em sua vida, sendo parte da sua cura, enquanto eu recebia os cuidados e atenção que precisava naquele momento, estando longe dos meus pais.

O assunto logo foi mudado, tendo em vista que estava ficando melancólico demais, então meu avô começou a contar histórias de quando minha mãe e meu tio eram jovens e o quanto ele relutou para que ela não saísse de Kansas e viesse para Seattle, o que apenas o deixou mais tranquilo, porque ela veio morar com a Margarida - madrinha de consideração da minha mãe -, e poucos meses depois estava trabalhando na casa dos meus avós, onde conheceu o meu pai.

William e eu rimos muito da forma que nosso avô conta essas histórias e sempre fazendo questão de mencionar o quanto queria estar no seu Rancho, que agora eu sei não ser apenas um pequeno Rancho, pois meu Tio Benjamin conseguiu fazer as terras prosperarem, sendo um grande criador de gados de corte e também leiteiro, além de ser também produtor de soja em um campo extenso da propriedade.

Meu Avô me fez prometer que assim que William e eu estivermos de férias, iremos para Kansas passar alguns dias com eles, o que foi prontamente aceito por nós dois, obviamente. E, eu acredito que Christian também vá gostar de passar um tempo fora de Seattle, ainda mais com tantas coisas que aconteceram nos últimos meses.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora