75- Eu quero ser o seu homem

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Julie Molina

Geralmente quando sonhamos qualquer coisa que seja e algumas vezes uma parte do sonho passa a se tornar realidade, costumamos cobrar a nós mesmos sobre a realidade não ser tão bonita ou fácil quanto nos sonhos.

''Mas no meu sonho havia acontecido tal coisa''. É sempre assim. Agora, comigo, tudo realmente havia sido diferente, eu nem ao menos me lembrava do sonho que havia tido com Luke aquela vez, só me lembrava quando por um acaso, eu recordava do que havia me levado até aqui. Se não fosse aquele sonho de um minuto, provavelmente eu não estaria decolando em um jatinho ao lado de Luke Patterson.

Senti um baita frio na barriga enquanto o jatinho começou a pousar. Luke estava ao meu lado e segurava em minhas mãos, ele me fitou por pequenos segundos e abriu um sorriso. Curvei o meu corpo pra janela e tirei a pequena cortina, tendo uma vista perfeita de um lugar onde só tinha água.

Céus, pra onde esse homem havia me levado?

O jatinho deu uma leve tremida assim que as rodas do mesmo pousaram em terra firme, o que me deu a certeza de que não havia apenas água. Soltei um suspiro aliviado e ouvi Luke rir ao meu lado, o fitei.

- O que foi? - Perguntei, emburrada.

- Você está com medo, Jules? - Ele perguntou, ainda rindo.

Aquela risada. Oh, meu Deus!

- Não, mas é que eu não tinha visto chão, sabe? Pensei que fosse só água.

Ele riu mais um pouco e balançou a cabeça negativamente, se levantando da poltrona e me dando a certeza que era hora de irmos, então, me levantei também.

- Aqui tem chão sim. - Ele disse. - Mas a porcentagem de água é bem maior que qualquer coisa.

- Onde estamos? - Perguntei, seguindo-o até a pequena porta do jatinho que logo se abriu. Ele colocou o primeiro pé na escada e eu fiz omesmo, ficando boquiaberta em seguida com a maravilhosa paisagem.

Já viajei pra muitos lugares com os meus pais, mas não me lembro de ter visto um lugar tão lindo quanto aquele. É tipico de fotos ou filmes que você até desconfia que realmente exista, sabe? Aqueles que você pensa por alguns instantes ser photoshop ou coisa do tipo, de tão maravilhoso. E como Luke falou, era verdade; Cada vez que eu girava a minha cabeça para o lado esquerdo ou direito, era apenas água, mas não digo água de praia que seja azul, era água transparente. Um mar enorme, imenso, eu não conseguia nem imaginar onde finalizava toda aquela água.

O jatinho havia pousado em uma pequena pista de asfalto que era pequena e rara naquele lugar, porque a única coisa que se via era o mar ou a areia branca. Pat me ajudou a terminar de descer as escadas do jatinho e em seguida passamos por um pequeno portão onde acabava a pista, pisando na areia da praia. Ele segurava nas minhas mãos enquanto descíamos uma pequena escadaria de pedras, chegando na areia lisa e reta da praia, quase próximo onde as ondas quebravam.

Então eu pude notar que além da pequena pista de asfalto, da grande areia daquela praia e do imensidão do mar, havia uma casa. Era em frente ao mar, quase na direção da onde estávamos eela era toda branca e marrom. As janelas estavam fechadas, mas eu conseguia pelo lado de fora ver a cortina branca do lado de dentro de cada cômodo, até do andar de cima.

- Você sabe onde estamos, Jules? - Luke perguntou, me fazendo fitá-lo em seguida.

- Nã... não. - Falei, e ele riu.

- Estamos em uma das ilhas de Filipinas. - Ele disse. - Aqui é considerado uma ilha isolada, ninguém chega aqui a não ser o dono daquela casa, que há três dias sou eu. - Ele continuou. - E aqui não há muito sinal, os outros, além do Scooter, nem se quer sabem que essa casa agora é minha. Não há como nos acharem.

Daylight - JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora