78- Amor em chamas

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Julie Molina

Nem eu e muito menos Luke acreditávamos que havíamos finalmente chegado a maldita cachoeira. Por tudo o que passamos e quando estávamos desistindo dela, de repente... A encontramos bem ali, na nossa frente.

Sai dos meus pensamentos quando olhei para Pat, ele já tirava a sua camisa, ficando apenas de bermuda.

Mordi os meus próprios lábios após sem querer ter pensamentos inapropriados, mas eu juro, é quase inevitável não pensar em sexo ou coisas do tipo quando um ser humano como aquele está em sua frente sem camisa e com todos aqueles músculos definidos.

Ele pulou na cachoeira onde parecia ser a parte mais funda e ouvi um resmungo sair de seus lábios quando seu corpo deu de encontro a água. Ele me fitou e bagunçou o cabelo que naquele momento já estava molhado.

- Você não vem? – Ele perguntou com um sorriso nos lábios.

- A água não está gelada? – Perguntei. Eu tinha certeza que estava por conta de Luke estar batendo o queixo de frio.

- Não. – Ele disse. – Vem! – Me chamou com a mão em seguida e eu me aproximei daquela água, mas sem entrar.

Eu devo ter algum problema na cabeça por achar que Pat não faria nada, ficaria apenas me encarando colocar um dos meus pés dentro da água pra sentir a temperatura, mas ele estava perto o suficiente pra puxar a minha perna e me fazer cair na água de roupa e tudo.

Enrosquei o meu braço em volta de seu pescoço com medo de me afogar. Eu sabia nadar, claro que sabia, mas só pela clareza das águas dava pra notar o quão fundo era e eu não queria morrer ali.

Ele gargalhou e eu puxei o seu cabelo, sentindo ele me segurar pelo traseiro. Entrelacei a minha perna em volta da sua cintura e me prendi nele.

- Seu idiota, a água está congelada! – Falei, olhando-o em seguida.

- Isso não é problema. – Ele falou e eu notei um sorriso um tanto quanto malicioso em seus lábios. – A gente esquenta.

Ri fraco e Luke encostou as nossas testas, ficando cara-a-cara. Seus olhos estavam mais claros que o normal e sua boca rosada. Ele soltava a sua respiração por ela e mesmo por de baixo da água eu podia sentir os movimentos que seu peito fazia.

- Não era pra você ter me derrubado. – Sussurrei por sentir vergonha daquele clima.

- Você ia querer ficar me olhando nadar? Não viemos aqui à toa. – Ele também sussurrou, rindo fraco em seguida.

Notei que não havia mais nada para falarmos, torci minha boca por aquilo. Comecei a mergulhar meus dedos nos fios morenos de Luke que estavam molhados e em seguida, ele me beijou.

Sua língua pediu passagem assim que os nossos lábios se encontraram e sem hesitar, lhe dei. Ele segurava minha bunda com força e eu podia sentir seus dedos apertarem a minha pele, mas em momento algum eu me incomodei com isso. Desci a minha mão por sua nuca e comecei a arranhá-la, enquanto nossas línguas brincavam em perfeita harmonia.

Luke começou a nadar em direção de alguma coisa que eu não sabia por estar de olhos fechados, apenas confiei nele e me prendi ainda mais em seu pescoço para que nossos lábios não se descolassem.

Em seguida, senti minhas costas se chocarem em alguma coisa dura que mais parecia uma pedra. Luke separou os nossos lábios e me fitou, sorrindo. Ele me colocou em cima da pedra que estava sem dúvidas mais quente que a água e eu me deitei, vendo Pat sair da água e subir por cima de mim.

Ele passou seus lábios pelo meu pescoço, começando a distribuir beijos e chupões naquele local que eu já até sabia o quão marcado ficaria. Levei minha mão até suas costas e fechei meus olhos, sentindo um arrepio percorrer a minha espinha quando a língua dele deu de encontro a minha pele. Ele desceu a sua boca um pouco acima dos meus seios e pude sentir sua mão descer até a minha coxa, apertando-a.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora