Egoísmo por medo

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A empatia pode doer, espremendo as entranhas em íntima compaixão, tanto quanto a impotência corrói a alma do altruísta. Quanto mais me revolto mais me afasto de Deus e de Sua forma de amar, e daí não encontro mais em mim caridade ou piedade, nenhuma visão de sentido em missões e nenhum clamor pelas almas. Deixo de me importar e o que ganha espaço são antipatia, impaciência e desconforto. Mais que isso, indiferença. Somente uma vontade de que me deixem em paz, porque aos meus olhos são profundamente irritantes. Eu quero voltar, mas tenho medo, porque nesse caso amar é sofrer, e o egoísmo nos protege. Acontece que, quando o amor é nossa identidade, negá-lo é negar a nós mesmos e a um pacote de bens que podemos fazer se estivermos dispostos a tudo que vai fazer doer.

Erradores - pensando nossa condiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora