Capítulo - 57

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Saio do elevador e percebo que passei mais tempo do que eu gostaria na sala da Vanessa, pois encontro a Loja vazia, tendo apenas o Senhor Leônidas, o Segurança do turno da noite, na entrada

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Saio do elevador e percebo que passei mais tempo do que eu gostaria na sala da Vanessa, pois encontro a Loja vazia, tendo apenas o Senhor Leônidas, o Segurança do turno da noite, na entrada. Entro no vestiário e nem me preocupo em trocar de roupas, apenas pego a minha mochila, a minha bolsa e esvazio o meu armário, deixando a chave no local.

Se eu falar que não irei sentir falta daqui estarei mentindo, até porque aqui foi o meu primeiro emprego, o local onde eu soube que era capaz de ser além do que eu poderia imaginar e cumprir funções que nem mesmo pensei que seria possível fazer, além é claro, de fazer amizades que considero verdadeiras e que jamais me esquecerei.

Por outro lado, há pessoas que não farei questão de lembrar e uma delas, com toda certeza é a Vanessa, mesmo que ela tenha sido uma grande motivação para eu sempre me superar dia após dia e isso eu não quero e nem irei esquecer, agora a sua amargura, grosseria, bipolaridade e falta de tato, darei adeus sem peso na consciência ou saudades futura, sem nem pensar duas vezes.

Respiro fundo mais uma vez e olho para o vestiário e sorrio, pois esse ambiente serviu de divã para as confissões do amor rebelde da adolescência da Júlia, dos lamentos da Melissa sobre as dificuldades de ter um pai como o dela, dos conselhos e abraços carinhosos da Marta, das risadas e conversas fiadas e também das lágrimas de dor por ter me despedido de pessoas que eu tanto amava, como o Padre Lutero e o Tio Marco.

Por fim, olho para o Salão de Vendas e me despeço temporariamente, pois eu sei que ainda precisarei voltar para resolver a minha demissão com a Marta, devolver os meus uniformes e a chave da Loja e soltando um suspiro, caminho na direção da porta, a passos firmes para a minha liberdade.

Acabo dando risada desse meu pensamento, como se eu estivesse presa, numa penitenciária de Segurança Máxima e após cumprir a minha pena, estou caminhando de encontro ao desconhecido, o que é um exagero, pois serão apenas alguns dias até que eu consiga outro Emprego - assim eu espero -, no qual não quero pensar por enquanto, pois meu coração simplesmente acelerou apenas por ver Christian, me aguardando como sempre, encostado na lateral do carro - com Taylor ao seu lado -, recebendo-me com um beijo delicado nos lábios, entrando em seguida, seguindo para casa.

- Aconteceu alguma coisa, Baby? - Desvio minha atenção da paisagem escura das ruas de Seattle e viro-me para Christian, assim que ouço sua voz depois de alguns minutos de silêncio dentro do carro.

- Não se preocupe, está tudo bem. - Suspiro e sinto o aperto de sua mão na minha, mas não pretendo conversar dentro do carro, onde não poderei ver com nitidez os seus olhos. - Estou apenas cansada.

Ele não fala mais nada, mas sinto que mesmo com a pouca luz dentro do carro ele mantém seus olhos fixos em mim, até que ouço o seu suspiro e o meu coração se aperta, pois não queria deixar que as palavras da Vanessa contribuíssem para ter um clima ruim entre meu namorado e eu, mas infelizmente é inevitável, levando em consideração que pretendo tocar em seu passado e talvez eu não vá gostar das respostas que eu possa escutar.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora