Capítulo 14

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Pov. Carol

Passei a manhã pensativa depois de conversar com Henrique e Helena, os dois ficaram confusos por eu ter mudado minha versão e dito que Dayane tinha ido viajar, mas pelo menos fizeram as pazes com ela. Terminei de preparar o almoço e fui até Day que estava deitada no sofá com o Hugo.

- Ela disse isso mesmo? - Day perguntou chocada enquanto meu pequeno balbuciava. - Nossa, eu nunca iria imaginar.

- Oi, fofoqueiros. O almoço está pronto. - avisei fazendo um carinho no meu pequeno.

- Não! - Hugo falou com a voz firme.

- Não? - franzi o cenho e ele puxou o cabelo da Day.

- Ai, machuca. - ela falou com a voz fina e nós dois começamos a gargalhar.

- Batata! - ouvi Heloísa gritar enquanto brincava no chão e sorri para ela.

- Cadê as crianças? - Day perguntou olhando em volta e eu franzi o cenho.

- Henrique? Helena? - chamei e logo os dois desceram as escadas com toda calma do mundo.

Eles costumavam descer as escadas que nem um furacão, tanto que pretendíamos colocar o portão de segurança de volta já que eles não tinham aprendido a descer devagar.

- O que vocês estavam aprontando? - perguntei cruzando os braços.

- Foi ela. - Henrique falou arregalando os olhos e apontou para a irmã.

- Fica quieto, cabeçudo! - Helena gritou.

- Não fale assim do seu irmão, Helena. - Day falou levantando do sofá. - O que vocês estavam fazendo?

- Nada, mamãe. - Henrique falou caminhando até a mesa e se esticou para ver o que tinha nas travessas. - Que cheirinho bom.

- Eu vou olhar. - murmurei antes de subir as escadas.

Entrei no quarto de Henrique e não tinha nada suspeito, no de Helena  também não. Entrei no quarto dos gêmeos para apagar a luz que eu provavelmente tinha esquecido acesa e franzi o cenho ao ver várias bolinhas no chão. Olhei para o armário e tinha um monte de gaveta aberta formando uma escadinha.

- Dayane, vem cá! Henrique e Helena também. - gritei e em questão de segundos eles apareceram. - Vocês vão catar tudo isso aqui e vão guardar na caixa. Se eu voltar e encontrar uma bolinha sequer, eu faço vocês engolirem. Estamos entendidos?

- Sim, mamãe. - os dois responderam de cabeça baixa.

- O que é tudo isso? - Day perguntou olhando para o chão.

- Miçangas para fazer pulseira. Aquelas que você comprou para a Helena e eu guardei no armário porque os gêmeos poderiam achar e engolir. - falei séria.

- Eu nem lembro disso. - ela murmurou.

- Como vocês fizeram isso? - perguntei cruzando os braços e os dois se entre olharam.

- Eu puxei a caixa e estava muito pesada, então caiu tudo! - Helena falou teatralmente.

- Como você alcançou a caixa, Helena? - perguntei furiosa e Day apertou meu ombro.

- Eu subi na gaveta. - ela murmurou de cabeça baixa.

- Na gaveta, Helena Biazin Nunes!? - gritei fazendo ela se encolher e Day me puxou para fora do quarto.

- Vocês poderiam ter se machucado fazendo isso, crianças. Já pensou a dor que vocês iam sentir se acabassem caindo? Poderiam quebrar um dente ou até machucar alguma parte do corpo se a gaveta quebrasse. - Day falou com toda paciência do mundo e eu bufei.

Certa para você - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora