Humilhação...

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Jennie:

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Jennie:

Eu não queria abrir os olhos, estava bom demais ali. Super aconchegante, melhor que a cama da boate.

Sei que é de manhã, dá pra sentir o calorzinho do sol, dá pra sentir a claridade.

Me espreguiço sentindo meu corpo doer em alguns pontos. Minha perna esbarra em algo, ou melhor, alguém.

Viro pro lado abrindo os olhos. Lalisa dormia bem tranquila.

Não acredito no que vou falar, mas noite passada foi legal. Ela cumpriu a promessa, mas eu não sei se vou conseguir fazer o que ela quer.

Eu não quero me deitar com várias pessoas numa só noite. Não quero me vender. Não posso fazer isso comigo mesma.

— Lalisa! - a chamo.

Eu preciso falar com ela.

—Lalisa!!

Seus olhos abrem rápido demais e eu até chego a me assustar.

—O que foi?- pergunta sonolenta.

—não vou me prostituir!!

Lalisa andava de um lado pra outro no quarto. Ela tinha colocado uma calça de moletom e um top e jogando uma camisa pra mim.

Estava sentada a observando.

—Você sabe que eu tô puta, a semana toda você vem me testando, apronta cada coisa nada haver, só pra me testar, sendo que eu já falei que você não vai gostar quando eu perder o resto da minha paciência.

E ela realmente me alertou, várias vezes. E eu realmente não quero que ela perca a paciência, já provei um pouco do veneno dela e não foi legal.

—Lalisa, você não tem poder nenhum sobre mim, não é meu dono!

—Aí que você se engana, você me pertence Jennie.

—Não Lalisa, eu não pertenço a você, não é só porquê você me fez de refém, que isso queira dizer que tem algum direito sobre mim.

Me assusto quando do nada ela tinha sacado uma arma de trás da televisão que ficava na parede. Ela destrava a arma, mas não aponta pra mim.

—Se você me matar, vai está fazendo um favor pra mim, pois prefiro morrer, a fazer o quê você quer.

—PORRA! NÃO É TÃO DIFÍCIL COLABORAR!!

—É sim, você quer que eu me prostitua, NÃO VOU FAZER ISSO!! - grito.

O choro vem logo em seguida.

—Que espécie de ser humano você é?- questiono em meio às lágrimas. - Por que me obrigar a isso?

Lalisa aponta a arma pra mim, dessa vez eu não tenho dúvidas que ela faria o que devia ter feito a uma semana atrás.

—por que você é tão teimosa?

Não respondo absolutamente nada, não tenho que responder. Ela sabe que está errada, que não deve me manter presa.

—não sou seus capachos. - é a única coisa que falo.

Ela vem até mim, o cano da arma encosta na minha testa. Respiro fundo tentando não sentir medo, mas era impossível.

—Se for fazer, faz logo.- digo a desafiando. - acaba logo com isso. Tá devagar de mais.

Lalisa olhava nos meus olhos, e por incrível que pareça, eles ainda brilhavam que nem na noite passada.

Eu conseguia ver que ela era daquele jeito. Que ela é ruim de verdade. E ela não precisa mudar, se se senti bem desse jeito, Quem sou eu pra julgar.

As pessoas passam por tanto tempo apontando o dedo, que esquecem que os outros tem uma vida, uma vida sofrida, cheia de dor e decepções. Lalisa pelo que vejo, tem motivos de sobra pra ser assim.

Ela não tem amor, não tem carinho.

Ela tem o Luca, mas até eu sei o quanto é difícil quando apenas uma pessoa te ama. Eu perdi as únicas pessoas que me amavam de verdade. Sinto falará de receber carinho, de ser amada.

—Hoje não!! - ela fala.

Lalisa tira a arma da minha testa. Solto um suspiro de alívio. Eu realmente pensei que ela ia me matar.

—Obrigada.

—Não agradeça, você vai continuar na boate, estou pouco me fodendo para o que você acha, a única forma de você ficar livre de mim, é se eu morrer. 

—Lalisa...

—Eu já estou de saco cheio de você. - ela me interrompe- porra, para de reclamar.

—Não vou me prostituir..

Lalisa parecia que sempre estava um passo à frente de mim, o sorrisinho cresce em seus lábios. Sua cara era de puro deboche.

—Mas você já se prostituiu Jennie, no momento em que se deitou na minha cama e abriu as pernas pra mim, você estava se prostituindo, porquê é o que você é, uma prostituta.

A raiva dentro me consumia por inteira.

—eu não....

—Você sim. Antes de saímos da boate, eu paguei ao Johnny uma boa quantia pra sair com você, pede pra ele a sua parte depois.

Ela havia conseguido me humilhar, caí direitinho a conversa dela.  No fim das contas, eu sou mesmo uma puta.

— O Bambam vai te levar pra boate, espero que eu tenha boas notícias sobre você de hoje em diante. Eu não vou mais te ameaçar Kim, a partir de hoje, ou você faz, ou ver as coisas acontecerem sem aviso prévio.

Apenas concordo.

—Agora vai embora.

.....

Nada a dizer da Lalisa

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Nada a dizer da Lalisa....

Tráfico  - Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora