26 • Vingt six

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Robyn Moore 

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Robyn Moore 

Assim que Niall disse que meu irmão estava na entrada eu não esperei nenhum segundo a mais para ir correndo até lá. Se Harry gritou pelo meu nome, eu simplesmente não ouvi. O mundo à minha volta foi ignorado, porque o meu amigo estava sujo de sangue do meu irmão e eu já temia que um momento como esse acontecesse. Vi que estavam pegando os Revoltosos e por mais que Aaron tenha dito que ficaria bem, algo dentro de mim sentia medo de algo ruim acontecer. Não posso perdê-lo também, só temos um ao outro e não sei se teria forças para superar a perda dele. Não assim e muito menos dessa forma.

Assim que chego na entrada de casa, vejo outros dois seguranças perto de Aaron. O meu irmão estava com a mão na barriga e cada vez mais que me aproximo dele eu consigo notar que ele está acordado. Aquilo me aliviou, ele está respirando, porém, está sangrando.

Sangrando muito.

— Aaron! — Me sento ao seu lado. Meu irmão me olha e segura minha mão.

— Maninha, eu estou bem, foi apenas um tiro — Ele brinca, mas não vejo graça nenhuma nisso.

— Aaron eu falei que você tinha que fugir.

— Eu vou ficar bem — Ele repete e tosse. O mais velho puxa a respiração com mais força. Olho para trás, para os seguranças, pronta para questionar porque raios ainda não o levaram para o hospital. Porém antes de perguntar um deles me responde:

— Senhora Tina está vindo, ele não quis ir para o hospital.

— Por que não quer ir para um hospital? — Pergunto olhando para meu irmão. Os olhos castanhos dele me encaram e ele volta a puxar a respiração com força. Isso não está certo, ele precisa de ajuda, não quero perder meu irmão. Simplesmente não posso.

— Com certeza me matariam lá e a não foi tão grave quanto parece. Só está doendo pra caramba — Explica, logo eu escuto a voz de Senhora Tina.

Olho para cima e vejo a mais velha acompanhada de uma menina mais nova. É a filha dela, já a vi em raros momentos e me lembro de Senhora Tina comentar que a mais nova vem se esforçando para ser médica. O seu nome é Roberta e ela é dois anos mais velha do que eu.

Ter a presença delas aqui apenas me deixou mais agitada do que minutos atrás.

A mais velha sentou-se no chão e resmungava algumas coisas. Muitas das vezes eu não entendo nada do que ela resmunga, mas hoje desejei saber do que se tratava. Sinto meu irmão apertar minha mão com mais força e eu faço carinho na testa dele.

Senhora Tina vira um pouco o corpo do meu irmão e ele geme baixinho pela dor, em seguida ela levanta a blusa dele.

— É um menino de sorte, a bala entrou e saiu — diz e olho para ela.

Senhora Tina nunca parece tensa mesmo nas situações mais assustadoras. Agora é a mesma coisa. Por isso, meus olhos vão em direção a pele descoberta do meu irmão. Está tudo vermelho e tem um dois buracos em seu corpo, um onde a bala entrou e outro onde ela saiu, é bem na curva de seu corpo e talvez não tenha pegado em nada importante. Sinto os dedos de Aaron se moverem no dorso da minha mão e eu olho para ele.

Sauvage || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora