I didn't expect this from her

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Pov Josh

Eu só amei uma pessoa na minha vida e ela me deixou do dia para a noite. Eu fiquei por meses pensando que eu tinha feito algo errado, eu até tentei seguir em frente, mas desisti depois de um tempo. Nós éramos tão felizes e eu achei que estava tudo bem entre nós. Eu nunca entendi o que tinha acontecido, até a melhor amiga dela me procurar um dia.

Segundo Heyoon, que depois se tornou minha amiga, minha ex namorada havia engravidado de mim. Eu surtei com a possibilidade de ser pai. Eu sempre quis ser pai. E então ela me contou o resto, Layla já havia ganhado o bebê e abandonou ele no orfanato. Eu fiquei muito bravo, porque ela poderia ter me contado, eu não largaria ela e o bebê. Além de que largar uma criança assim é muita crueldade.

O amor que eu sentia por Layla sumiu, como se fosse só um vento passando. Eu senti raiva e ódio da mulher que me impossibilitou de conhecer meu filho. Eu entendo ela não querer criar, mas se ela levou a gestação até o fim, poderia ter me procurado.

Heyoon não sabia onde ela tinha abandonado e havia me contado que Layla escondeu isso até dela, que só contou porque estava bêbada e não aguentava mais ouvir Heyoon e a esposa reclamando que não conseguiam ter filhos. A coreana achou isso horrível e veio me procurar no mesmo instante.

Desde que nos separamos, se passou um ano. A criança devia ter cinco meses e eu não fazia ideia de onde começar a procurá-la. Mas eu sabia que precisa achá-la. É o meu filho, ou filha, afinal. E ao contrário de Layla, eu nunca abandonaria um filho.

Fui atrás de Layla e depois de muita insistência, ela me contou onde deixou a criança. Ainda fez questão de dizer “pode ficar para você”, como se fosse um objeto. É uma criança , um ser humano! Como eu tive capacidade de amar uma pessoa dessas? Depois disso, fui até o tal orfanato, mas me disseram que ele havia sido adotado.

Meu mundo caiu e eu pensei seriamente em desistir, mas cheguei a conclusão que eu poderia conversar com a família, explicando meu lado e pedindo encarecidamente que me deixassem acompanhar o crescimento dele, que descobri ser um menino. Obviamente o orfanato não me cedeu nenhuma informação sobre a nova família dele, mas eu dei um jeito de descobrir.

Agora, eu estou aqui... Na frente da casa da família do meu filho. Bom, pelo o que eu li, é só um pai solteiro e eu espero muito que ele entenda o meu lado. Respiro fundo diversas vezes e aperto a campainha, ouvindo alguns sons do outro lado da porta.

-Eu só vou atender e já faço o seu leite, filho. -ele está ali. Meu filho está a metros de mim. Agora tudo se tornou mais real. A porta se abre um homem mais ou menos da minha idade atende. Ele tinha cabelos castanhos e olhos muito verdes.- Ahn... No que posso ajudá-lo? -antes que eu pudesse pensar em respondê-lo, o bebê começa a chorar lá dentro e o meu coração se aperta, meu filho está chorando. Agora eu sei como é ser pai.- Você pode esperar um pouquinho? -entra dentro de casa novamente e eu fico observando pela fresta ele pegar o bebê do chiqueirinho. Meu filho! É um bebê enorme! O cara vem com o bebê até a porta e eu não consigo desviar o olhar do meu filho. Meu!- Moço?

Subo o olhar até ele novamente e resolvo falar do meu propósito aqui. -Ele é meu filho.

-Espera... O que? -ele pergunta e se afasta com o bebê da porta.- Olha, eu não te conheço para fazer esse tipo de brincadeira, então recomendo você a dar meia volta e sair da minha residência.

-Eu não estou brincando. -os olhos dele se arregalam e o bebê olha dele para mim. Ele tem os olhos iguais aos meus.- Eu sei que vai parecer loucura, mas eu sou o pai dessa criança.

-Eu sou o pai dele! -ele dá ênfase no eu.- Quer saber? Eu vou chamar a polícia se você não sair daqui. -ele ia fechar a porta, mas eu coloco a minha mão no vão e ela acaba esmagada.- Cuidado!

Quase grito de dor, mas eu não posso assustar o bebê, então me seguro.- Por favor! Me escuta! Não chama a polícia.- ele parece ponderar e depois de um tempo, acaba cedendo e deixando eu passar.

Entro na casa dele, que tem coisas de bebês espalhadas e uma decoração simplista. O cara desaparece pelo interior da casa e eu acho mais correto esperar na sala. Algum tempo depois ele volta com o bebê e uma mamadeira, colocando ele no chiqueirinho e entregando o objeto.

-Eu tenho algumas perguntas. -ele se vira para mim e eu sinto que ele me mataria a qualquer momento. Eu imagino como ele esteja se sentindo ameaçado. Um cara qualquer chega na casa dele uma manhã, dizendo que o filho dele, que ele deve amar, na verdade é filho desse cara. É obvio que ele está protegendo a cria dele.

-Vou responder todas elas. -cerra os olhos e aponta para a poltrona perto de mim, me indicando que é para sentar. Suspiro e me sento, ainda tentando controlar meu coração e a minha respiração. Acabei de conhecer meu filho. Que é um bebê lindo por sinal.

-Por que você abandonou ele e veio procurar só agora... Seis meses depois? -eu sabia que essa era uma das perguntas.

-Eu não abandonei ele. -me preparo para contar toda a história que descobri há um mês atrás.- Minha ex estava grávida e eu não sabia, ela terminou comigo e eu fiquei sem entender nada. Mês passado uma amiga dela me procurou, me dizendo que ela tinha tido um filho e abandonado. Eu nunca teria deixado ele. -olho para o chiqueirinho, onde o bebê está e bebe do leite como se fosse a melhor coisa do mundo, talvez para ele seja.

-E como eu posso ter certeza que o meu filho é quem você diz ser seu filho? Como eu posso ter certeza que você não está mentindo? -ele está de braços cruzados e de pé. Se eu me mexer um pouquinho, morro.

-Podemos fazer teste de DNA, mas eu tenho certeza que ele é meu filho. Não vê os olhos? -sorrio para o bebê, que está olhando para mim e sorrindo. O cara entra na minha visão, tapando totalmente.

-O que você quer? Você sabe que eu tenho direitos e você não pode tirar ele de mim, não é?

-Eu sei e eu nunca tentaria tirar ele de você. -o cara parece relaxar depois da minha fala.- Ele é seu filho agora e eu só quero... Acompanhar o crescimento dele. Tipo... Ele não precisa saber que eu sou o pai dele, mas eu quero ver ele andar, falar, ir para a escola...

-Eu entendi. -me corta e eu suspiro. Eu também tenho direitos, não? Se ele me negar isso, eu vou recorrer.- Eu não sei o que dizer para você, porque minha cabeça está cheia.

-Eu entendo...

-A gente pode trocar contatos e eu vejo o que posso fazer. -ele vai aceitar?- Qual o seu nome?

-Josh Beauchamp! -estendo a minha mão, mas ele não aperta, então recolho ela, ficando envergonhado.

-Ok, Josh Beauchamp... Me passa seu número e eu vou ver com o meu advogado o que posso fazer. -sorri meio falso e abre a porta. Já está me mandando embora?- Eu preciso ir trabalhar e ele tem que ir para a creche. Nos vemos qualquer hora.

Trocamos os contatos e eu ia saindo, quando me lembro um detalhe importante. -Espera! Qual é o nome dele?- olho para trás dele, onde o bebê está brincando com uma pelúcia. Eu queria tanto pegá-lo no colo.

-Andy Thomas Urrea. -Andy é tão lindo!- Tenha um bom dia. -fecha a porta. Eu acabei de conhecer meu filho.

Our Little Angel (Nosh)Onde histórias criam vida. Descubra agora