Uma história de Harry Styles, o mais novo Magnata na produção de tabaco e algodão, e Robyn Moore, uma prostituta que se recusa a se apaixonar por ele ou qualquer outra pessoa. Vivendo em um país chamado Egan, Harry e Robyn se conhecem desde a adoles...
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Robyn Moore
O choque me parou. Literalmente. Me esqueci de como se respira, esqueci que meu coração batia, esqueci do que sentia, eu sequer me sentia capaz de enxergar ou escutar. O choque me parou e por um momento me senti flutuando em uma realidade em que nada existia. Porque se nada existia, nada poderia acontecer com Harry e eu não o perderia porque ele sequer existiria. Eu não existiria também, nenhuma coisa iria importar. Seria apenas nada.
E no nada, não teria dor, violência, um mundo imperfeito, crianças morrendo pela guerra ou jovens da periferia morrendo antes dos trinta porque vivem em um mundo selvagem. Seria apenas nada, sem cor, forma ou cheiro. Sem sentimentos.
Nada.
Um lugar onde eu não teria que lidar com isso. Com a ameaça e nem com a perda, estou cansada de perder e não quero perder o amor da minha vida, justo no momento que finalmente encontramos a paz. Não pode ser assim, não quero estar amaldiçoada a esse nível e pensar nisso me faz entrar em pânico.
Três tiros, um acertou no peito. Queria que meu amor tivesse a força de proteger seu coração, mas isso é algo que simplesmente não consigo fazer.
— Robyn? — Mamãe me chama, abro meus olhos e sinto a luz do sol queimar minhas bochechas. Na última vez que me lembro estava de noite.
— Robyn? — Mamãe me chama novamente e olho para ela. Seu cabelo escondido em um lenço azul, seus olhos escuros e me sinto em casa. Estou em casa?
— Onde eu estou? — Pergunto e coloco a mão na minha barriga, grande e redondinha. Meu bebê não se move e meu coração acelera. — Onde estou?! — Tento me sentar e sinto a agulha puxar minha pele e isso me faz sentir dor. Minha mãe segura meu ombro e coloca deitada de volta.
— Meu doce, precisa respirar. Você está em um hospital em Mạngkr dæng.
— E o Harry? Tem notícias dele?
Ela suspira e acaricia meu rosto, meus olhos se enchem de lágrimas.
— Ainda não, mas seu irmão prometeu dar notícias assim que as receber.
— Tenho que voltar para Egan, mamãe — soluço. — Ele não pode ficar sozinho, tenho que estar com ele.
— Robyn, respire fundo. Você desmaiou e quando acordou teve um ataque horrível de pânico. A enfermeira te sedou, não se lembra?
— Não — digo confusa, não me lembro de nada disso.
— Meu doce, precisa se acalmar. Por vocês, ok? — mamãe acaricia minha barriga.
— Três tiros mamãe — digo e volto a chorar. — Ele não pode morrer, não posso estar tão longe.
— Eu sei. — Mamãe limpa meu rosto. — Eu sei. — Ela se aproxima de mim e beija minha testa. — Mas por favor, respire fundo agora.Vamos voltar para Egan o mais rápido possível, mas preciso que se acalme primeiro.