Creme de avelã, doce de leite, leite condensado, tortas, bombons... Não podemos viver só de mensagens doces. Alguns textos são azedos, cítricos ou amargos, mas podem ser exatamente o que estamos precisando.
Num quadro estava escrito:
A men
Uma pessoa viu e pensou que alguém tinha escrito "amém" errado. Outro leu em inglês e se remeteu a homens, embora também identificasse incorreção. A terceira deduziu ser o início de uma frase, tipo "a menina..." e a última imaginou ser algo sobre "a mentira", porém quem escreveu nunca apareceu para explicar. Cada mente trouxe à tona uma interpretação de acordo com sua vivência, humor, conhecimentos e ponto de vista. Então até hoje permanece a questão: quem estava certo?
Escrever e falar são atitudes - sobretudo nos tempos atuais - muito arriscadas e corajosas. Você se expõe, se revela, e o outro pode não gostar do que vê ou, por vezes, do que acha que viu. Entre a intenção de dizer algo e a mensagem que o outro entende pode haver longa distância e quanto maior essa discrepância, maiores os potenciais estragos. O indivíduo que divulga um texto pode estar sendo movido por amor e ser interpretado como tomado pelo ódio. Pode estar se referindo a si mesmo ou num aspecto geral e ser lido como indireta ou ofensa. Esse jogo está ficando cada dia mais perigoso, praticamente coisa para profissional. Há quem exagere para um lado e para o outro. Gente que não se importa mais e gente que se fecha, se cala. É preciso responsabilidade de quem lança e boa interpretação de texto de quem recebe. Nada disso é fácil. Comunicar-se é uma arte cada vez mais refinada.
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Erradores - pensando nossa condição
PoesiaComo alguém ousa propor que sejamos perfeitos? Errar é tão natural quanto respirar. Você até consegue prender o fôlego, mas não por muito tempo e não sem angustiante esforço. As falhas estão marcadas no nosso código genético tanto quanto nossas car...