Você...

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Lalisa:

O horário de visitas acabou e tive que vim pra casa. Estava sentada na beirada da minha cama. Olhava pro closet, daqui eu tinha visão perfeita das roupas da Jennie.

Eu tinha pedido pra minha empregada a Marta arrumar tudo, queria que ela visse que agora o closet não era só meu, porém as roupas vão ter que sair daí.

Vai embora.

A voz dela ecoava por minha cabeça.

A culpa é sua.

Eu sei que a culpa é minha, eu não precisava que ela me lembrasse disso.

Deito fitando o teto. É incrível como ela me deixa venerável e odeio me sentir assim. Mas não tem como evitar no momento em que falei que a amo, eu abrir meu coração.

Jennie não pode permanecer na minha vida.

Quando ela sair do hospital, não a procurarei mais, vai ser melhor assim, tanto pra mim quanto pra ela.

Sinto uma lágrima riscar a lateral do meu rosto.

Uma coisa sobre mim que eu não contei, é que, quando eu começo a chorar, não consigo parar. A última vez que eu chorei foi quando a Chiara e meus pais morreram, depois isso parou de existir na minha vida. Mas agora estou aqui chorando.

Passo a mão nos meus olhos enxugando as lágrimas.

No final das contas não ficaremos juntas. Ela vai seguir a vida dela e eu a minha. É melhor assim.

—Hey.. — A voz do JungKook preenche o quarto. — como a Jennie está?

—Mal, ela perdeu o bebê, não me quer por perto e jogou na minha cara que a culpa toda é minha!

— Ela só está chateada e nervosa, ela vai te perdoar.

—Ela não vai JungKook, Jennie tem razão! Eu tornei a vida dela um inferno. Ela quase morreu porque Kai queria me atingir.

Ele senta perto de mim e fica me olhando.  Enxugo as lágrimas que ainda insistiam em cair.

—Eu nunca te vi chorar. — ele fala supreso. — você vai mesmo se render assim?

—Vou, ela não quer me ver.

Tudo bem então, apoio à decisão que você tomar, mas é burra.

— Eu só queria pedir uma coisa, monta um esquema de proteção pra ela, mas ela não pode desconfiar que está sendo monitorada, quero ter certeza de que ela vai ficar bem, Jennie não vai está comigo, mas pode ser que alguém resolva fazer algo.

— Eu vou falar com o Bambam e tentar fazer algo bem seguro e discreto.

— Obrigada seu gay.

[...]

Jennie:

Me sentia mais calma, porém ainda estava muito chateada. Lalisa tinha ido embora, a enfermeira me falou que ela saiu muito chateada.

Fui muito dura com ela, mas é que eu precisava por pra fora toda a dor que sinto. Pelo menos uma coisa me deixou feliz no meu disso tudo, Lalisa havia dado a Liberdade da Seulgi.

Ela estava comigo agora, Irene a trouxe pra me fazer companhia.

—Você não acha que devia conversar com ela, da a chance dela tentar concertar tudo. — Seulgi sugere.

Ela está tão bonita, tranquila, feliz....

—Estou muito magoada, eu quase morri e ainda perdi o bebê...

—Jennie, não era pra ser, você e Lalisa são tão complicadas, aconteceram muitas coisas, não ia ser nada fácil criar um bebê.

Solto um suspiro, algumas lágrimas escorrem por meu rosto.

—Eu sei, mas o bebê não tinha culpa, eu teria amado ele com todo o meu ser. — choramiguei.

Seulgi pega minha mão e começa a fazer um carinho.

—Você não a ama? Você vai ficar com ela? — ela pergunta.

—Sabe, o fato de que não podemos ficar juntas não significa que eu não a ame...mas ficar longe parece ser tão errado.

—Jennie, você quer ser feliz ou quer passar os dias seguintes sofrendo?

Eu não sabia o que ia dizer...Eu quero ser feliz, mas eu não sei se a felicidade que eu busco está na Lalisa, mas também não quero sofrer.

Ia responder a pergunta dela, mas a porta é aberta. Irene entra segurando um urso é um buquê de tulipas.

—A hora de visita vai acabar, vim te buscar Seulgi.— ela fala entregando as flores a ela. — pra você.

Elas são fofas. 

— E Jennie, o urso é pra você, é um presente meu e dos meninos, não entreguei mais cedo porque eles só compraram ainda a pouco. — Irene fala me entregando o urso. — ficamos bem felizes quando a Lisa disse que você tinha acordado, ela estava quase tendo um treco.

—Serio?

—Sim, quando Kai te empurrou e você caiu, Lalisa entrou em desespero, ela realmente achou que você tivesse morrido, você sangrava pelo nariz, pela boca m, não dava pra sentir sua respiração...

Ninguém me disse isso.

—Lalisa tomou quatro tiros um pouco depois de implorar pra você acordar, de pedir perdão e dizer que te amava.

Ela o que?

—Mas ela parecia tão bem...— falo quase sem voz.

—Ela não está nada bem Jennie, a recuperação dela está sendo difícil, foram quatro tiros, um quase acertou o pulmão dela, fora que ela está fodida emocionante, porém a é Lalisa, nunca vai admitir que precisa de alguém, no caso você.

....

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Tráfico  - Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora