[ ENEMIES TO LOVERS || +16 ] Summer Love tem dois problemas: uma dívida enorme e George Carver, o seu colega de trabalho que vive implicando com ela por nenhum motivo aparente.
Os dois não se suportam e ficariam felizes em não ter que ver a cara um...
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SUMMER
Eu me apaixonar por George Carver? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.
— Por favor, me diga que está brincando — eu falei secando os olhos, depois de gargalhar por um minuto inteiro sob seu olhar arisco.
— Eu não estou — George ajeitou o terno.
Hoje, ele vestia vermelho. Não um vermelho forte como o cabelo de Jaime da redação, mas um vermelho vinho que não deveria combinar com ninguém, mas Carver tinha essa mania irritante de ficar bem em qualquer coisa.
— Sei que tenho uma boa aparência e que você passou tempo demais me olhando no escritório essa sexta...
— Porque você me mandou um gif de duas pessoas vestidas de cavalo transando!
— ...E entendo que você possa acabar gostando de mim dessa maneira, porém essa não é uma boa ideia — continuou, ignorando completamente meus protestos.
Eu sustentei os olhos claros de Carver por longos segundos.
Me apaixonar por ele? O que diabos ele estava pensando? Só porque tinha uma aparência agradável e alguns músculos aqui e ali, ele achava que eu iria cair aos seus pés como as outras mulheres? Deus, como alguém podia ser tão egocêntrico a esse ponto?
George poderia ser meu tipo de homem em aparência, porém sua personalidade arruinava tudo isso. E como uma pessoa que nunca se apaixonou na vida, eu considerava esse último aspecto muito importante. Se fossemos nesse caminho, seria mais fácil eu me apaixonar por Daniel... Até poderia se não tivesse tratado ele tão mal durante nossa relação.
— Você precisa se esforçar mais do que isso para fazer eu me apaixonar por você — respondi.
Carver permaneceu alguns segundos me encarando nos olhos como se pudesse ler todos meus pensamentos por detrás deles. Um arrepio desceu pelo meu pescoço. Ele cedeu e olhou novamente para a casa à nossa frente.
— É o que veremos.
E saiu do carro.
Aí estava mais uma descoberta sobre a vida misteriosa de George Carver: seus amigos eram ricos, muito ricos, mais do que meus tios e quase mais ricos que Brandi.
A sala de estar onde todos estavam reunidos era gigantesca, as pessoas presentes tinham aquele ar soturno de gente com a conta cheia no banco, mas "humilde" demais para admitir.
A casa era uma daquelas construções antigas estilo vitoriano, com tijolos brancos, portões de ferro e janelas com molduras de madeira, porém a parte de dentro era totalmente moderna. Havia um televisor enorme curvado no centro da sala, um mini bar com prateleiras cheias e o lustre gigantesco de cristal tão largo que eu apostava que se George ficasse na ponta dos pés, ele conseguiria pegar uma das pontas.
