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Um mês e duas semanas depois...

Terror: oh vida, se apressa aí- fala entrando no closet enquanto eu visto a minha calcinha
Eu: eu tô quase parindo infeliz, vai mesmo me apressar?- pergunto e ele nega com a cabeça- foi o que eu pensei.

Enfim, nove meses e meio de gestação e nada da dona Maria Alice nascer, a minha boneca já está atrasada e eu aqui morrendo de dor e louca de ansiedade para ver o rostinho da minha princesinha, já está tudo pronto para ela, para aonde eu vou tem que ser de carro com o Terror e com as coisas da maternidade no carro, a qualquer momento a minha princesa sai do forninho, eu não preciso nem dizer que eu e o Terror estamos só a ansiedade né?!
Mas enfim... Aqui estou eu me arrumando toda linda e maravilhosa para ir num pagode, vê se eu posso com isso, claro que num posso, eu tenho certeza que da minha cadeira eu não levanto nem por dez barras de ouro, te juro, tô aguentando mais nada não. Visto uma calça jogger bege, um top transparente preto com uma estampa de maconha tapando o peito, um tênis branco e correntes de prata.

 Visto uma calça jogger bege, um top transparente preto com uma estampa de maconha tapando o peito, um tênis branco e correntes de prata

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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo o jogando para o lado, coloco o meu smartwatch no pulso, faço uma make bem de boa mesmo, agora deixa eu te falar uma coisa aqui, essa roupa que eu estou vestindo é uma das poucas de antes da gravide...

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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo o jogando para o lado, coloco o meu smartwatch no pulso, faço uma make bem de boa mesmo, agora deixa eu te falar uma coisa aqui, essa roupa que eu estou vestindo é uma das poucas de antes da gravidez que ainda cabe, está meio apertada mas ainda cabe, o cós da calça está abaixo da barriga e o meu top apertando o meu peito.

Eu: amor, calça o meu tênis aqui por favor- peço alto e ele entra no closet calçando o tênis em mim- obrigada amor- falo dando um selinho nele.

Ele me dá a mão e descemos para a garagem, e bora para esse pagode né?! Eu hoje não acordei muito bem não, acordei com algumas dores no pé da barriga e agora eu tô aqui pensando seriamente em ir para a maternidade, qualquer dorzinha que eu sinto a médica deixou claro que era para ir direto para a maternidade, aí, falando em dor, essa aqui veio um pouco/muito mais forte.

[...]

Terror: tá vendo aquela lua que brilha lá no céu? Se você me pedir eu vou buscar só pra te dar, se bem que o brilho dela nem se compara ao seu, deixa eu te dar um beijo, vou mostrar o tempo que perdeu, que coisa louca, eu já sabia, enquanto eu me arrumava algo me dizia, "Você vai encontrar alguém que vai mudar, a sua vida inteira da noite pro dia!"- canta batendo na perna e dando um gole da sua cerveja enquanto presta atenção na conversa dele com o CG e a BN, BN que está segurando o Caio no colo.

Já eu? Bom, estou aqui morrendo de dor, ok, acho que já está na hora de ir para a maternidade, mas como falar para o Terror que eu estou parindo sem assustar o homem?

Eu: vida- chamo ele que me olha atento- vamos para maternidade- falo baixinho e ele já abre um sorriso maior que sei lá o que.

Ele levanta e me ajuda a ir até o carro, ele da partida para a maternidade todo apressado e eu aqui morrendo no banco do passageiro, aí meu pai amado, espero que agora vá viu?!

Eu: vida, eu deixei a nécessaire em casa- falo fazendo careta enquanto aliso a minha barriga
Terror: tu nem usa maquiagem direto vida- fala segurando a minha mão
Eu: mas eu vou parir vida, eu não quero que a Maria Alice me veja pela primeira vez toda acabada- falo e ele confirma com a cabeça
Terror: eu compro os bagulhos para tu vida, eu compro- fala sorrindo e eu confirmo com a cabeça respirando fundo quando a contração vem.
Eu: a prova d'água viu?!- falo e ele da risada

[...]

BN: meu Deus, a mulher tá parindo mas tá pintando a cara- fala entrando no quarto com o CG e o Caio
Eu: amor, minha filha pode ver tudo quando nascer- falo e paro de falar fechando os olhos de dor- Jesus- falo e respiro fundo- enfim, a minha princesa pode ver tudo quando nascer, mas a mãe dela feia ela não vê- falo e eles dão risada
Terror: feia tu nunca fica vida- fala e eu dou risada.

[...]

Médico: força mamãe, força- fala e eu aperto ainda mais a mão do Terror enquanto ele alisa o meu cabelo com a outra mão.
Terror: vai amor, faz força meu amor- fala segurando a minha mão com força
Eu: oh menina que da trabalho para sair- falo morrendo de dor e o Terror da risada da minha cara
Médica: faz força mamãe, vamos colocar essa princesa para fora- fala e eu respiro fundo e faço mais força colocando a Maria Alice para fora, ou pelo menos tentando né?!
Terror: vai amor, você consegue princesa- fala e fica me olhando nos olhos.

Faço força e depois de horas eu sinto a cabeça da minha princesa saindo de dentro de mim, respiro fundo com os olhos cheio de lágrimas, é nessas horas que eu agradeço o Terror ter comprado a maquiagem a prova d'água, respiro fundo novamente, estou ofegante, toda suada, chorando de dor, morta de cansada. Faço força novamente apertando a mão do Terror e grito de dor sentindo a Maria Alice saindo de dentro de mim bem devagarinho com a ajuda do médico.
Logo um choro bem fininho ecoa pela sala de parto e os olhos do Terror se inundam de água, respiro fundo e me jogo na maca exausta, chorando e dando graças a Deus por ouvir esse chorinho, esse choro significa que a minha menina está bem, obrigada meu Deus, o Terror foi cortar o cordão umbilical e logo volta com um pacotinho branco nos braços a colocando no meu peito.

Eu: oi princesa- falo toda emocionada e a minha menina já começa a me cheirar, parece que alguém conheceu a voz da mamãe já que ela está com os olhinhos fechados.

Meu Pecado DeclaradoOnde histórias criam vida. Descubra agora