04 • Quatre

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Robyn Moore

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Robyn Moore

Estou parada na frente dele, enquanto os seus olhos verdes me olham com atenção esperando uma resposta. A sua mão está segurando a cartilha que eu peguei e o meu coração está acelerado. Eu não sei o que responder a ele, porque eu não sei mentir para ele. Ao menos, não como eu mentia antes.

— Robyn, não me faça repetir a pergunta. -Harry diz sério, eu caminho até ele e deixo a bandeja na comanda ao lado da sua cama.

— Harry, eu... Eu estou sim. -Mordo meus lábios, com receio. Os olhos dele brilham, um verde brilhante recheado de emoção e um sorriso se forma em seu rosto, contudo ele desaparece quase que no mesmo instante que se formou. Os olhos dele se direcionam a cartilha sobre o aborto.

— Você vai tirar?

— Eu acho que vou. -Respondo sincera.

— Por que? -Me olha confuso. — Não é meu? -Fico calada e ele engole o seco. — É meu, Robyn?

— Não é seu. -Respondo baixinho. Eu minto e abaixo a cabeça olhando para minhas mãos.

— Me olha nos olhos e fala que não é meu. -Diz bravo, eu levanto meu olhar e encaro os olhos verdes do rapaz me encarando. Intensos, a sua pupila está dilatada e eu sinto meu coração acelerar também. — Robyn... -A voz dele fraqueja e uma lágrima escorre nos meus olhos. Limpo rapidamente.

— Eu não posso. -Digo e soluço. — Não dá, Harry.

— É porque você está na Casa? Eu posso tirar você de lá Robyn, você sabe que eu posso. É só você pedir. Eu tiro você disso hoje mesmo. Merda, bateram em você enquanto estava grávida.

— Harry calma. -Digo e ele se senta na cama. — Harry não precisa me tirar de lá. -Digo firme e seguro seu ombro. Ele me olha confuso.

— Mas vamos ter um bebê. -Diz e segura minha mão.

— Eu não quero. -Minha voz fraqueja. — Não posso Harry, não posso começar isso. Eu preciso encontrar meus pais além disso você levou um tiro ontem. Nós não estamos seguros enquanto essa revolta não acabar, enquanto esse país não se ajeitar. -Digo e ele nega com a cabeça.

— É o nosso bebê, Robyn. Nosso. -Repete baixinho e a ponta do nariz dele fica vermelha, os olhos se enchem de lágrimas também. Eu suspiro, seguro seu rosto e ele me olha triste. — Eu te amo, Robyn. -Eu paraliso. — Te amo, mais do que tudo. Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que você entrou no meu quarto... Eu... Você é tudo que eu preciso e eu não ligo para essa guerra. Eu só preciso de você.

— Eu ligo para o que está acontecendo. -Balanço a cabeça em afirmação. — Eu sou da Cidade Baixa, eu sei como as coisas são lá e sei que eles tem que lutar. Não posso ignorar isso e se meus pais estiverem no meio de todo o fogo cruzado ou lutando, eu preciso saber.

Sauvage || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora