O vigésimo quinto ato

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* = 2,100 Iene foi a conversão que eu fiz, e dá mais ou menos cem reais.

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Sasuke começou a fisioterapia na primeira segunda-feira após ter recebido alta, isso depois de ter ficado alguns dias na casa dos pais passando raiva com coisas simples, como, por exemplo, tentar abrir a porta do quarto sem se trancar algumas vezes no processo.

Aliás, para Sasuke naquele momento a maçaneta de uma porta se tornou um desafio extremamente pesado de se conseguir vencer. Mas ao mesmo tempo também lhe serviu como uma maneira de treinar seus movimentos, já que ele insinuou a mão a abraçar a maçaneta. Tão devagar que quase conseguiu sentir a movimentação exata de seus músculos, nervos e tendões naquela singela atitude. Por fim, se resumiu a um belo teste de paciência.

No entanto, apesar de sua vida parecer estar entrando nos eixos, muitas coisas ainda não estavam devidamente resolvidas, como, por exemplo, a captura do Anestesista. Ele estava desaparecido há pelo menos vinte dias, desde que Sasuke fora resgatado por Madara e Itachi - e Viktor -.

Após tanto tempo era de se suspeitar que o homem tivesse fugido, mas como Madara tinha a benção do Major, e Jiraiya era poderoso tanto por seu título quanto por sua pessoa, os detetives do Uchiha tinham acesso 24 horas as câmeras das principais estradas, portos e aeroportos de toda a Capital e as províncias mais próximas.

Isso não significava que o Anestesista não tinha conseguido fugir, ou que havia uma certeza sobre sua localização, mas ao menos o departamento não estava totalmente às escuras. Madara vinha trabalhando desde o resgate de Sasuke, e Hashirama deixara de lado seu trabalho como Capitão - muito mais burocrático - para atuar na linha de frente até que Koji Watanabe fosse capturado.

Ele tinha feito muitas visitas naqueles primeiros vinte dias, e de certo a mais importante era a que estava marcada para aquele dia ensolarado e quente demais para o social que usava, e os cabelos compridos que lhe envolviam totalmente as costas.

Hashirama conseguiu marcar uma visita com os pais do Anestesista, e saiu de sua casa direto para lá, sem sequer passar perto do Departamento. Falou com Madara apenas por telefone, avisando quais estavam sendo seus passos dentro do caso, e tudo que aquele encontro poderia gerar.

- Eu não sei o quanto a família deve saber sobre essa vida dupla, e não pretendo expor nada, mas tenho certeza de que quando sair de lá eles vão entrar em contato com ele, então é melhor tomar cuidado.

- Sim, o Shikamaru está em contato constante com os aeroportos, a equipe secundária que você deslocou para o caso vem ajudando com esse controle. - O Tenente estava em sua sala, batendo a ponta da caneta sobre o tampo de madeira da mesa. - Mas se você quer a minha opinião, eu acho que ele está esperando isso, ou qualquer movimentação nossa que nos coloque mais perto do paradeiro dele para agir.

- Sim, pelo perfil dele eu também não duvido que esteja esperando algo que possa colocar como o personagem principal de todo esse teatro de julgamento, ele tem uma mente bastante deturpada para querer algo assim. - O carro de Hashirama tinha cheiro de couro e dos perfumes fortes que Madara usava. - Você conseguiu mais alguma coisa do hospital?

- Não, ele apenas desapareceu, e por lei está demitido por abandono de emprego, duvido muito que vá aparecer para assinar alguma rescisão. Deve estar querendo sair do país, a conta bancária tem dinheiro suficiente pra isso.

- Eu vou falar com a família dele então, toma cuidado aí.

- Tome cuidado você também, não se esqueça do que o Sasuke me falou.

O AnestesistaOnde histórias criam vida. Descubra agora