27 • Vingt Sept

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Robyn Moore

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Robyn Moore

Dois anos atrás...

— Minha hora acabou — digo e me sento na cama. Ele suspira, em seguida se movimenta na cama, sinto os lábios dele nas minhas costas fazendo todo meu corpo arrepiar e fecho meus olhos.

— Fica, por favor — pede baixinho. Ele segura meu cabelo cacheado e o levanta beijando minha nuca menos suado do que a minutos atrás. — Passa a noite comigo, amor.

— Amor?

— Eu não vou insistir mais. — ele beija a curva do meu pescoço. Os toques não param e me fazem sentir coisas incríveis. — Robyn, eu vou viajar, mas assim que voltar você vai passar a semana na minha casa. Eu prometo — diz e eu sorrio.

— Certo — murmuro, Harry se inclina um pouco e me dá um selinho.

É a primeira vez que ele está me propondo isso. Eu nunca fiquei na casa dos meus clientes, com exceção do senhor Gordon, o mais velho me ensinou a ler e eu cheguei a passar um mês inteiro lá. Aprendendo a ler enquanto pagava por aquilo de outra forma.

Não me irritava tanto, porque o senhor Gordon não era ruim comigo e quando ele morreu me deixou alguns livros e uma boa quantia em dinheiro. Usei o dinheiro para arrumar meu quarto aqui na Casa e comprei roupas melhores. Também pedi para Marcus enviar para meus pais alguma parte, eles ainda não responderam nenhuma das minhas cartas, então desisti de escrever tanto, mas o dinheiro eu sempre envio. É o máximo que consigo fazer daqui.

Me levanto e volto a colocar meu vestido. Escuto Harry respirar fundo e apenas piora se eu olhar para trás. É horrível ir embora assim, porque eu também sinto vontade de ficar mais. Infelizmente, não tenho muitas escolhas. Saio do quarto, agora a noite está fresca, mas minutos atrás estava caindo uma tempestade bem forte. Por um momento pensei que o telhado fosse cair ou que de alguma forma o mundo fosse desabar. Nada disso aconteceu e eu fiz minha bagunça no quarto com Harry Styles.

Quem poderia imaginar que depois de três anos ele iria me encontrar? Que nós iríamos nos envolver dessa forma? Com certeza a vida nos move de forma que não sabemos para onde vamos parar.

Sigo até o bar da Casa e passo pelo balcão para pegar água, vejo Maevee correndo. A mulher parecia assustada e tentava entender o que estava acontecendo, logo um bolinho entre as mulheres se formou. Escuto a porta se abrindo e olho para cima. Vejo Harry saindo do quarto em que estávamos, o moreno está abotoando a camisa branca, ele sorri para mim, mas então escuto um grito. Olho em direção das garotas novamente e uma delas está chorando. O que raios está acontecendo?

Vou até elas, vejo que todas estão preocupadas, algumas falam sobre pessoas que morreram e eu continuo sem entender nada.

— O que está acontecendo? — pergunto e Maeve me encara, a mulher dos cabelos pretos e olhos castanhos me encara triste.

Sauvage || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora