61°

908 59 2
                                    

Terror: tu tá bem?- pergunta e eu nego com a cabeça
Eu: não- falo secando o meu rosto e ele apenas senta atrás de mim me abraçando e colocando as suas pernas uma de cada lado do meu corpo
Terror: shii, foi melhor assim nega, tinha que ser assim amor- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: isso não melhora o que eu tô sentindo- fala e ele me dá um beijinho no topo da cabeça
Terror: eu sei- fala me apertando mais no abraço- chora preta, chora e coloca tudo o que tu tá sentindo para fora- fala e eu deito a cabeça no seu peito chorando que nem uma criança quando perde o doce.

O Terror fica quietinho na dele, fazendo cafuné em mim e me acalmando com um carinho gostosinho, quando eu estou mais calma ele me olha atento e passa as mãos no meu rosto o secando.

Terror: tá com fome? Vou pedir um lanche para nós dois- fala e eu confirmo com a cabeça me aninhando mais no seu abraço
Eu: pede um lanche bastante caprichado para mim por favor- peço e ele confirma com a cabeça
Terror: coca?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: obrigada meu bem- falo e ele confirma com a cabeça.

Ele pega o celular e faz o pedido dos lanches, fico agarradinha com o meu marido esperando os lanches chegaram enquanto ele fica fazendo carinho em mim.

Terror: ainda está brava comigo?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: eu só preciso de você, então cala a boca e fica aqui comigo, depois nos resolvemos- falo e ele confirma com a cabeça e fica quietinho.

Depois de um tempo os lanches chega e o Terror vai buscar e pagar, me sento na cama prendendo o meu cabelo novamente num coque e o meu marido volta pra o quarto com quatro sacos de lanches enormes, ele senta do meu lado na cama e me entrega duas sacolas, abro os dois sacos vendo um lanche enorme, batata frita, nugts e uma latinha de coca em cada saco, comemos calados, apenas focados na comida, quando terminamos de comer ele desceu o lixo e eu deito na cama me encolhendo no meu cantinho.

Terror: tu quer que eu durma aqui contigo ou no sofá?- pergunta e eu dou uma risada nasal
Eu: dorme comigo- falo e ele confirma com a cabeça vindo se deitar do meu lado.

Ele deita no lugar dele e me puxa para deitar a cabeça no seu peito, ele faz um cafuné gostosinho e eu fico quietinha na minha, apenas pensando, apenas repassando a cena na qual eu matei a minha mãe na cabeça. Independente do que ela fez, vivemos momentos incríveis juntas, momentos lindos, eu cheguei a pensar que ela poderia voltar a ser o que era antes, mas não, infelizmente ela não voltou a ser o que era antes e acabou morrendo nas minhas mãos, eu matei a minha própria mãe, que tipo de monstro que eu sou?

Terror: ei, não chora preta, não fica assim- fala me apertando mais no abraço e eu percebo que voltei a chorar
Eu: que tipo de monstro eu sou? Eu matei a minha própria mãe, eu sou um monstro Terror, eu sou o pior dos monstros- falo e ele nega com a cabeça
Terror: você precisou fazer isso, foi bagulho de sobrevivência, ou tu ou ela, e desculpa vida, mas eu prefiro tu do que a tua véia- fala e me puxa mais para ele depositando um beijo na minha testa- calma minha princesa, deita essa cabeça aqui e chora, chora que vai passar essa dor, eu prometo- fala e deposita um beijinho na minha testa.

[...]

☠️Victor Gama☠️

Levanto da cama com cuidado para não acordar a minha mulher e vou para a sacada do meu quarto mermo, pego um cigarrinho da paz e acendo ele já dando uns tragos dahora, fico olhando a minha favela e pensando na vida tá ligado?! Depois de hoje eu não ligo mais para porra nenhuma, minha mulher tá malzona porquê matou a mulher que pariu ela, eu matei o homem que gozou dentro da minha mãe e não tô sentindo porra nenhuma, nenhum pinguinho de remorso, depois de tudo o que aquele desgraçado me fez passar eu não consigo sentir nada além de alívio em matar ele. Agora eu entendo o porquê da Lorena querer tirar o útero e dou todo o meu apoio a ela agora, não quero mais fazer filho na minha mulher não, quero nem ouvir falar em Lorena grávida mais, amanhã assim que amanhecer eu já passo na farmácia e compro umas camisinhas, filho agora só se adotar, da para por fi nesse mundão de hoje não pô.

Lore: amor- me chama me abraçando por trás e eu viro vendo ela com aquela carinha de sono e o cabelo todo bagunçado
Eu: oi preta, perdeu o sono?- pergunto passando o meu braço pela sua cintura e ela confirma com a cabeça fazendo biquinho para mim por o cigarro na boca dela e assim eu faço, ela da uma tragada e engole a fumaça se engasgando um pouco- o que passa nessa tua cabecinha?- pergunto passando a minha mão pelo seu rosto que tem alguns fios de cabelo solto agora, meio desgrenhado
Lore: sonhei de novo com aquele menininho- fala me abraçando e eu confirmo com a cabeça
Eu: Lucas o nome né?!- pergunto já afirmando e ela confirma com a cabeça- mulher olha para mim- mando e ela me olha com carinha de sono- amanhã cedo eu já passo na farmácia e compro umas camisinhas, vou agilizar tua cirurgia no máximo, quero nem mais ouvir falar em fazer filho em tu, mundão de hoje da para por filho nele não- falo e ela confirma com a cabeça
Lore: obrigada por me entender- fala e eu dou um sorrisinho de lado puxando ela para mim e já tasco aquele beijão na minha mulher.

Bom dela tirar o útero é que vamos poder foder no pelo direto, bagulho que eu odeio mais que tudo na vida é camisinha, o bagulho ruim da porra, bagulho é pele na pele, sem nenhum plástico me apertando e não deixando eu sentir a buceta quentinha e gostosa da minha mulher.

Meu Pecado DeclaradoOnde histórias criam vida. Descubra agora