45- Ela é diferente

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Julie Molina

Eu estava dentro do táxi junto com Flynn indo ao estúdio de tatuagem onde Luke provavelmente estaria, já que Taylor me deu essa informação. Era realmente perto de casa, a duas quadras, talvez.

Quando o taxista estacionou na frente do estúdio já pude notar alguns homens segurando suas câmeras em mãos. O meu coração batia mais rápido e eu pude senti-lo em minha garganta assim que os meus olhos correram por aquela Ferrari estacionada na frente daquele local. Eu conheceria de longe aquele carro: era de Luke Patterson.

Flynn entregou o dinheiro para o taxista e saímos do automóvel. Arrumei o meu vestido preto e engoli em seco, enquanto sentia Flynn vindo atrás de mim. Demos alguns passos até a porta do estúdio de tatuagem. Ela estava fechada e haviam alguns seguranças transitando dentro.

Não havia nem se quer uma fã naquele local, não por enquanto. Haviam apenas paparazzis, muitos homens com câmeras nas mãos esperando por qualquer sinal de Luke.

Eu e Flynn decidimos ficar esperando. Ouvi dizer pelos paparazzi que ele havia chegado há 10 minutos. Merda! Ele iria demorar um pouco pra sair, quem sabe umas 2 horas. O relógio marcava 21h, é óbvio que ele não iria pra uma boate a essa hora.

A cada segundo que passava, mais paparazzis chegavam esperando por alguma aparição de Luke.

Engoli seco e passei a mão na testa, me sentando no paralelepípedo ao lado de Flynn.

- Você vai esperar ele comigo? – Murmurei, fitando-a.

- Claro que sim. – Ela disse, me olhando. – Não vou te deixar sozinha aqui, Jules.

- Obrigada. – Sorri, deitando a minha cabeça em seu ombro.

[...]

Já faziam 40 minutos que eu estava na frente daquele maldito lugar. O meu pé estava doendo e eu odiava esperar, mas só de lembrar que ele estava a pequenos metros de mim, me mantinha ainda mais naquele lugar, me dava mais paciência e uma voz sussurrava na minha mente: "aguarde mais um pouco, Julie".

Então de repente eu notei uma movimentação ainda maior de seguranças e paparazzis. Me levantei rapidamente do paralelepípedo e puxei Flynn comigo. Em seguida, vi alguns flashes sendo disparados e Luke vindo à minha direção de cabeça baixa. Jesus. Meu Deus!

Ele entrou rapidamente na sua Ferrari e Flynn me puxou:

- Vamos pra balada. – Ela disse. – Ele deve estar indo pra lá agora.

Assenti, enquanto ela chamava um taxi.

Assim que o automóvel amarelo parou em nossa frente, entramos rapidamente nele e Flynn disse:

- House Fly. – Ela deu uma pausa. – O destino é a House Fly.

O taxista assentiu e acelerou o carro.

Eu sentia meu corpo todo vibrar. É sério, quando você está a um passo de distância de seu ídolo, daquele pelo qual você não para de pensar e que te faz criar um milhão de expectativas, você gela toda, estremece, fica louca. Eu estava perdendo a noção das consequências, já que a única coisa que eu conseguia imaginar era conseguir tudo o que eu desejava há semanas.

Não me importo de estar sendo tachada de louca, pirada, só eu sabia o que estava sentindo por ter que correr atrás de um sonho. Se eu não fosse atrás de Patterson pra conseguir 1% do que eu queria, quem iria fazer isso por mim? Agora eu tinha a ajuda de Taylor, mas ele nunca traria Luke na porta de casa e contaria tudo a ele, até porque nem sabia de tudo. Então, se não fosse eu correndo atrás de Pat, ninguém faria isso por mim. E eu viveria todos os dias da minha vida me sentindo culpada por não ter feito nada em relação aos meus desejos, tudo porque eu estava me importando com os outros.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora