Capítulo - 111

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Tomar decisões nunca é fácil, ainda mais quando vidas dependem de você ou no mínimo com a sua colaboração, mas posso dizer que de todas as lições que aprendi ao longo desses meus 20 anos é que nem tudo depende totalmente daquilo que eu quero ou go...

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Tomar decisões nunca é fácil, ainda mais quando vidas dependem de você ou no mínimo com a sua colaboração, mas posso dizer que de todas as lições que aprendi ao longo desses meus 20 anos é que nem tudo depende totalmente daquilo que eu quero ou gostaria de fazer e sim do que eu posso ou devo fazer. E mais uma vez as palavras do Padre Lutero nunca fizeram tanto sentido como na situação que estou vivendo agora, pois hoje mais do que nunca tenho total convicção que realmente nada acontece se não tiver que acontecer.

Da qual a base para a minha afirmação é justamente pelo fato de que mesmo sendo tão cedo e não tivesse sido planejado, mas se eu não estivesse grávida e prezasse tanto pelas vidas dos meus grãozinhos, que ainda são tão minúsculos e que já sinto um imenso amor, não haveria hesitação nenhuma da minha parte em acompanhar o meu tio, seja para onde quer que fosse necessário que eu estivesse desde que garantisse que as pessoas que eu amo permanecessem em segurança e que o meu avô pudesse ser resgatado.

Não vou negar que eu esteja com muito medo do que pode vir a acontecer, como sei também que nada é tão simples como o meu tio e o Richard fizeram questão de fazer parecer, mas eu preciso confiar neles e acreditar que eu realmente não estou sendo egoísta e sim que eu esteja adotando um mecanismo de defesa e autopreservação como o meu cunhado afirmou com tanta convicção. Mas então por que eu não me sinto em paz com essa decisão? Por que parece, mesmo que eu tivesse sentido o alívio vindo por parte do meu noivo e os seus irmãos, que essa decisão não foi à correta?

- O que foi Borboletinha?

Tio Marco me faz parar no lugar enquanto o acompanhava para que pudéssemos nos despedir, uma vez que eu não sei quanto tempo ficarei sem vê-lo novamente, mas antes de respondê-lo, olho na direção da sala de reuniões e vejo que Christian está nos observando, desviando o olhar apenas quando Caleb se aproxima chamando a sua atenção.

- Eu preciso que o Senhor seja sincero comigo, Tio Marco, como nunca foi antes. - Ele franze o cenho enquanto me avalia.

- Sempre fui sincero, Borboletinha. Jamais menti para você antes, apenas fui evasivo e omiti algumas respostas para as suas perguntas, apenas porque eu precisava continuar mantendo-a em segurança. - Assinto, pois eu sei disso, mas essas omissões que me preocupam, principalmente depois de saber tudo o que sei hoje. - Mas o que você quer saber?

Hesitante por um momento, eu mordo o meu lábio incerta se devo ou não expressar o que se passa em minha cabeça, mas preciso fazer isso, ou não ficarei tranquila quanto as minhas decisões.

- Se eu aceitasse fazer parte desse plano que o Senhor tem traçado com o seu informante, eu realmente voltaria para casa em segurança?

- Voltaria. - Ele responde sem hesitar, deixando-me ainda mais confusa pela certeza que ouço em uma única palavra, assim como a verdade que vejo em seus olhos. - Porém mesmo com a certeza absoluta que essa operação não traria nenhum risco para a sua integridade física, mas ainda assim é muito estressante. - Ele para por um momento para segurar a minha mão e acariciar o meu rosto, respirando fundo antes de continuar. - E eu jamais a colocaria nessa situação estando grávida, afastando-a do homem que ama e do pai dos seus filhos, justamente por não poder afirmar em quanto tempo você poderia retornar para casa, pois enquanto eu não resolvesse tudo, com o resgate do seu avô e acabando com quem quer prejudicá-la para atingir a sua família, não poderíamos correr o risco de trazê-la de volta em segurança, e isso poderia levar dias, semanas ou até mesmo meses para acontecer.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora