Capítulo 5

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Pov. Day

Fazia anos que eu morava em Los Angeles, mas mesmo assim eu não tinha o costume de ir a praia. Eu e Carol tentamos ir uma vez em que só tínhamos Helena e Henrique, mas foi tão exaustivo que nunca repetimos aquele passeio. Porém, com o tempo eu descobri que gostava do barulho das ondas do mar e da luz da cidade sendo refletida na água.

- Se sente melhor? - perguntei para Carol que continuava agarrada a mim.

- Eu não sei. - ela falou baixo e se afastou para me encarar. - Podemos ir? Quero ver se as crianças estão bem.

- Tem certeza que não quer ir ao médico? Sabe que aperto no peito nunca é um bom sinal. - falei secando suas lágrimas.

- Eu só estou com um pressentimento ruim. - murmurou.

- Vamos então. Se não passar, eu te levo no médico.

- Por mim tudo bem.

Ajudei ela a levantar e caminhamos de volta até a empresa porque o carro estava estacionado lá. Dirigi com calma até a casa da minha mãe e Carol desceu correndo do carro assim que chegamos.

- Ei, vocês estão bem? - ela perguntou assim que encontrou as crianças na sala. - Graças a Deus. - ela respirou aliviada.

- Mamãe, por que você está triste? - Helena perguntou vendo que Carol chorava.

- O que ela tem? - minha mãe perguntou aparecendo ao meu lado e eu suspirei.

- Eu não sei. Estávamos em uma reunião e ela começou a sentir um mal-estar. Decidi guardar as coisas e levar ela para tomar um ar na praia. Talvez seja ansiedade ou mau pressentimento como ela disse.

- Que estranho. Vocês querem ficar para o jantar? - minha mãe perguntou me dando um beijo no rosto e eu neguei.

- Acho que tudo que ela precisa agora é ir para a casa e descansar. - falei olhando para Carol que abraçava Henrique com força. - Ninguém me ama nessa casa. - falei chamando atenção dos meus pequenos que correram até mim.

Bom, quase todos, Heloísa começou a engatinhar no chão e Hugo se segurou na irmã na esperança de ir junto.

- Senti saudades, mamãe. - Henrique falou abraçando minha cintura.

- Eu também, mas a vovó deixou a gente pular na cama dela e vocês nunca deixaram. - Helena falou me fazendo gargalhar.

- Vou comprar uma cama elástica e colocar no quintal, duvido vocês brincarem. - falei pegando Hugo e Heloísa no colo. - Oi, bebês. Sentiram minha falta?

- Pato! - Hugo gritou batendo no meu rosto.

- Pato! - Heloísa repetiu gritando no meu ouvido.

- O jeito que vocês me amam é diferente. - falei fazendo uma careta. - Vamos? - perguntei para a minha esposa que assentiu enquanto pegava as mochilas das crianças.

- Oi, Selma. Obrigada por cuidar das crianças, a empresa está uma loucura essa semana. - Carol falou abraçando minha mãe.

- De nada, querida. Espero que você melhore.

Fui até o carro e comecei a arrumar os gêmeos na cadeirinha. Logo Henrique e Helena apareceram com suas mochilas.

- Sobe aí campeão. - falei ajudando Henrique a entrar no carro. - Oi, minha princesa, consegue sozinha?

- Sim, mamãe. - Helena respondeu se segurando no banco e subiu no carro.

Sentei no banco do motorista e logo Carol apareceu. Ela parecia inquieta.

Certa para você - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora