Terror: você está agindo igual uma puta- fala quando os moleques já voltaram cada um para a sua favela
Eu: acho que eu não entendi, repete para mim por favor- falo indignada
Terror: você está agindo igual uma puta, não pode ver um macho que já quer sentar- fala e eu dou uma risada alta e irônica
Eu: vou fingir que nem ouvi isso, porquê Victor, eu só faço o que você e os moleques tudinho fazem, eu faço apenas o que os homens fazem e não julgados, agora, só porque sou eu, uma mulher fazendo, é motivo para me chamarem de puta sem nem só menos conhecerem a minha trajetória- falo sem a menor paciência- agora vaza da minha sala que eu tô cheio de papelada para resolver por você- falo e ele sai batendo a porta.Eu não ligo se você fala de mim, pode falar a vontade, mas antes procure saber a minha trajetória e tenha moral para falar de uma das minhas atitudes, coisa que o Terror não tem nem aqui e nem cu dele... Só o que me faltava, ser tirada de puta por pegar quem eu quiser, mas realmente eu sou puta, um puta mulherão bem resolvida, independente, linda, gostosa, boa de briga e que está bem com sigo mesma!
Ah me poupe, estamos em pleno século XXI, ainda somos obrigadas a ouvir que somos putas por pegar quem a gente bem entender? Me poupe né?! Tenho paciência para isso mais não! Porra, eu sou livre, independente, pago as minhas contas, não dependo de ninguém para me bancar, sou solteira e não devo satisfação da minha vida para ninguém, quer me chamar de puta? Vem, pode chamar, mas tenha no mínimo moral para isso, seja no mínimo metade do que eu sou para poder falar do que eu faço ou deixo de fazer!
Volto a fazer as minhas obrigações e dou play numa música qualquer no YouTube mesmo, aliás... Uma música qualquer não, Respeita as minas- Kell Smith.Eu: Short, esmalte, saia, mini blusa, brinco, bota de camurça, e o batom? Tá combinando! Uma deusa, louca, feiticeira, alma de guerreira, sabe que sabe e já chega sambando, calça o tênizin, se tiver afim, toda toda Swag, do hip hop ao reggae, não faço pra buscar aprovação alheia, se fosse pra te agradar a coisa tava feia, então mais atenção, com a sua opinião, quem entendeu levanta a mão, respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser, respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser, sim respeito é bom, bom, flores também são, mas não quando são dadas só no dia oito do três, comemoração não é bem a questão, dá uma segurada e aprende outra vez, saio e gasto um dim, sou feliz assim, me viro, ganho menos e não perco um rolezin, cê fica em choque por saber que eu não sou submissa, e quando eu tenho voz cê grita: "ah lá a feminista!", Não aguenta pressão, arruma confusão, para que tá feio, irmão! Respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser, respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso nossas regras, nosso direito de ser, não leva na maldade não, não lutamos por inversão, igualdade é o "X" da questão, então aumenta o som! Em nome das Marias, Quitérias, da Penha Silva, empoderadas, revolucionárias, ativistas, deixem nossas meninas serem super heroínas, pra que nasça uma Joana d'Arc por dia! Como diria Frida: "eu não me Kahlo!", Junto com o bonde saio pra luta e não me abalo, o grito antes preso na garganta já não me consome: é pra acabar com o machismo, e não pra aniquilar os homens, quero andar sozinha, porque a escolha é minha, sem ser desrespeitada e assediada a cada esquina, que possa soar bem, correr como uma menina, jogar como uma menina, dirigir como menina, ter a força de uma menina, se não for por mim, mude por sua mãe ou filha! Respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser
Respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser.
Terror: foi mal ae- fala entrando na minha sala com tudo
Eu: ainda existe uma coisinha chamada bater na porta- falo sem s menor paciência
Terror: foi mal ae Lore, falei da boca para fora, tu sabe que eu não acho puta- fala e eu continuo focada nos meus afazeres
Eu: era só isso? Pode sair agora por favor, tenho um monte de coisas para fazer ainda e jaja da o meu horário de ir embora- falo sem o menor interesse
BN: já estão brigados de novo? Isso ainda vai dar casamento
Terror: tomara- fala e eu arregalo os olhos mas finjo que nem escutei
Eu: BN meu amor, minha vida, gatinha linda que eu amo tanto- falo e ela da risada se aproximando da mesma- entrega esse papéis para o CG por favor- falo lhe entregando os papéis que eu acabei de imprimir
BN: pode deixar- fala pegando os papéis da minha mão
Eu: obrigada minha linda- falo e desligo o computador- agora eu vou para casa que tô cheia de coisas para fazer por lá- falo e saio empurrando o Terror para fora da minha sala e tranco a porta
Terror: quer carona?- pergunta e eu nego com a cabeça
Eu: tenho duas pernas e consigo muito bem ir para a minha casa caminhando numa boa- falo e saio de lá plenissima
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Meu Pecado Declarado
Teen FictionTodos nós temos aquele crush de infância, geralmente um menininho da escola ou um amigo, pra Lorena Mendes não foi diferente, o problema é que o crush dela é ninguém mais e ninguém menos que Victor Garcia, dono do complexo do alemão, ambos cresceram...