30 • Trente

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Robyn Moore

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Robyn Moore

— Minha mãe está viva! — digo gritando, estava tremendo e mal conseguia respirar.

Não queria atrapalhar Harry em sua reunião, porque era importante, mas eu mal conseguia puxar o ar para meus pulmões e ele é a única pessoa próxima de mim que poderia dizer isso. A única pessoa que pode fazer alguma coisa para me ajudar e eu posso confiar nele.

— Robyn, calma — Harry segura minha mão, ele me ajuda a sentar. Ainda estava tremendo e já estou chorando. — Robyn, como assim viva?

— Viva! Respirando! Em carne e osso bem na minha frente — falo nervosa e agarro meu cabelo. — Eu vi minha mãe, Harry.

— Eu acredito, Baby — diz calmo e acaricia meu rosto e limpa minhas lágrimas. — Mas tem que me explicar.

— Eu ia ver a prima Emma, mas a fazenda de trigo estava fechada porque estavam levando o trigo para a fábrica. Então, pedi ao motorista para me levar ao centro, mas no meio do caminho vi a Pensão Don Suárez e pedi para ele parar lá — respiro fundo e Harry acaricia minha coxa. — Queria tirar fotos, comecei a tirar fotos e ninguém apareceu para interferir e continuei... — Volto a chorar, aquilo realmente vem sendo um choque.

— Robyn você tem que respirar fundo — Harry fala calmo, mas ao olhar para seus olhos notei o quanto ele está preocupado. Me pergunto por um momento o quão insana eu pareço ser agora. — Você continuou a tirar fotografias e aí?

— Vi algumas pessoas no rio, eram da pensão e comecei a fotografar então eu vi minha mãe Harry, a levaram para lá. Forjaram a morte da minha mãe, ela está, é ela e ela está viva.

— Por que fariam isso?

— Eu não sei, mas tem que tirar ela de lá. É a minha mãe.

— Eu vou, mas você precisa se acalmar — Harry fala e aceno com a cabeça. O moreno me abraça e soluço. — Vou mandar o motorista levar você para casa e depois verei o que posso fazer, mas tem que relaxar Robyn. Por vocês — O moreno diz e coloca a mão em minha barriga. Novamente eu aceno com a cabeça.

Ainda estava em choque com tudo aquilo, queria respostas e quero a minha mãe. Porém, tive que atender o pedido de Harry e voltar para casa, mesmo que esse seja um lugar que não gostaria de ir. Gostaria de voltar para a pensão e tirar minha mãe de lá, dizer — gritar se for preciso —, que aquilo está errado, que o lugar dela não é ali, nunca foi e nunca será. Minha mãe tem que sair de lá, ficar comigo, sair da Cidade Baixa.

Assim como eu e meu irmão, ela também merece a liberdade e espero que Harry consiga tirá-la. Ele tem que conseguir.

{•••}

Assim que cheguei em casa, não consegui ficar quieta. Quis contar para Aaron sobre o que descobri, mas não consegui falar com meu irmão. Infelizmente, ele está trabalhando nesse horário e só retornaria às minhas ligações quando terminasse seu trabalho, algo que aconteceria apenas mais tarde. Porém, ele deveria atender agora pois tenho algo importante para contar para ele e não consigo me acalmar estando sozinha nessa casa. Sei que era porque eu precisava de respostas e da minha mãe por perto, mas como também sei que deveria me acalmar.

Sauvage || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora