O terceiro ato

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Sasuke afastou as pernas conforme Itachi se colocou entre elas.

Ele se insinuou para dentro do outro e apoiou as mãos em suas coxas enquanto Sasuke se acostumava com o incômodo da invasão; os dedos amassavam o lençol cada vez que Itachi jogava o quadril contra o seu, até que sua resistência aceitou o mais velho.

Ele baixou o corpo sobre Sasuke, e lhe tomou o pescoço enquanto uma das mãos agitadas se embrenhou em seus cabelos, e a outra sobre suas costas; Itachi tinha os ombros largos e a compleição física firme por conta do treinamento da polícia, e Sasuke gostava muito de testar aquela firmeza todas as vezes que o tinha diante si, se enfiando bem fundo em seu corpo. Sua próstata parecia um imã que atraia a investida do irmão, lhe tirando o ar por aquele breve momento.

O gemido alheio fez com que a garganta de Sasuke reverberasse no momento em que Itachi o beijou, ele percorria os cantos de sua pele, mas sempre terminava em seus lábios, abafando suas súplicas e o calando dentro do ósculo; as mãos marcadas pelas veias apertavam sua cintura, o puxando para baixo cada vez que o estocava. Sasuke era incapaz de soltar seus cabelos, embrenhava os dedos pelos fios alongados e deixava que se perdessem ali como ele próprio se perdia com Itachi entre suas pernas.

Sua mão livre deixou as costas largas e se colocou entre seus corpos para dar atenção ao membro desperto; Sasuke retesou ao se tocar, Itachi sibilou em seu ouvido com a pressão repentina em torno do pênis. Ele tornou a sentir a mesma coisa quando o irmão gozou, apertando as pernas ao redor de sua cintura, elevando mais uma vez o aperto em seu órgão sensível.

Eles perceberam a saudade que estavam do outro quando Itachi também gozou e o beijou em seguida, após recuperar o fôlego. Deixou o corpo do irmão com gentileza, e se deitou a seu lado, embrenhando suas pernas com as de Sasuke. Como não estava frio, adormeceram abraçados sobre os lençóis amarfanhados.

...

Sasuke acordou primeiro no dia seguinte.

Ele se sentou na cama para observar melhor a bagunça que fizera junto de Itachi, e cobriu o irmão com um lençol antes de se levantar. O quarto que compartilhavam também era acarpetado, em um tecido macio, agradável de pisar estando descalço; o mesmo era de um tom cinza claro.

A cama de casal tinha uma cabeceira almofadada de cor branca e ficava encostada na parede, próxima do centro do cômodo. Do lado oposto a entrada, e protegida por uma cortina que se estendia pelo carpete ficava a porta de vidro que dava acesso a sacada, onde ficavam duas cadeiras reclináveis. Os muros da casa eram tão altos que mesmo estando do lado externo não era possível ver a rua, e nem ser visto de fora.

Metade de uma parede ficava exatamente no centro do cômodo, dividindo o espaço onde ficava a cama, e a parte de trás, onde estava o guarda-roupa planejado. Deste lado, a parede comportava um espelho de corpo inteiro, e todo o móvel era preto, com puxadores prateados nas portas e gavetas; do lado voltado para a cama, aquela meia-parede comportava uma pequena estante, onde Sasuke deixava alguns livros dos quais gostava de ler.

Duas pequenas cômodas ficavam ao lado da cama – assim como a porta que dava acesso ao banheiro -, comportando dois abajures. Sasuke recolheu os roupões que deixaram pelo chão e colocou dentro do cesto de vime, encostado dentro do banheiro. O balcão com a pia pegava toda a parede de um dos lados; era dividida em duas cubas quadradas de granito branco, com um espelho inteiro que acompanhava sua extensão por toda a parede.

No espaço livre, duas bandejas com alguns produtos de higiene pessoal para cada um deles. Na parede oposta ficava o box com vidro fosco e dois chuveiros, além da banheira que ficava próxima da janela, oculta por uma cortina do tipo persiana, de tecido branco. A iluminação ficava por conta de duas luzes led, e as bordas ao redor do espelho também contavam com iluminação própria.

O AnestesistaOnde histórias criam vida. Descubra agora