Julie Molina
Flynn havia dormido em casa naquele dia e ficaria comigo durante muitos dias, graças a Deus.
Pedi que ela não tocasse mais no assunto do Luke e assim ela fez, mas assim que chegou a noite, foi inevitável, já que estávamos deitadas na cama fitando o teto e ouvi pela janela do meu quarto ele chegar à mansão, e em seguida, meu pai gritar meu nome com o do Carlos no andar de baixo.
- Seu pai chegou. - Ela sussurrou enquanto fitávamos o teto.
- Eu sei. - Respondi.
- Então significa que Luke também está na mansão. - Ela falou.
- Eu acabei de ouvir seu carro sendo estacionado.
- Você espera por isso todos os dias?
- Sim, e depois eu espero um tempo pra poder fechar a janela.
- Hum. - Ela resmungou.
- Flynn. - A chamei.
- Oi.
- Você poderia fechar a minha janela?
- Por que você não quer ir até lá?
- Eu vou me sentir... mal.
Ela me fitou e torceu a boca, se levantando da cama em seguida. Em passos rápidos, ela foi até a cortina e a abriu, então, seu olhar ficou preso na mansão de Luke por alguns segundos, e ela logo fechou a janela, batendo com certa brutalidade e fechando a cortina, voltando até a cama.
- Ele estava lá, né?
- Sim. - Ela engoliu a saliva. - Ele estava olhando pra cá.
Fiquei quieta. Eu não tinha muito o que eu falar e eu sentia que se eu abrisse a boca pra tentar pronunciar qualquer palavra, eu choraria. Voltei a fitar o teto.
O silêncio logo foi quebrado com alguém batendo na porta e abrindo com calma. Olhei pra mesma e meu pai colocou a cabeça dentro do quarto, sorrindo em seguida.
- Querida, eu te chamei. - Ele disse.
- Eu estava aqui com a Flynn, pai. - Disse me sentando na cama.
Ele veio na minha direção e beijou a minha testa, então, ele cumprimentou minha amiga:
- Oi, Flynn. É bom te ter aqui, Jules está muito sozinha durante esse tempo e ela só fica trancada no quarto, fico feliz que vocês estejam juntas.
- Obrigada, Ray. - Ela disse sorrindo. - Eu senti falta da sua filha.
E fitei e sorri.
- Chloe disse que em dez minutos o jantar fica pronto. - Ele disse.
- Tudo bem, pai. - Falei, voltando a me deitar de barriga pra cima, fitando o teto.
Ele resmungou alguma coisa e saiu do quarto, fechando a porta em seguida.
- Seu pai sabe? - Flynn perguntou.
- Não. - Respondi. - Ele deve achar que eu não falo mais com o Luke por falta de tempo mesmo.
- Será que o Patterson não fala nada de você pra ele?
- Não.
- Como você sabe?
- Meu pai contaria.
- Hum.
Flynn entendia o meu sofrimento e ela respeitava. Depois do silêncio, ela logo mudou do assunto porque percebeu o quão incomodada eu estava e começamos a falar da faculdade que começaria dali duas semanas.
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Daylight - Juke
FanfictionSeja mais calma e paciente, não desista assim tão fácil. Sua voz ecoava no meio das diversas outras que gritavam pelo meu nome na frente de um hotel ou na plateia de um show, mas você foi a única que teve a oportunidade de me fazer mudar. Por que e...