13- O sorriso dele

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Julie Molina

Flynn havia dormido em casa naquele dia e ficaria comigo durante muitos dias, graças a Deus.

Pedi que ela não tocasse mais no assunto do Luke e assim ela fez, mas assim que chegou a noite, foi inevitável, já que estávamos deitadas na cama fitando o teto e ouvi pela janela do meu quarto ele chegar à mansão, e em seguida, meu pai gritar meu nome com o do Carlos no andar de baixo.

- Seu pai chegou. - Ela sussurrou enquanto fitávamos o teto.

- Eu sei. - Respondi.

- Então significa que Luke também está na mansão. - Ela falou.

- Eu acabei de ouvir seu carro sendo estacionado.

- Você espera por isso todos os dias?

- Sim, e depois eu espero um tempo pra poder fechar a janela.

- Hum. - Ela resmungou.

- Flynn. - A chamei.

- Oi.

- Você poderia fechar a minha janela?

- Por que você não quer ir até lá?

- Eu vou me sentir... mal.

Ela me fitou e torceu a boca, se levantando da cama em seguida. Em passos rápidos, ela foi até a cortina e a abriu, então, seu olhar ficou preso na mansão de Luke por alguns segundos, e ela logo fechou a janela, batendo com certa brutalidade e fechando a cortina, voltando até a cama.

- Ele estava lá, né?

- Sim. - Ela engoliu a saliva. - Ele estava olhando pra cá.

Fiquei quieta. Eu não tinha muito o que eu falar e eu sentia que se eu abrisse a boca pra tentar pronunciar qualquer palavra, eu choraria. Voltei a fitar o teto.

O silêncio logo foi quebrado com alguém batendo na porta e abrindo com calma. Olhei pra mesma e meu pai colocou a cabeça dentro do quarto, sorrindo em seguida.

- Querida, eu te chamei. - Ele disse.

- Eu estava aqui com a Flynn, pai. - Disse me sentando na cama.

Ele veio na minha direção e beijou a minha testa, então, ele cumprimentou minha amiga:

- Oi, Flynn. É bom te ter aqui, Jules está muito sozinha durante esse tempo e ela só fica trancada no quarto, fico feliz que vocês estejam juntas.

- Obrigada, Ray. - Ela disse sorrindo. - Eu senti falta da sua filha.

E fitei e sorri.

- Chloe disse que em dez minutos o jantar fica pronto. - Ele disse.

- Tudo bem, pai. - Falei, voltando a me deitar de barriga pra cima, fitando o teto.

Ele resmungou alguma coisa e saiu do quarto, fechando a porta em seguida.

- Seu pai sabe? - Flynn perguntou.

- Não. - Respondi. - Ele deve achar que eu não falo mais com o Luke por falta de tempo mesmo.

- Será que o Patterson não fala nada de você pra ele?

- Não.

- Como você sabe?

- Meu pai contaria.

- Hum.

Flynn entendia o meu sofrimento e ela respeitava. Depois do silêncio, ela logo mudou do assunto porque percebeu o quão incomodada eu estava e começamos a falar da faculdade que começaria dali duas semanas.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora