Best decision

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Pov Noah

Conforme o plano, Layla não conseguiu mais entrar com nenhum processo. Então nós estamos com um de restrição contra ela, fazendo com que ela mantenha uma distância de 500m da gente. Ela não pode mais nos incomodar e nem passar na frente da nossa casa, porque alegamos que ela poderia ser um perigo para nós. Acho que ela finalmente desistiu, afinal, pois não ouve ligações e nem aparições repentinas no trabalho.

Poderia tudo ser diferente. Se objetivo dela não fosse ter Josh e ela tivesse aparecido de uma forma tranquila, sem ameaças, eu poderia ter feito como fiz com Josh. Pelo bem do meu filho, eu não teria ido contra. Mas ela não queria Andy, ela só queria o ex e usou uma criança para isso.

Josh, eu e Andy, voltamos a rotina que tínhamos antes dela aparecer. Uma rotina em família, onde aos dias de semana levamos Andy a escolinha, vamos ao trabalho, voltamos para casa, brincamos com nosso filho (que está cada vez maior e eu não supero isso) e temos nossos momentos de carinho. Aos finais de semana, sempre fazemos algum programa diferente, seja uma viagem para São Francisco ou Orange, ou até mesmo um dia na praia.

Nosso filho está cada vez maior, perto de completar seus três anos e me fazendo surtar por isso. Eu não estou preparado para ver ele maior que isso, não estou preparado para quando ele desapegar de nós dois. Merda! Eu não quero que ele vá morar longe.

-Noah, pelo amor de Deus! O menino só vai fazer três anos.

-Você não entende! -choramingo, dobrando as roupinhas dele.- Olha isso aqui! Nem serve mais nele porque ele não para de crescer. -levanto o macacão que não serve mais em Andy e provavelmente nós vamos ter que doar.

-Toda vez que o aniversário dele está chegando você fica assim. -meu namorado encosta o queixo no meu ombro, me abraçando por trás.- Por que?

-Porque ele é meu único filho... Eu sei que um dia ele vai me abandonar e vai ficar nós dois sozinhos. -me viro de frente para Josh, que me olhava atentamente.- Eu tenho medo de um dia ele não me reconhecer mais como pai dele, porque... Eu não sou o pai dele.

Ele arregala os olhos, como se eu tivesse dito um absurdo. -Noah, para de falar besteira! Você é pai dele sim... Mais que eu, que produzi ele, por se assim dizer.- inconscientemente, acabo fazendo um biquinho, que Josh deixa um selinho.- Ele sempre vai enxergar você como pai, porque você é o pai dele. Você que o criou, você que dá amor, você que o cuidou e sempre esteve do lado dele. Não quero mais ouvir você falando isso.

-Desculpa... -olho para baixo e meu namorado me abraça. Sinto vontade de chorar, mas não por algo ruim, e sim porque tudo que ele disse é verdade e eu tenho o namorado mais perfeito do mundo.

-Papais! -Andy entra gritando na lavanderia.- Eu tô com fome! -aponta para a barriguinha. Josh se desvencilha de mim, enquanto seco minhas lágrimas e sorrio para o pequeno.- Tá cholando papai Nô?

-É de felicidade, meu amor! -vou até ele, o pegando no colo. Ele está tão grande e pesado, que em alguns dias não consigo mais fazer isso, então eu aproveito muito.- Vem, o papai Josh vai fazer almoço para nós, e eu e você vamos brincar.

-Ei! -o loiro resmunga.- Quem disse que eu vou fazer almoço?

-O papai Nô! E você tem que obedecer ele, como eu. -Andy fala e nós acabamos rindo. Não mentiu.

-Até meu filho contra mim. -Josh fala entre risadas, se aproximando de nós dois e deixando um beijo babado na bochecha de Andy que reclama, e um selinho em mim.- Vou lá obedecer os homens da minha vida.

-Vai gostoso! -grito, brincando com ele e volto para Andy. Meu menino tem um sorriso sapeca no rosto, porque sabe que agora vamos brincar e rolar no chão, fazendo eu ir dormir com dor nas costas à noite.

Talvez Josh tenha razão, eu sou pai de Andy e ele sempre vai me enxergar assim.

(...)

Após o almoço e da soneca de Andy, resolvemos vir a um parque de diversões com o pequeno. Era um programa que ainda não havíamos feito e foi uma sugestão de Josh. Falando nele, meu namorado está estranho... Ele aparenta estar nervoso e eu estou tentando não me aborrecer com isso. Está tudo bem!

-Papai, é tão grande! -Andy no meu colo aponta para os brinquedos altos.- Quelo ir naquele!

Era um brinquedo superalto, tipo uma torre, que aparentava ser bem radical. Nem a pau que eu vou naquele brinquedo, Andy não pode entrar e pela cara de Josh, nem ele quer ir. -E se formos nesse aqui? -sugiro, apontando para o carrossel.

-É cavalo? -assinto e nós três partimos em direção aquele brinquedo. Fico ao lado de Andy, o segurando no cavalo e Josh sobe no cavalo ao lado, também segurando o garoto, que parece amar o carrossel.- É tão legal! -ele bate palmas animado.

-Não solta as mãos da barra! -Josh fala e eu olho para ele, que levanta o olhar no mesmo momento. Ele abre um sorriso lindo e sussurra um “eu te amo”, que faz todo meu interior se aquecer. Eu amo tanto ele.

Depois desse brinquedo, fomos em mais alguns que eram apropriados para Andy, como infláveis ou gira-gira infantil. Meu filho soltava gargalhadas altas, feliz com tudo e eu me sentia extremamente feliz. Está tudo tão perfeito!

-Qual brinquedo nós vamos agora? -Josh pergunta.

-Preciso ir no banheiro rapidinho. -falo, dando um selinho nele.- Andy, quer vir com o papai?

-Não! -agarra a perna de Josh e eu sorrio, me abaixando e deixando um beijo nos cabelos dele.

Vou em direção aos banheiros, é uma coisa rápida e logo depois de te terminado de fazer minhas necessidades e de ter lavado as mãos, já estava saindo do banheiro. Josh e Andy não estavam onde eu os deixei, então mando uma mensagem para meu namorado que me diz para ir em direção a um campo aberto que tinha ali. Acho estranho porque lá não tem brinquedos, mas sigo as orientações dele.

Caminho em direção ao campo, passando por uma trilha de tijolos e alguns arbustos lindos. O clima está agradável e já está começando a querer escurecer, então é o meu momento favorito do dia. O pôr do sol. Respiro o ar puro que me cerca e chego finalmente ao gramado, onde encontro a cena mais linda e fofa do mundo. Andy com um buquê gigante de rosas, o qual ele mal conseguia segurar, e Josh com vários balões em formato de coração. Talvez seja um pouco brega, mas eu achei tão romântico.

-Uau! Vocês preparam tudo isso enquanto eu estava no banheiro? -pergunto quando me aproximo. Josh não me responde e Andy me entrega o buquê.- Obrigado, meu amor! -beijo a bochecha dele e volto a ficar de pé. Ainda não entendi o propósito disso tudo. -São lindas, amor!

Josh ainda estava em silêncio e eu não estava entendendo nada. Por que esses balões e esse buquê agora? No meio do parque? Sinto Andy puxando minha calça e eu olho para ele. -Papai tá nervoso! Shhh! -coloca o dedinho na frente da boca. Por que Josh está nervoso?

-Amor? -pergunto e Josh respira fundo, se ajoelhando no chão. Não! Ai meu Deus!

-Eu sei que pulamos algumas etapas e isso era para ter acontecido antes de termos um filho, mas eu gosto da forma como aconteceu para nós. Foi tudo o destino agindo da sua maneira, como a forma que eu surgi na sua porta querendo conhecer o nosso filho. -eu sinto algumas lágrimas ameaçarem a descer pelo meu rosto.- Entre tantas pessoas no mundo, você adotou o meu filho. Já estava escrito que iríamos nos encontrar. Eu só não imaginava que ia me apaixonar perdidamente por você, eu não imaginava que ia amar você ardentemente, como eu amo. Então... Acho que está na hora de seguirmos o roteiro e casarmos. O que você acha? -abre a caixinha de anel em frente ao meu rosto, onde possuía duas alianças prateadas. Tão lindo! -Você quer casar comigo, Noah Urrea?

As palavras fogem da minha cabeça. Eu queria gritar um enorme sim, eu queria abraçar ele e beijá-lo. Eu queria chorar e dizer o quanto amo os dois. E depois de um enorme silêncio, foi o que eu fiz. Eu consegui reagir e realizar o que pensei. Andy não entendia nada, mas ele estava feliz. Eu estava feliz e Josh estava feliz.

-Eu aceito! Eu quero me casar com você! -beijo os lábios dele novamente. Repetindo “eu aceito” diversas vezes. Andy está correndo ali em volta da gente, enquanto eu acabei de ser pedido em casamento pelo o amor da minha vida.

Eu acho que a melhor decisão da minha vida foi ter aberto aquela porta.

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Notas da autora:

Oi gente! Venho com a notícia que esse é o último capítulo :(

Mas a boa notícia é que mais três capítulos bônus vem aí, então não acaba necessariamente hoje.

Como sempre, eu gostaria de agradecer ao apoio que vocês sempre me dão. A quem curte e comenta em todo capítulo. Mano! Eu não imaginava que essa fic ia fazer tanto sucesso, porque sim, ela está fazendo. Eu nem terminei ela e ela já tem mais de 6k de leituras... Isso é louco, gente! Então muito obrigada novamente!

Eu espero que vocês tenham curtido realmente a história, porque ela saiu do fundo da minha alma.

Eu lembro até hoje como surgiu a ideia para ela... Em uma conversa com os meus amigos sobre adoção, onde a gente se questionava o que fariam caso aparecesse o pai ou mãe biológica do seu filho. E então, quando pensei no plot, não conseguia dormir sem escrever e desenvolver a historia. Eu até deixei outros projetos meus de lado, para focar totalmente nessa fic.

A ideia para transformar em au veio alguns dias depois... Eu vi que levar para o Twitter trazia mais visibilidade, e além de um pouco de marketing, eu queria fazer algo diferente. Por isso leitores dessa plataforma, trago a notícia que todas as minhas fanfics aqui postadas, vão virar au no Twitter. Já até comecei a postar Monster in Me.

Meu arroba lá é @/SALUTEN0SH (espero vocês lá, hein!)

E então, é isso... Me alonguei demais no texto de despedida, mas amanhã tem mais um capítulo, ok? Um beijo e até outra história. <33

Our Little Angel (Nosh)Onde histórias criam vida. Descubra agora