03 • Trois

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Robyn Moore

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Robyn Moore

Quando Harry foi atingido e caiu no chão, eu não consegui pensar direito, os meus olhos viam todo o caos. Eu vi pessoas caindo, alguém dizendo que acertaram o ombro de outra pessoas, alguém com a mão na perna, pessoas correndo, gritando e algumas pessoas agachadas e se escondendo. No meio de todo esse caos, eu nem sei como minhas pernas me fizeram ficar de pé, mas fizeram e eu corri até ele, felizmente ele estava acordado, mas estava sangrando. Os tiros continuaram por mais algum tempo, até que os seguranças de Liam foram atrás dos atiradores. Eu não prestei muita atenção nessa parte para ser sincera, minha cabeça estava focada no homem que move montanhas para mim que no momento estava sangrando no chão, ferido. Ele estava com a mão na barriga e a sua blusa branca estava vermelha.

Louis me ajudou a levá-lo para o hospital e mesmo ele estando acordado durante todo o trajeto, eu não deixei de ficar preocupada ou aliviada até um médico atendê-lo. Louis estava sentado em uma das cadeiras no corredor do hospital, eu não consegui ficar sentada e quieta então estava andando, roendo as unhas e perguntando sobre Harry para as enfermeiras ou para qualquer outra pessoa que estava no lugar.

— Robyn fica calma. -Louis pede e eu passo a mão nos meus cabelos. — Ele estava acordado quando chegou e vai estar acordado quando vê-lo de novo.

— Quem poderia fazer uma coisa dessas Louis? -Pergunto indignada.

— Quanto maior o poder, maiores os inimigos e diga-se de passagem que Liam tem alguns. Os tiros foram aleatórios depois, mas o primeiro foi perto do Liam. Não era para ter acertado o Harry. -Diz e eu olho para o moreno dos olhos azuis. Ele respira fundo.

— Meu pai também recebeu algumas ameaças, Robyn. Talvez tenham sido os Revoltosos, mas você tem que ficar calma.

— Isso vai se tornar uma guerra. -Digo cansada. O homem suspira e eu me sento ao lado dele. Deixo minha cabeça em seu ombro.

— Já é uma guerra. -Diz. Ele segura minha mão. — E é o pior tipo de guerra, porque essa poderia ter sido apagada na primeira faísca que nasceu. -O moreno diz e parece triste e eu suspiro.

Ele está certo, infelizmente. No fundo e no exterior do meu ser, eu temo que essa guerra custe mais vidas inocentes do que culpadas e já está custando. Eu vi que pessoas morreram em protestos que começaram pacíficos, mas foram reprimidos pela força armada de Egan. Eu temo que isso atinja meus pais, que eu não chegue a tempo e perca eles. Temo que essa guerra atinja Harry e os meus amigos. Que atinja meu... Que atinja quem não deveria ser atingido.

Eu preciso pensar em outra coisa, eu preciso andar. Levanto-me e digo a Louis que vou procurar algo para comer e ele concorda. Dessa forma, eu começo a andar pelos corredores do hospital, eu não quero comer nada, não estou sentindo fome e acho que só vou conseguir comer alguma coisa quando tiver notícias de Harry. Eu acabo entrando na ala da maternidade do hospital, eu penso em sair de lá até ver o berçário. Os bebês em suas camas, dormindo. Todos eles, o que parece um milagre, pois a enfermeira que iria entrar lá para por alguns segundos apenas para apreciar o momento. Eu respiro fundo e coloco a mão na minha barriga.

Sauvage || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora