62- Eu preciso de você também

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Esse capítulo enorme, aproveitem!

Julie Molina

- Você já ensinou alguém a dirigir? – Perguntei.

Luke me fitou e começou a rir, como se aquilo fosse a pior piada de todas. Estávamos seguindo pra um lugar que eu nem se quer conhecia de Los Angeles, Luke me disse a minutos atrás que seria uma pista e que lá não passava nem se quer carros. Era conhecido como pista de rachas e ele havia ido muitas vezes com o Reggie, Alex e seus amigos.

- Você está com medo, Jules? – Luke perguntou de um jeito debochado e eu comecei a rir.

- Claro que não.

- Não parece.

- Parece o quê, então? Que eu estou com medo? – Franzi a testa.

- É, você tem jeito de garota medrosa.

Bati em seu braço e ele se encolheu.

- OW! – Ele gritou e começou a rir. – Não vale!

- Fala mais uma vez que eu sou medrosa, fala. – Ameacei e ele riu, balançando a cabeça negativamente.

- Não, é melhor não.

Abri um sorriso vitorioso e me sentei no banco olhando pra frente, dessa vez.

Patterson seguia um caminho onde não havia nem se quer casas, era só estrada e árvores. Parecia um lugar bonito. Ele começou a subir enormes montanhas e eu franzi a testa.

- Você vai me ensinar a dirigir ou pular de bang jamp? – Perguntei.

Eu odiava altura. Tinha muito medo.

- Para de perguntar. – Ele disse rindo, subindo mais uma parte daquela estrada e logo parando o carro. – Acho que chegamos.

Ele desligou o automóvel e destravou os nossos cintos de segurança, em seguida, a porta. Abri a própria e sai do carro.

Falando em montanhas, parece que a estrada era apenas descida ou subidas, mas não. Na parte esquerda que foi onde chegamos tinha sim subidas e descidas, mas na parte direita era reta e havia alguns cones, deduzi que era ali que aconteceria as rachas porque notei sujeiras de pneu no asfalto.

- Acho que você já pode entrar no carro. – Luke sussurrou no meu ouvido e eu levei um susto.

O fitei e soltei uma risadinha, me sentindo um pouco nervosa. Em passos curtos fui até o automóvel que ele havia escolhido pra poder me ensinar, e que logo foi um sacrifício porque ele achava que todos os carros seria um perigo na minha mão porque eu iria bater. Eu quase bati mesmo, na cara dele.

Entrei no banco do motorista e me arrumei, colocando o cinto de segurança. Luke entrou no banco do passageiro do meu lado. Eu fechei a minha porta e em seguida, ele fechou a sua, colocando o seu cinto também.

- Pode ligar. – Ele disse e eu o fitei, de testa franzida.

- Onde liga isso? – Perguntei, me sentindo um pouco confusa. – E pera lá, esse carro não é automático?

- Não Jules – Ele riu. – Eu escolhi esse carro por não ser automático, se fosse não valeria em nada eu te ensinar alguma coisa.

- Esperto! – Falei, abrindo um pequeno sorriso.

Ele assentiu ainda rindo.

- A chave está ali. – Ele apontou pra própria que já estava no contato. – Agora você vai ter que girar a chave.

- Isso eu sei. – Falei.

Ele riu.

Então, girei a chave do contato.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora