You are in love with him

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Pov Josh

Visitar a família é bom... Visitar a família e levar quem você gosta é ótimo. É claro que eu estou falando do meu filho. Noah ir também é bom, mas Andy é quem meus pais querem ver. Quem eu quero enganar? Eu estou amando essa viagem com eles, é como se fossemos uma família?

São Francisco não é tão longe, então chegamos em pouco tempo e eu já consigo ver minha mãe ansiosa na porta de casa. Ela quer tanto conhecer Andy e eu não julgo, meu filho é o serzinho mais lindo do mundo.

-Oi mãe! -aceno quando saio do carro e ela vem correndo até mim, deixando um beijo na minha bochecha e abraçando meu pescoço.

-Senti falta, meu filho! -fala no meu ouvido e eu sorrio, me sentindo em paz por estar com a minha família. Ela me solta do abraço e olha para o outro lado do carro, onde um Noah envergonhado saía do carro.- Você deve ser o Noah...

-Sou... -fala tímido. Minha mãe, sendo a melhor pessoa que eu conheço, vai até ele e o envolve em um abraço. Sorrio para a cena e vou até a parte de trás pegar Andy. Minha sorte é que ele já está acordado e vai ser um problema a menos retirar ele daqui.

-Preparado para conhecer sua outra vovó, filhão? -pergunto enquanto retiro o cinto dele.

-Papa! -ele repete e o meu peito se enche de emoção. Desde que ele começou a nos chamar assim, eu fico com vontade de chorar. Ele cresce tão rápido e já nos vê como pais dele.

-Cadê o meu neto lindo? -ouço a minha mãe perguntar do meu lado. O assunto com Noah já deve ter se encerrado e ela veio até o meu lado de novo, ansiosa para conhecer o pacotinho. Pego Andy no colo e retiro do carro, virando para a minha mãe, que tinha um sorriso largo e olhava com os olhos brilhando para ele.- Posso pegar? -ela olha para Noah, como se pedisse permissão. O moreno assente e ela retira Andy dos meus braços.- Oi, meu amor! Eu sou a sua vovó Úrsula! É um prazer conhecer você.

Minha mãe conversa com Andy e eu vejo que ela se emociona, pois algumas lágrimas escapam pelos olhos dela. Me viro para Noah, que observava a cena com um sorriso no rosto. Então eu sorrio também. Minha família está completa.

-Ele é igualzinho a você quando criança! -minha mãe comenta, ajeitando o bonezinho na cabeça dele.- Vamos entrar, gente! -olha para nós dois.- Preparei um almoço gostoso para vocês.

-Não precisava senhora... -Noah fala, retirando a bolsa de Andy do banco de trás.

-Oh, não! Não me chame de senhora, por favor! Me faz ficar velha. Pode me chamar de Úrsula. -ele sorri e concorda. Eles vão se dar bem, eu sei disso!

(...)

-Sua irmã vem para o aniversário de Andy! -minha mãe fala, servindo suco para nós, mas para de repente.- Desculpe Noah, eu já nos autoconvidei para o aniversário e nem pedi sua permissão.

-Mãe... -ia falar que não precisava disso tudo, mas Noah me corta.

-Não precisa disso Úrsula. De verdade! Eu sei que Josh é pai de Andy, já me acostumei com isso e consequentemente, você é avó dele. Vocês também são família do meu filho e eu que me sinto um intruso no meio disso tudo.

-Ei! Não se sinta! -coloco a mão no ombro dele, que está sentado ao meu lado. Ele se arrepia e vira o olhar para mim.- Você também é família e não um intruso. -completo e ele abre um sorriso singelo, mas lindo. Noah é todo lindo!

-Mas deve ter sido difícil para você no início, não é? -minha mãe pergunta para ele e se acomoda de frente para ele.- Eu falei para o Joshua ir com calma, porque você é pai e se sentiria ameaçado com tudo. Ainda bem que deu certo.

-Não vou dizer que eu não chorei, porque seria mentira. -conta e eu me viro para ele, prestando atenção no que ele vai falar.- Eu senti medo de perder Andy, cogitei até fugir para Nova York, onde minha irmã mora... Mas resolvi enfrentar e acho que isso foi o melhor para Andy. Assim, ele vai crescer com um pai maravilhoso como Josh. -ow! Eu não esperava isso...

Ele me elogiou para a minha mãe e eu estou sorrindo como se tivesse ganhado um doce. Ele me acha um bom pai. E eu gostei de ouvir isso.

-Fico feliz que vocês se dêem bem. -minha mãe fala e eu olho para ela. Vejo por trás do sorriso da minha mãe algo que eu não havia há tempos, um “mais tarde nós conversamos”. Senti um calafrio de medo, como sentia na infância, até lembrar que tenho 26 anos e sou pai, minha mãe não vai me pôr de castigo.

(...)

Depois do jantar, com meu pai já em casa, minha mãe acomodou Noah e Andy no quarto de hóspedes. Eu estava a caminho do meu antigo quarto, quando ela me puxa até o andar de baixo, olhando para as escadas uma última vez e perguntando algo que eu estava fugindo.

-Você está gostando do Noah? -minha garganta fecha e eu penso em mil maneiras de negar.

-Não! Quê? Como assim?

-Joshua Kyle Beauchamp, eu vi tudo! Não minta para a sua mãe. -ela me olha tão intensamente, me confrontando, que eu sinto a necessidade de desviar o meu olhar para os meus pés e fugir da pergunta.- Você tá com medo de se assumir? É isso?

-Um pouco... -respondo.- Não é estranho?

-Meu filho, você sabe que eu e o seu pai nunca tivemos problemas com quem você namora ou deixa de namorar. Sempre tivemos o diálogo aberto com você e sua irmã, deixando claro que vocês podiam contar qualquer coisa para nós, que não iríamos contra. Você gostar de meninos não é estranho. Como o amor poderia ser estranho? -meus olhos se enchem de lágrimas.- Vem cá, meu amor, está tudo bem! -me abraça e eu fecho os olhos, sentindo o abraço caloroso da minha mãe.

-É que eu nunca tive essas dúvidas antes, aí agora com 26 anos elas aparecem? -resmungo e ouço a risada da minha mãe no meu ouvido.

-Nunca é tarde para isso. Eu, com a minha idade, posso descobrir amanhã que gosto de mulheres. E está tudo bem. -minha mãe é tão moderna que eu até fico surpreso.- Mas me fala, você está gostando mesmo dele? -se afasta do abraço e olha nos meus olhos.

-Eu não sei... Eu sinto coisas, que eu nunca senti por ninguém. Nem pela Layla. -desabafo.- Ele sorri e eu sinto vontade de sorrir junto, ele aparece e o meu estômago embrulha, ele está conversando com Andy e eu sinto paz. O que é isso?

-Você está apaixonado por ele, filho. -tranco a respiração.- Você precisa contar para ele, porque eu acho que ele sente o mesmo.

-E se não sentir? Tem Andy no meio disso tudo e o meu filho é a coisa mais importante do mundo para mim.

-Você precisa arriscar.

Arriscar é tão perigoso! Eu posso realmente estar apaixonado por Noah, mas não anula o fato que ele é o outro pai do meu filho, e que se ele não sentir o mesmo, vai acabar atingindo Andy. Eu preciso tomar cuidado com os meus passos, não atropelar as coisas, pelo meu filho.

Our Little Angel (Nosh)Onde histórias criam vida. Descubra agora