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O Terror sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura e senta na ponta da cama todo desconcertado, sento atrás dele o abraçando com os braços e com as pernas deitando a minha cabeça nas suas costas.

Eu: o que foi amor?- pergunto toda curiosa
Terror: minha mãe foi deixada na frente da principal- fala e da uma fungada- aquele desgraçado matou a minha mãe para ficar com a vagabunda da sua- fala e eu aperto ele no abraço
Eu: desculpa- falo baixo e ficamos em silêncio por um bom tempo, ele da algumas fungadas e eu só abraçada nele quietinha.

Não tem o que falar nesse momento para uma pessoa não, o importante é o Terror saber que eu estou com ele e para ele, foi o que eu lhe jurei, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na tristeza e na felicidade, até que a morte nos separe.

[...]

Saio do banheiro enrolada na toalha e vou direto pro closet, passo meus produtinhos corporais, visto uma calcinha de renda preta, uma calça jogger preta, um cropped preto da Nike e uma blusa de frio preta da Nike curtinha.

Saio do banheiro enrolada na toalha e vou direto pro closet, passo meus produtinhos corporais, visto uma calcinha de renda preta, uma calça jogger preta, um cropped preto da Nike e uma blusa de frio preta da Nike curtinha

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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo num rabo de cavalo fixo, pego a minha carteira e o meu celular enfiando em uma bolsa junto com a minha arma

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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo num rabo de cavalo fixo, pego a minha carteira e o meu celular enfiando em uma bolsa junto com a minha arma.

Eu: vamos meu bem?- pergunto me aproximando dele que confirma com a cabeça levantando da cama.

Estamos indo para o velório e enterro da mãe dele, entramos no carro do Terror e eu vou dirigindo até o local do velório... Da até pena de ver, meu marido que mesmo cheio de problemas para resolver, vive alegre, sorridente, agora ele tá todo murchinho, quietinho no canto dele, caladinho, chega dói o coração de ver isso.

[...]

Gabriela: você não desgruda do Victor não Lorena? Agora tá explicado porquê esse homem nunca arranja ninguém- fala parando do meu lado- não fique grudada nele achando que vai ter alguma chance com o meu primo porquê ele ainda vai ser meu- fala e eu confirmo com a cabeça jogando o copo de plástico no lixo
Eu: quando a gente se divorciar você não tem uma chance com ele?- falo mostrando a minha aliança de casada para ela- o que eu acho difícil viu nega? Eu nunca vou me divorciar do seu primo- falo e volto para o lado do Terror segurando a sua mão.

Desde que chegamos ele não sai do lado do caixão, e eu não saio do lado dele, apenas segurando a sua mão para ele ver que eu estou aqui para ele.

- vamos fechar o caixão, temos que enterrar- fala e o Terror olha para o caixão e se afasta me puxando para ele me abraçando
Terror: fica aqui comigo por favor- pede baixinho com o rosto escondido na curva do meu pescoço
Eu: para sempre meu bem- falo lhe dando um beijinho na bochecha.

Logo começamos a caminhada atrás do caixão, na hora de enterrar eu tive que tirar forças do inferno para conseguir aguentar o peso do meu marido para ele não cair.

[...]

Terror: eu tô cansadão- fala se jogando na cama só de samba canção
Eu: você está bem?- pergunto me deitando ao lado dele e nega com a cabeça enquanto coloca o seu rosto entre meus peitos
Terror: amanhã a gente fala disso, pode pá?- fala e eu apenas confirmo com a cabeça.

Apenas fico em silêncio enquanto faço um cafuné no meu esposo que dorme rapidinho, deixo ele na cama com cuidado e me levantando de fininho para não acordar ele, vou para a cozinha fazendo o mínimo barulho possível, preparo um café rapidinho e me senti para beber quietinha na minha.

CG: difícil dormir né?- pergunta entrando com a BN e eu confirmo com a cabeça
BN: parça namoral, a tia pode ter feito tudo o que fez, mas namoral? Tá doendo aqui parça- fala servindo café para ela e para o CG
Eu: sei lá velho, o jeito que o Terror tá lá em cima, tá machucando o meu coração- falo esfregando o meu rosto
CG: o jeito que ele ficou no velório parça, não saiu do lado do caixão para não- fala e eu confirmo com a cabeça
BN: e tu não saiu do lado dele- fala e eu forço um sorriso olhando a minha aliança
Eu: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe- falo e ela força um sorriso para mim
Terror: isso é café? Eu vou querer também- fala com a voz rouca de sono atrás de mim e eu levanto para colocar café para ele enquanto ele senta no meu lugar
Eu: conseguiu dormir um pouquinho?- pergunto e ele confirma com a cabeça
Terror: se preocupa comigo não- fala me olhando colocar a caneca na frente dele e ele me puxa para sentar no colo dele
Eu: acho meio impossível não me preocupar com você amor- falo e ele me dá um beijinho
CG: como tu tá irmão?- pergunta e o Terror da de ombros
Terror: cansado- fala e eu apenas olho para passando a mão pelo seu cabelo- amanhã eu quero só os melhores atrás do Marcos e da Márcia, sem caô- fala e me olha alisando o meu rosto de leve- desculpa minha princesa, mas a sua mãe tem que morrer para você não morrer, eles não vão parar até nos matar, até te matar- fala e eu confirmo com a cabeça deitando a cabeça no seu ombro
Eu: estamos juntos nessa- falo e ele me dá um beijinho na testa
CG: vou passar o radinho para os caras agora mesmo- fala e levanta saindo da cozinha.

[...]

Terror: vem cá- fala me puxando para ele- independente de qualquer coisa, eu te amo, tá me ouvindo?- pergunta e eu confirmo com a cabeça- eu te amo mais que tudo nesse mundo e eu não vou deixar ninguém fazer nenhum mal a você, custe o que custar- fala e me abraça numa força que misericórdia.

Meu Pecado DeclaradoOnde histórias criam vida. Descubra agora