Capítulo - 97

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O medo é considerado uma ansiedade irracional ou fundamentada, mas que tem o poder de controlar as nossas emoções fazendo com que tomemos atitudes precipitadas

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O medo é considerado uma ansiedade irracional ou fundamentada, mas que tem o poder de controlar as nossas emoções fazendo com que tomemos atitudes precipitadas. No entanto há momentos em que o medo é o grande motivador para escaparmos de situações consideradas perigosas, tanto que William Shakespeare não poderia estar mais correto ao dizer que "Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o corajoso experimenta a morte apenas uma vez".

Não sou nenhuma tola para não considerar o medo que senti ao ler aquela mensagem, porque mesmo que tivesse sido através de poucas palavras, a intenção de quem a me enviou parecia muito real e não de alguém que estivesse apenas fazendo ameaças vãs. Só que eu não posso e não irei deixar esse medo me dominar e determinar os passos que devo seguir na minha vida de agora em diante.

Não deixarei os meus planos e muito menos parar de seguir com a minha rotina parando de ir a Universidade, a Empresa ou a qualquer outro lugar que for necessário que eu vá, para simplesmente ficar trancada dentro de casa, prisioneira de alguém que não fazemos nem mesmo ideia de quem possa ser.

Eu sabia que Christian não iria reagir bem quando soubesse do teor daquela mensagem, por essa razão pedi para que Richard e Caleb viessem ao nosso quarto, pois além de saberem o que estava acontecendo, poderiam intervir caso o meu namorado surtasse. O que não estou considerando exagero ou que ele esteja paranoico quanto a minha segurança, pois eu sei que isso realmente é necessário, ainda mais numa situação que estamos vivendo às cegas, sem saber para onde ir, a quem procurar ou que direção olhar para nos proteger.

Pode parecer até mesmo uma piada de mal gosto o que irei dizer, mas nesse caso, mesmo que possamos tomar medidas preventivas, a única coisa que podemos fazer e esperar e ver o que irá ou se vai acontecer alguma coisa. Eu só peço a Deus que não permita que as pessoas que eu amo se machuquem e muito menos que sejam prejudicadas por causa de alguém que pretende me perseguir, sem que eu possa saber o motivo, pois já perdi o Padre Lutero e o Tio Marco, e eu não aguentaria se perdesse mais alguém por minha causa.

Se eu pudesse preservar as pessoas que eu amo de ficarem preocupadas comigo, eu seria capaz de fazer qualquer coisa para que isso acontecesse. E, assim que Christian se levantou da cama, dando um beijo delicado em meus cabelos, acreditando que eu estivesse dormindo, para sair do quarto logo em seguida, faz-me questionar se o tio Marco estava prevendo que algo assim poderia acontecer e se ele realmente não poderia estar certo querendo que eu saísse do País e ficasse um tempo no Brasil.

Dessa forma eu estaria protegendo não apenas a mim, mas as pessoas que estão a minha volta e que eu tanto amo, não sendo mais um peso e muito menos motivo de preocupação excessiva a ponto de fazê-lo perder o sono, apenas por não obter respostas para encontrar um meio de tentar me proteger.

Estar longe do homem que eu amo, dos meus pais que tanto desejei conhecer, da minha tia que sempre fez tudo para que eu tivesse uma boa educação, dando-me o amor de mãe que eu não tive por um tempo, dos meus cunhados, que considero como irmãos e dos meus amigos, dói tanto no meu coração que me sufoca, como se fosse realmente uma dor física e não da alma, apenas por pensar na possibilidade de não poder mais vê-los.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora