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Robyn Moore

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Robyn Moore

Estou de frente a esse espelho há alguns minutos, pensando no que fazer. Eu poderia dizer que estou com febre hoje ou que eu não quero ir por indisposição. Só que o dia começou e eu tenho que me mover. Não posso parar, e eu já escuto a nota repetida de piano. Madame Amber acordou e ela não vai deixar ninguém dormir, porque quer todas nós trabalhando nessa manhã radiante. Ou ao menos energizadas para a noite, mas para isso precisamos nos mover agora.

Olho para a pulseira que ganhei dos meus pais quando eu era criança e bem antes de vir para cá. Um pingente em forma de moeda de cobre com um desenho de trigo. Éramos dessa plantação, não donos, apenas trabalhadores. Espero que eles estejam bem.

Eu pego o pó e começo a passar na minha bochecha tampando o hematoma que ganhei noite passada. Os drogados abandonados são os piores. Ainda tem os casados que sentem culpa depois, eles são ruins também. Jessie quase morreu por causa de um na semana passada.

Não é como se os problemas acontecessem sempre, mas eles acontecem e não são todas as pessoas que são gentis.

Assim que termino de passar o pó no meu rosto, escuto batidas na porta.

— Pode entrar — digo. A porta se abre e vejo Kaique. O menino de treze anos que vive para passar recados para nós aqui.

— Robyn, ele chegou.

— Estou descendo — digo e o garoto concorda. Ele sai do meu quarto fechando a porta.

Harry Styles ficou fora do país devido a negócios por quase um mês. Ele é um homem poderoso que herdou tudo do pai. Ele deveria me esquecer logo, mas não faz isso. Aparece aqui corriqueiramente e principalmente quando chega de viagens longas. Só que hoje, ele veio cedo.

Eu coloco um vestido com mangas curtas e uma rasteirinha Meu cabelo estava molhado porque já havia tomado banho então deixo ele solto. Desço as escadas, sigo até a varanda e encontro o homem no corredor observando o jardim da Casa Anjo Vermelho. Ele está usando terno e imagino que tenha chegado agora.

Eu fico ao lado dele.

— Bom dia, Harry.

— Bom dia, Robyn. Sentiu minha falta?

— Não, poderia ter demorado mais dois dias.

— Ótimo, três meses atrás você disse uma semana — olho para ele, e, um sorriso nasce no seu rosto, deixando-o simpático.

Observo Natalie e Maevee, elas passam por mim e Harry com um olhar nada agradável. Certo, elas não me odeiam, eu acho. Só que o moreno a minha frente ama me dá presentes e eles são caros. Muito caros. Logo, algumas mulheres daqui não gostam de me ver com ele, mas eu não consigo mudar isso.

— O que aconteceu com seu braço? — O moreno afasta a alça do meu vestido e eu faço careta quando ele toca onde meu braço bateu.

Eu disse, drogados abandonados são os piores.

Sauvage || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora