42- Allen?

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Fala, galera! Hoje eu tenho uma super novidade! Como estamos chegando aos 5k, decidi fazer uma maratona de 6 capítulos. Para eu postar mais capítulos, eu vou pedir para vocês baterem uma meta que eu vou escolher. Assim que baterem, eu postarei o capítulo, mesmo já tendo postado alguns no mesmo dia, ok? Aproveitem!

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Julie Molina

Na mesma semana do show foi a semana que iniciaram as minhas aulas da faculdade. Devo confessar que a ansiedade me corroía por dentro: estar começando o primeiro ano da faculdade e claro, o maldito show beneficente que estava por vir. Mas agora eu tinha Flynn do meu lado pra poder ouvir meus resmungos matinais.

Estávamos indo para a faculdade, era o primeiro dia de aula. A Universidade não era longe de casa, pelo contrário, não demoravam nem 15 minutos. Eu até imaginei a hipótese de chegar na sala de aula e ver, no fundo Allen sentado. Comecei a rir por aquela hipótese se passar em minha mente, logo, balançando a minha cabeça negativamente.

- No que está pensando? – Flynn perguntou enquanto o taxista estacionava o carro na frente da Universidade de Los Angeles. Aquilo era enorme.

- Em algumas besteiras. – Falei, dando o dinheiro nas mãos do taxista e o agradecendo, pegando a minha bolsa e saindo do automóvel.

Flynn saiu por uma porta enquanto eu, por outra. Logo, estávamos uma do lado da outra de frente pra nossa faculdade, a faculdade que teríamos que encarar durante anos, que passaríamos grandes histórias lá dentro. Ela me olhou e eu a olhei de volta, rindo fraco.

Subimos aquelas imensas escadas e passamos pela portaria. Havia uma folha em minhas mãos onde tinha o bloco e a sala que teríamos a primeira aula e fomos direto pra lá.

Assim que eu parei na porta da sala A23 do bloco A, meus olhos correram por ela. Eu senti um alívio por notar que não havia nenhum garoto semelhante a Barry sentado na última mesa, lá no fundo. Flynn me puxou pelo braço e entramos na sala, em silêncio, sentando nas penúltimas fileiras.

Soltei um suspiro enquanto meu corpo deu de encontro com a cadeira e eu relaxei o próprio. Havia poucas pessoas na sala, provavelmente por conta de ser o primeiro dia de aula e ainda faltar 5 minutos pra começar a aula.

Comecei a mexer no meu iPhone e entrei no Twitter pra ver se havia uma notícia, mas, não tinha nada se quer. Luke postava fotos no estúdio, outras com a legenda dizendo que estava relaxando, mas nada que demonstrasse muita coisa.

Eu estava mais calma quanto a isso, eu realmente estava apostando todas as minhas fichas no show e torcia mentalmente a cada segundo que desse certo, mesmo que eu não fosse ter planejado nada, aliás, o que eu poderia planejar em um show como de Luke Patterson em uma praia em Los Angeles? Invadir o palco? Ficar com os peitos de fora? Não. Eu teria que rezar e esperar os ventos soprarem ao meu favor.

Quando eu me dei conta o professor já havia entrado na sala e havia uma maior quantidade de alunos. Engoli seco e guardei meu celular no bolso, tentando me manter concentrada. Eu não queria que o professor de Anatomia Básica sentisse raiva de mim logo no primeiro dia de aula.

Então um menino entrou na sala, vestindo um agasalho escuro e com o capuz do mesmo, logo, tirando o capuz e dando bom dia em um sussurro ao professor. Meus olhos correram nele a cada passo que ele dava, logo, se sentando do meu lado esquerdo – já que Flynn estava sentada do meu lado direito.

Eu deveria estar com uma cara de tacho, porque meus olhos estavam presos nele de uma forma ridícula que eu nem ao menos conseguia controlar, só me dei conta quando senti um cutucão vindo do meu outro braço e fitei Flynn que me olhava perplexa. Balancei a cabeça negativamente, como se eu quisesse dizer que tudo estava bem e voltei a prestar a atenção no que o professor dizer. Ou pelo menos tentava.

Aquele maldito garoto se parecia muito com Allen. Tudo bem, ele foi alguém que eu imaginei, ele nunca existiu.

Mas era muito parecido com o Barry que eu imaginei. O seu cabelo era preto bem escuro e estava alinhado em um topete que parecia mais uma bagunça que ele havia feito, seus olhos eram castanhos claros e ele era magro, não tão magro, mas não tinha nem se quer um corpo definido quanto o de Luke. Ele parecia não se importar tanto com isso. Mas ele era lindo, e não fazia nem se quer esforço pra aquilo.

O professor começou a fazer a chamada e eu fechei meus olhos, torcendo mentalmente que ele nunca chamasse ''Barry Allen'', porque caso saísse esse nome de sua boca eu tinha certeza que era o nome do maldito garoto que estava sentado do meu lado. Olhei rapidamente pra ele, que agora, tinha seu olhar preso em mim e engoli seco.

- Taylor Scott. – A voz do professor de Anatomia ecoou pelo local e o meu coração deu um pulo quando o garoto do meu lado respondeu:

- Aqui. – E levantou os braços.

Olhei de rabo dos olhos e ele me fitou por inteiro, como se não estivesse mesmo dó de me olhar na cara de pau. Olhei para o lado e Flynn me fitava sem entender muito.

Começo de semestre é sempre as mesmas coisas: os professores mostram o horário, adaptação, o que pretendem dar no decorrer do semestre etc, então basicamente não teve nada demais naquele dia a não ser os olhares de Taylor em cima de mim, e eu, como alguém que estava provavelmente ficando louca, não conseguia parar de encará-lo.

- Que saco! – Murmurei revoltada enquanto descia as escadas da Universidade ao lado de Flynn. – Ele deve achar que eu estou afim dele. Mas se eu explicar toda a história...

- Ele vai te achar maluca. – Flynn completou a frase e eu revirei os olhos, sem protestar contra.

Flynn esticou o braço pra chamar o primeiro taxista que aparecia naquela enorme avenida, logo, parando um na nossa frente. Deixei que a minha amiga entrasse em primeiro e quando eu fui entrar, ouvi um ''psiu'' atrás de mim e me virei com tudo, vendo Taylor na escadaria me fitando.

- É seu? – Ele gritou mostrando um agasalho que tinha em seus braços.

Era meu. Azar?

Olhei pra dentro do automóvel e Flynn me olhava sem entender. Joguei a minha bolsa no banco do carro e disse a ela:

- Espera, um minuto. – Falei, dando as costas e indo até a escadaria, ficando frente a frente com o Taylor.

Ele tinha uma cara de debochado. Havia um pequeno sorriso nos seus lábios como se ele quisesse me desafiar de alguma coisa, eu senti até mesmo vontade de perguntar se ele já havia tido um sonho parecido com o meu, mas aquilo provavelmente o faria gargalhar da minha cara. Então, eu apenas peguei o meu agasalho da sua mão e lhe agradeci:

- Obrigada. Eu não sei onde estou com a cabeça...

- Em mim. – Ele disse me cortando e eu o fitei com a testa franzida. Ele havia falado mesmo aquilo?

- Como que é? – Perguntei, na chance de poder ouvir da sua boca mais uma vez isso.

- Isso mesmo que você ouviu. – Ele riu fraco. – Isso que dá ficar me olhando muito, senhorita Molina.

- Pode me chamar de Julie. Somente Julie. – Falei e ele assentiu. – E eu não estava te olhando...

- Tudo bem, esquece o que eu disse. – Ele falou, dando as costas e subindo dois degraus a cima da escada. – É melhor você ir embora, o taxista não vai ficar te esperando o dia todo.

Bufei impaciente e assenti, me sentindo um pouco nervosa. Dei as costas e desci toda aquela escadaria novamente, em sentido ao táxi.

Antes que eu entrasse no próprio, dei uma olhada pra trás pra verificar onde Taylor estava. E maldita seja a hora que eu fui fazer esse tal ato, mas lá estava ele, no topo daquela imensa escadaria com os seus olhos em mim e aquele mesmo sorriso debochado nos lábios como se o mundo fosse acabar em festa.

Bufei mais uma vez e entrei no automóvel, fechando a porta atrás de mim e autorizando ao taxista a acelerar.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora