Capítulo - 84

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"A paciência é a mais nobre das virtudes", dizia William Shakespeare e ele ainda acrescentou que "A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram", no entanto estou justamente oscilando entre um e outro nesse momento, pois ver Chris...

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"A paciência é a mais nobre das virtudes", dizia William Shakespeare e ele ainda acrescentou que "A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram", no entanto estou justamente oscilando entre um e outro nesse momento, pois ver Christian e Edgar discutindo por causa de uma mulher que só queria brincar com eles, fez com que algo explodisse dentro de mim sem que eu pudesse controlar.

Sou compassiva, benevolente, compreensiva e empática na maior parte do tempo, mas tudo tem um limite e eu cheguei ao meu, presenciando dois homens que tem assuntos mais importantes para resolver, tentando mostrar qual foi o mais injustiçado, o mais manipulado e qual dos dois está com o ego mais ferido, por causa de uma mulher que não valia absolutamente nada.

Eu não gosto de gritar com ninguém e muito de ofender as pessoas, principalmente se tratando de alguém que nem aqui está mais para poder se defender, mas se eu que não conheci ou convivi com aquela Débora, consigo perceber o quanto ela era ardilosa, que estava se divertindo, jogando com dois homens lindos e ricos, porque esses dois cabeças-duras não percebem e tentam resolver o que realmente importa como dois adultos?

Eu entendo as razões dos dois e posso fazer uma ideia de como toda essa história esteja mexendo com a cabeça deles, mas isso não quer dizer que eu não possa ficar chateada em assistir o meu namorado tentando entender o porquê ou justificar as atitudes daquela cobra.

Argh! Continuo irritada e a ofendendo, mas não me importo. É isso mesmo que ela era e quem quiser que me julgue por eu pensar dessa forma. Por isso não pensei duas vezes em sair daquela sala e deixar que eles se resolvessem, pois era muita testosterona com ego machucado para que eu pudesse conseguir lidar, principalmente depois de ter lidado com a explosão do meu namorado na GRS.

– Pequena, eu posso entrar? – Ouço a voz de Richard e o vejo na porta, que eu me esqueci de fechar por ter entrado no quarto, muito irritada e também chateada, com toda aquela situação.

– Pode sim, Richard. – Respiro fundo e me sento aos pés da cama, vendo-o se aproximar e puxar a cadeira da escrivaninha para em seguida pegar a minha mão.

– Você sabe que o Christian te ama, não sabe? – Apenas assinto, por ainda estar chateada. – E, você sabe que as razões para ele falar com o Edgar daquela forma sobre a Débora, não tem absolutamente nada haver com o que ele ainda possa sentir por ela, certo?

– Eu sei Richard. Mas o Christian quando se trata do passado, que envolve tanto aquela mulher quanto o Edgar, fica completamente irracional. – Volto a respirar fundo, enquanto ele apenas me observa com seus olhos azuis avaliativos, antes de assentir.

– Você tem razão, o Christian realmente é muito impulsivo, mas posso lhe garantir que a reação dele com o Edgar em nada tem haver com a Débora e sim com você. – Fico confusa, mas ele sorri de lado. – Claro que naquele momento, conversar sobre o passado que os dois acreditam ser o correto, o que hoje eu sei que não é, apesar de ainda não saber de fato o que aconteceu com o Edgar, era inevitável trazer o assunto Débora em pauta, pois foi justamente onde tudo começou entre eles.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora