04- A vista da minha janela

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Julie Molina

Já havia passado dois dias e agora eu estava definitivamente em Los Angeles, depois de ter voltado para Nova York no mesmo dia que o meu pai deu a notícia que compraria a casa. Os caminhões de mudanças já estavam todos estacionados na frente da mansão em Calabasas, enquanto eu estava de frente pra janela que agora seria a do meu quarto olhando para a casa de Luke, mas, nem se quer havia sinal dele.

- Senhorita? – Ouvi alguém me chamar na porta e me virei imediatamente, me deparando com um homem que segurava uma caixa. – Você é Julie, né?

- Sim. – Respondi, olhando pra caixa que tinha o meu nome. – Ah sim, é aqui mesmo, pode deixar a caixa aí no chão.

Ele assentiu, colocando a caixa do lado da porta. Já havia algumas caixas no quarto e fui até elas, começando a abri-lás. Eram meus perfumes e objetos meus.

As roupas já estavam jogadas na cama que era o único móvel daquele quarto, tirando o closet que já era embutido. Comecei a separar peça por peça e levar até o closet, ouvindo alguns passos vindos em direção ao meu quarto.

- Querida. – A doce voz da minha mãe ecoou pelo ambiente. – Não se preocupe com isso, a moça que eu contratei vai arrumar tudo, ela só está arrumando o meu quarto.

A fitei.

- Mãe, eu não vou morrer se arrumar. – Revirei os olhos, rindo baixo em seguida. – E é bom eu arrumar pra eu saber onde estão as coisas depois, quando alguém mexe nisso eu sempre me perco, só a Rose que consegue guardar direito, mas ela já está cheia de serviço não vou pedir que ela venha me ajudar com isso. – Disse enquanto colocava minhas blusas de frio no closet.

- Ah Julie, você quem sabe. – Ela disse. – Você vai querer a minha ajuda?

A fitei com a testa franzida. Aquilo era uma piada? Ou ela estava com dó de mim?

- Não precisa mãe, eu sei me virar sozinha.

- Tudo bem então, mas vê se não fica trancada nesse quarto o dia todo, vai dar uma volta no condomínio.

- Mais tarde, tudo bem?

Ela assentiu, saindo do quarto em seguida.

Continuei a arrumar minhas roupas enquanto deixava os homens trazerem as dezenas de caixas para o meu quarto. Em seguida, meu irmão entrou e se sentou na minha cama, me olhando.

- O que foi? – Perguntei enquanto pegava algumas roupas da cama.

- Papai pediu pra você me levar pra passear no condomínio.

- Ah Carlos, agora?

- É, Jules. – Ele respondeu. – Vamos só um pouquinho, eu não aguento mais ficar preso nesse lugar vendo um monte de gente correndo de um lado para o outro.

Bufei, revirando os olhos em seguida.

- Vamos logo! – Disse colocando a última peça de roupa que estava na minha mão dentro do closet, pegando meu celular em cima da cama e saindo do quarto.

Assim que descemos as escadas, pude avisar alguns homens já arrumando a sala enquanto Chloe implorava pra eles tomarem cuidado com os móveis.

- Aonde vocês vão? – Meu pai perguntou enquanto a gente chegava perto da porta de saída.

- Andar pelo condomínio. – Meu irmão respondeu. – Não tem perigo, né?

- Claro que não. – Ele sorriu. – Esse é o condomínio mais seguro, podem ir, mas não voltem tarde.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora