05- Um dia

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Julie Molina

Acordei com o meu coração acelerado, minha respiração ofegante e sentindo algumas gotas de suor escorrer pela minha testa. Eu havia tido um pesadelo e eu odiava acordar assustada assim de madrugada. Olhei pra janela do meu quarto e ainda estava escuro, peguei meu celular em cima do criado-mudo do lado da cama e avistei o horário, era apenas 3 horas da manhã.

Senti saudade de Flynn e queria muito ligar pra ela pra podermos conversar, mas eu sabia que se eu ligasse as 3 da madrugada, eu ouviria muito. Mas quem se importa?

Procurei seu nome na minha agenda e assim que achei, apertei o verde. Começou a tocar e no quarto toque, ela atendeu com a maior voz do sono:

- Quem é?

- Amiga, sou eu.

- Eu quem?

- Não conhece mais a voz da sua melhor amiga, sua bruxa?

Ela riu.

- Oi Jules, você sumiu. Aconteceu alguma coisa pra você me ligar essas horas?

- Tive um pesadelo e perdi o sono, quero conversar.

- Ah, e você acha que tem moral de me acordar?

Ri baixo.

- Claro que tenho, mas então, como você está?

- Bem, e você? Como está Los Angeles?

- Muito bem! Quando você vem pra cá? Nem te conto quem é meu vizinho.

- É gato?

- Muito! Adivinha.

- É famoso?

- Sim.

- Ai, Justin Timberlake?

Gargalhei.

- Não sonha muito Flynn, por favor. Luke Patterson serve?

- LUKE. PATTERSON. SEU. VIZINHO?

- Sim, e a janela do meu quarto dá para a pequena mansão dele.

- Você está brincando? Acho que estou dormindo e sonhando com isso, não é possível.

- Amiga, dê um beliscão aí porque é tudo pura realidade. Vem me ver! - Pedi manhosa.

- Quando? - Ela bocejou.

- Quando você quiser, a aula começa daqui um mês só, eu não vou ficar 30 dias sem te ver.

Ela riu.

- Esse final de semana meu pai pretende ir pra Los Angeles ver um apartamento que eu possa morar e eu peço pra ele me deixar passar uns dias na sua casa.

- Isso! - Disse animada.

- A gente pode ficar vendo o Luke na sua janela?

- Claro! Sem camisa.

- Ele anda sem blusa? Ai, eu vou morrer!

- A gente vai na casa dele, isso sim.

- Você vai à casa dele assim... do nada?

- Não. - Ri fraco. - Mas ele me convidou pra ir lá amanhã.

- O seu pai sabe disso?

- Ele só deve desconfiar de uma amizade, nada demais.

- Seu pai precisa de um choque de realidade.

- Flynn, cale a boca! - Pedi, gargalhando em seguida. - Pode voltar a dormir, eu deixo.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora